O dia foi muito corrido para Engfa Waraha junto de seu irmão Sun, ele acompanhou ela o dia todo como seu assistente e também melhor amigo, ele que mora com ela desde a morte da família dela. Sun passou a cuidar ainda mais de sua irmã Engfa, ele sempre está lá por ela e ela por ele. Os dois quase nunca se desgrudam, ninguém conhece P'fa tão bem quanto ele, e por isso ela se sente segura ainda mais com ele.
Depois dos dois chegarem em sua mansão, Engfa se despediu com um boa noite para seu irmão Sun e agradeceu ao mesmo por tudo aquele dia, e logo seguiu subindo as escadas indo em direção ao seu quarto. Enquanto Sun também foi logo em seguida para o quarto dele.
A reunião tinha sido um sucesso, o contrato de milhões havia sido fechado. P'fa estava animada pois ela sabe que tudo que ela quer, ela consegue. O seu dom com os negócios é sempre um tiro certeiro, aprendeu tudo da melhor forma possível mesmo que houvesse desafios maiores, ela sempre passava por cima. Recuar nunca foi o forte de Engfa, acredito que não exista algo em seu vocabulário ou até mesmo atitudes que pudesse fazer ela agir de tal modo que pudesse usar o termo fracasso. Tudo é pensado por ela antes de agir, ela é a cabeça de tudo por trás de milhões ou até bilhões de dinheiro do país. Ninguém ousa a desafiar, afinal ninguém quer perder dinheiro ou mesmo um contrato que pode lhe custar tudo que tem.
A noite estava calma demais até que Engfa acordou de um pesadelo. Apenas 3 horas de relógio. Ela odeia esses pesadelos com sua família que volta e meia surgem enquanto dorme, muitas das vezes seu irmão Sun ouve ela gritar e então corre até o seu quarto e lhe abraça assustando toda a escuridão dela. E dessa vez não foi diferente, assim que ele escutou ela gritar imediatamente correu para o quarto de sua irmã.
— Eu tô aqui, tô aqui. Shhh! Está tudo bem, irmãzinha. Tudo bem.
— Eu tive pesadelo de novo, eles voltaram essa noite para me torturar, Sun!
— Shhh, calma! Eu sei, mas você é mais forte que esses pesadelos. E você não está sozinha, você sabe disso, não é?
— E se eu não conseguir ser forte o tempo inteiro? Huh?
— E então estará tudo bem, também. Mas franqueza não é algo que combina com você. Lembra? Olha onde você está agora, foi a sua força que te trouxe até aqui.
Um completo silêncio se instalou no quarto de Engfa após a curta conversa com seu irmão Sun, que lhe acalmava entre um abraço e outro, logo fazendo carinhono topo da cabeça de sua irmã. Passado alguns minutos depois, ela voltou a dormir. Seu irmão se certificou que ela iria descansar um pouco mais, e logo saiu do quarto sem fazer barulho.
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Na manhã seguinte após o pesadelo da noite passada, Engfa já estava de pé e arrumada com seu terno vermelho, usava o mesmo relógio do dia anterior, mudou o penteado deixando cair uma pequena mercha de seu cabelo sobre o rosto. Seu humor não estava dos melhores, por causa do pesadelo. Sempre que ela tem esses pesadelos, no dia seguinte acorda como se fizesse esforço para sobreviver ao dia.
Seu irmão foi até o quarto de Engfa, para buscá-la para descerem juntos até a mesa do café da manhã. Uma das coisas que sua irmã Engfa gosta dele, sua atenção para com ela independente de como ela esteja se sentindo. Ela sabia que ele daria a vida dele por ela, e não seria diferente dela também em relação a ele.
— Eu até lhe desejaria bom dia, se não te conhecesse. Sei que está num péssimo dia devido ao seu pesadelo, mas como sou seu irmão querido vim buscar para tomar café.— Huh, eu não sei se te admiro por ter vindo me buscar para tomar café ao invés de me esperar lá em baixo na mesa, ou se te admiro por me conhecer perfeitamente.
— Que tal as duas coisas? Eu topo. Vem, eu estou com fome e já deveríamos ter ido.
— Você é quem está com pressa para sairmos de casa hoje? O que houve?
— Você esqueceu que a Meena tem uma entrevista hoje? E ela vai mencionar você como sempre? Sem falar que temos que ir logo para a empresa, alguns sócios responsáveis pela corrida de amanhã querem se encontrar com você lá.
— Eu quase esqueci de acompanhar na TV a entrevista de Meena hoje. Que bom que me lembrou, eu não me perdoaria. Huh, eles vão na empresa? Porque não em outro lugar?
