A companheira cega do alfa

Capítulo 12- Uma noite quente II

Posso dizer que o meu corpo tremeu novamente em sua presença. Era uma espécie de adrenalina injetada em meu sangue sempre quando ele me tocava. Eu não sabia o que fazer, senão, deslocar o peso de uma perna para outra. Aquele homem me causava loucura, e eu não sabia o porquê.

— Confesso que por muitas noites eu sonhava com a minha companheira. Tentava decifrar como seria o seu rosto. Jamais acreditei que seria como um anjo caído do céu.

A rouquidão da sua voz era convidativa, arrepiava os meus poucos pelos. Por um momento me senti inebriada por uma rede de sedução. Ele era um lobo mais velho, mais experiente, e com certeza sabe usar todas as suas habilidades. Para sair daquele círculo viciante, eu falei a primeira coisa que apareceu em minha mente.

— Eu acho melhor você jantar. Se demorar mais um pouco, a comida esfriará.

A minha voz saiu vacilante.

— Ao contrário. A minha refeição está bem aqui na minha frente, e eu tenho certeza que ela vai me esquentar.

No mesmo momento, ele juntou os nossos lábios os transformando em um só. Ele segurou minha cintura puxando para si. O beijo se tornou mais forte e exigente. Eu não tinha reação, e nem poderia. Minha loba e eu estávamos entregues ao lobo.

— Não sabe como eu desejei que esse momento chegasse.

Era triste a minha falta de reação diante daquele homem. Em minha mente passava os seus delitos como ter colocado fogo na alcateia de minha tia, ou quando ele me levou à força para morar contigo. Mesmo assim, eu não tinha como negar fogo ao meu companheiro, eu não conseguia!

O clima naquela noite estava propício ao romance. Deixando o meu corpo ao colchão, ele subiu a camisola pequena, expondo-me totalmente. Meu coração estava acelerado não sabia o que iria acontecer, e infelizmente isso me causava mais excitação.

Arfei quando senti o seu cheiro profundo sobre minha intimidade.

— Oh Kira. Olha como você me deixa.

Senti quando encostou em mim. Na mesma hora eu me apavorei, pois não me recordava de sua expansão.

— Minha doce menina, se acalme.

Umedeci os lábios ansiosa para saber o que me restava. Enquanto a vontade de ir embora permanecia, eu não consegui lutar contra o sentimento daquele momento. Eu estava exitada, implorando inconscientemente para que meu companheiro me marcasse.

Senti quando minhas mãos foram colocadas sobre minha cabeça, imobilizadas com um laço forte. Eu perguntei o que ele faria, me respondeu somente com um chiado, a pedir silêncio.

Meu corpo estava em erupção ao sentir todo o seu peso sobre mim. Sentia o quanto estava excitado e isso me instigava. Eu erguia os quadris esperando por mais. Aparentemente, eu era uma loba faminta, e ele um lobo vingativo. Em alguns momentos ele se aproximava e retirava rapidamente, causando minha frustração.

— Você vai ter o que pede. Tenha calma.

Era nítido toda a sua experiência. Ele era um homem com o dobro da minha idade, e eu parecia uma virgem enlouquecida. Tyson caminhou sobre o meu corpo deixando pequenos rastros de beijos delicados. Meu peito se expandiu quando ele chegou na parte mais sensível.

Com o ardor, ele sugava desesperado. Parecia haver muito tempo aguardando por isso. Alguns sons saíram de minha boca. Não esperava que ele pudesse me causar tanto êxtase com pouco esforço. Ele caminhou até o outro e imprimiu o mesmo movimento, enquanto atendia o anterior com massagens bem aplicadas.

Então os seus beijos desceram sobre a minha extensão. Percorreu minha barriga e desceram para a parte interessada. Naquela hora, eu não sabia mais a minha identidade. Eu parecia uma loba desesperada. Estar com meu companheiro era um sentimento único, que eu não conseguia decifrar o quão incrível era isso.

Coloquei as mãos em seus cabelos caídos, impondo uma pequena força ao pedir por mais. Seria fantástico se eu pudesse vê-lo nesse momento, uma imagem que eu nunca iria esquecer.

Não era do mesmo jeito como foi da última vez em que entreguei a minha virgindade sem pensar nas consequências. Dessa vez, sabíamos sermos companheiros, a nossa ligação estava no ápice juntamente com o prazer mútuo.

Novamente eu senti o peso do seu corpo sobre mim.

— O seu gosto é inexplicável.

A sua fala deveria me causar delírios, pelo contrário, confesso que uma ponta de ciúmes se fez presente ao meu peito ao imaginar quantos gostos ele já havia experimentado. Não foi importante, pois logo o pensamento foi expulso quando ele entrou em mim.

Meu grito foi intenso, afinal, há muito tempo eu não tinha relações, o último havia sido com o mesmo homem de 6 anos atrás. Incrivelmente a dor foi dando passagem para o prazer. Vagarosamente, Tyson retirava e colocava novamente. Ele sabia o que estava fazendo, eu estava adorando isso.

Nosso suor se juntaram, estávamos em uma única sintonia. Enquanto ele penetrava forte, eu esforçava-me a causar maior atrito. Até que chegou em um momento em que nada pude fazer, pois ele estava enlouquecido. Aparentemente, não era Tyson que estava comandando, mas sim, o seu lobo.

Senti a dor de minhas mãos sobre a leve passagem de suas unhas pontudas. Levemente o sangue escorreu. Ele inclinou o pescoço e lambeu a ferida. Aproveitou a passagem acariciando o meu pescoço, deixando beijos doloridos sobre ele. Eu tinha certeza que o homem não queria me machucar, mas a intensidade do seu lobo era surreal.

Eu poderia reclamar se aquilo houvesse realmente me ferido, mas não era isso que estava acontecendo. Forçava a cabeça, sentindo a excitação aumentar. O meu ápice chegava, quando ele colocou uma última força. Me entreguei totalmente, esvaziando-me por completa. Também senti quando o seu líquido quente adentrou sobre mim.

— O que foi isso? Foram as únicas palavras que consegui emitir.

Cansado, ele deixou que o seu corpo caísse totalmente sobre o meu. Eu podia sentir o som da sua respiração pesada, e a minha não estava diferente. Alguns segundos depois ele ergueu a cabeça, e eu senti que me olhava.

— Você é tudo que eu imaginava. Os seus dedos entraram sobre os cabelos da minha nuca. — Eu nunca a deixarei ir embora.