A companheira cega do alfa

Capítulo 9- Não toque na minha mulher

Tyson

Eu não aguentava mais resolver problemas. Além de comandar uma alcateia, eu ainda tinha negócios com alguns empresários no norte da cidade. Poderia não aparentar, mas eu sempre fui um lobo de negócios. Estar liderando o povo era o que me movia a ter a minha identidade, mas eu não consegui me limitar somente a um eixo específico. A minha essência se refletia em querer mais e conquistar mais. Eu iria além de tudo que eu me proponho.

Naquela viagem, infelizmente, eu encontrei Leona. Não queria vê-la nesse momento, estando principalmente com a minha companheira em casa, pronta para me receber. Eu ainda não tinha me casado, oficializando nosso matrimônio. Eu sabia que o dia estava próximo e Kira não iria gostar quando descobrisse.

Não era certo esconder a verdade, mas eu precisava. Para meu azar, ela está a me conhecer antes de saber as condições reais. Somente quero mais tempo para minha companheira gostar de mim, e não tentar ir embora quando descobrir o casamento. E mesmo se ela quiser fazer isso, eu não deixaria.

— Eu estava louca para ver o meu noivo! A mulher grita, e caminha em minha direção. A analiso de cima a baixo, não posso dizer que ela é feia com o seu vestido vermelho sangue evidenciando seus seios fartos. — Cheguei a pensar que havia esquecido de mim.

Com um beijo rápido, me esquivo do seu corpo. O que me irrita mais em minha noiva é sua voz aguda, a qual faz os meus pelos da orelha ouriçarem. Eu detesto quem tenta falar com a voz doce e angelical. Além das suas inúmeras tentativas de tentar me conquistar. Eu realmente não gosto e não tenho paciência para besteiras de mulheres mimadas e inúteis.

— Nosso casamento será na próxima semana. O meu vestido será belíssimo, cravejado de diamantes e com rendas de alta qualidade. Eu não quero vestir algo simples como as camponesas da sua cidade.

Reviro os olhos.

— Parece que você não está animado como eu. Ela caminha em minha direção. Ergue os braços colocando as suas mãos em minhas bochechas. — Eu te amo meu docinho. O nosso casamento será o mais grandioso de toda alcateia Lycans. Finalmente eu vou me transformar na mulher do famoso guerreiro Tyson, o alfa que todas as mulheres gostariam de casar.

Ela chega perto de meus lábios.

— Mas somente uma atingirá o coração do Alfa, e serei eu.

Novamente ela beija meus lábios. Eu poderia me esquivar, retirá-la da minha sala, porém, não posso negar o quanto ela é atraente. Posso dizer que a última vez que eu me aliviei foi com uma loba qualquer na batalha que ganhamos contra a matilha solares. Jamais havia ficado tanto tempo sem despejar em alguém, e Leona não era de se jogar fora.

Então eu fiz a sua vontade. Provei dos seus lábios doces, enquanto puxava seus fios loiros. Ela arfava em minha boca, aparentando ser uma gata manhosa. Naquela mesa de escritório, possuí o seu corpo, explorando cada parte de sua pele. Eu estava extremamente estressado, e ainda irritado com a rebeldia de minha companheira.

Naquele momento, enquanto estocava diversas vezes em Leona, imagina Kira de bruços em minha mesa, enquanto eu desferia uma série de tapas em suas nádegas, em castigo por ser atrevida e metida. Não demorou muito tempo para que eu chegasse em meu ápice. Dispensei a mulher em minha frente, que estava com os cabelos ouriçados e sedenta por outra rodada.

Eu não tinha tempo para mais nada. Queria somente retornar para minha alcateia e fazer o mesmo com a minha companheira. Quando cheguei, tive uma surpresa terrível. Simplesmente Kira havia sido expulsa por minha mãe!

— Você está louca! O que passou na sua cabeça quando a expulsou?

— O mesmo de sempre. Que ela não é a sua companheira ideal. Permitir que ela ficasse aqui, iria atrapalhar os nossos planos.

— Eu não lhe dei autorização para expulsar ninguém na minha alcateia. Eu sou o alfa! Eu mando e vocês obedecem! Não interessa se é minha mãe, da próxima vez que expulsar alguém no meu território, a próxima expulsa será você!

Ela engoliu a seco e abaixou a sua cabeça prontamente. Enfurecido, eu me transformei em meu lobo e corri pela mata. A fragilidade da minha companheira a fazia ser um alvo fácil para as armadilhas inimigas. Muitos deles podem querer se aproveitar de sua deficiência para usá-la como isca, ou ameaçar a minha liderança. Meu lobo reflete a minha alma. Ele está em um misto de fúria e preocupação, querendo saber notícias de sua companheira.

Ao chegar perto do riacho, sinto seu cheiro. Morangos frescos, nunca poderia esquecer, ele está impregnado em meu corpo até o momento. Percebo rastros de pegadas dela, mal tenho tempo para alegrar-me, pois comparo com outras um pouco mais grossas e fundas.

— Kira

Eu posso sentir o seu cheiro, e ouvir as suas frequências cardíacas alteradas. O medo e a insegurança são perceptíveis, ela está em perigo! Correndo, sigo os seus passos, com esperança que ela esteja bem. Até que chega o momento em que vejo o meu Beta William se aproveitando de minha mulher. Uma fúria tremenda se apodera em meu peito, quando vejo a sua figura fungando o pescoço de minha fêmea.

Miserável!

— Lobo, infeliz!

Somente um golpe foi suficiente para afastá-lo. Usei todo o peso do meu corpo o jogando longe. Ele não recuou, mostrou os seus dentes evidenciando o quão inconsequente ele poderia ser. Desferi golpe certeiros, marcando toda a sua carne. Ouvi seus gemidos como súplicas, pedindo para que o interrompesse. Sua carne estava podre, deixando o sangue escorrer entre o solo da floresta.

A raiva cegava os meus olhos. Eu havia saído de mim, não era eu que atacava, mas sim o monstro que habitava dentro. Eu não conseguia parar, precisava arrancar até a sua última gota do seu sangue. Mordendo toda sua carne, eu retirava a pele e deixava jogada ao solo. Precisava de mais, queria mais! Até que ouvi o choro de minha fêmea e na mesma hora eu paralisei.

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