— Você sabe. Não podemos discutir essas coisas em qualquer lugar. Envolve muito dinheiro. E digamos que eles querem que você lave os dinheiro deles.
— Nós temos um lugar ideal para isso, mas tudo bem. Vamos. Não quero ficar muito tempo conversando com eles. Eles ficam me bajulando e jogando conversas com segundas intenções.
— Você é quem você é. Todo mundo quer você ou quer ser você. Das duas ou uma. Você não pode mudar isso.
— Hahaha! Eu não me importo com o que eles querem, porque jamais terão de mim, apenas me divirto com a situação ridícula que eles se colocam por apenas alguns minutos de conversa comigo.
O tempo naquela manhã está fresco, não fazia muito sol mas também não ameaçava de chover. Engfa e Sun terminaram de tomar seu café da manhã, e logo saíram da mansão adentrando no carro que já estava a espera de ambos. Eles partiram para a empresa, e Engfa ia conversando com Sun durante o trajeto, dividindo sua atenção também ao seu celular que estava em sua mão.
Recentemente saiu algumas notícias de cargas que foram roubadas na estrada, e Engfa sabia exatamente quem eram os responsáveis por isso. Mas não ousou comentar nada com Sun, enquanto os dois conversavam. Sun sabia que Engfa mexia com todo tipo de negócios no país, desde aos acordo limpos quanto aos sujos. Engfa tem aliados por todo o canto de Bangkok e do país. Todo dinheiro particularmente cai na mão dela, tudo isso a torna cada vez mais poderosa e intocável.
Assim que chegaram na empresa, Sun acompanhou Engfa até sua sala e logo se aproximou da TV, ligando a mesma no canal que mostraria a Meena em sua entrevista. Engfa sentou-se em sua cadeira e levou sua atenção a TV que estava ligada a poucos segundos. Sun se sentou na poltrona ali próximo, e os dois ficaram aguardando iniciar a entrevista.
Alguns minutos atrás, Sun havia dado um recado a secretária de Engfa que ela não queria ser incomodada até a entrevista acabar, e sua secretária acentiu ao que Sun havia lhe dito. Minutos depois após isso, a entrevista começou e Engfa assistiu a Meena surgir no meio das câmeras, acompanhada de dois seguranças que eram contratados a mando dela mesmo para sua proteção.
Meena estava usando um de seus looks favoritos de Engfa, era um coturno preto, saia preta acompanhado de uma blusinha com sua jaqueta preta por cima. Sem falar nos óculos escuro. Engfa costuma dizer que esse look em Meena a deixava ainda mais atraente e confiante. Então assim ela o usou para a entrevista aquela manhã.
— Ela está muito linda. É impossível não elogiar a beleza de Meena. Não acha, irmã?
— Sim. Ela se destaca nas câmeras. Ela tem beleza, talento, e simpátia. Nasceu pra coisas desse tipo.
— Eu concordo com você. Aliás, porque ela esta somente com dois seguranças? Achei que você tivesse a deixado com mais.
— E eu deixei. Você acha mesmo que não? Mas ela certamente achou necessário aparecer só com dois. Huh.
— Meena é tão fofa e legal. Veja, ela sabe como agradar as pessoas em sua volta. Distribui sorrisos para todos, olha a quantidade de fãs.
— Tudo isso apenas para ir vê-la. Essa é a minha piloto fiel. Já garantiu o seu troféu do próximo mês. Ou você tem alguma dúvida sobre isso?
— Óbvio que não. Ninguém nunca supera ela. Acredito que não há a existência desse alguém.
A entrevista estava a mil, muitas pessoas compareceram no evento só para prestigiar Meena e ouvir o que ela tinha a dizer sobre o que espera de suas próximas corridas. Ela estava confiante como sempre e sorridente para todos. O que deixava Engfa muito animada em vê-la dessa forma, pois se preocupa muito com a mesma. Meena falou bastante sobre sua patrocinadora, e os sócios. Agradeceu a confiança de todos e prometeu trazer mais um troféu para sua casa.
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𝑫𝒖𝒆𝒍𝒐 𝒏𝒐 𝒂𝒔𝒇𝒂𝒍𝒕𝒐 | 𝑬𝒏𝒈𝒍𝒐𝒕
RomanceDe um lado, Engfa Wahara, uma mafiosa que levava os seus negócios a sério, usava o seu poder e dinheiro ao seu favor. Seus aliados a idolatravam e seguiam suas regras. De outro lado, Charlotte Austin, uma corredora profissional, ela é mundialmente...