Capítulo 41

190 18 0
                                    

Charlotte ainda estava na mansão de Engfa, mas especificamente em seu escritório, as duas mantiveram a conversa bastante tensa naquele momento. Engfa parou de querer relutar e finalmente resolveu contar a verdade para Charlotte, e a mesma ouvia tudo atenciosamente, ficando em completo choque com cada palavra que Engfa lhe dizia.

— P'fa, eu realmente quero saber tudo. Por favor, não me esconda mais nada sobre você. Não precisa esconder a verdadeira história de quem você é. Huh.

— Tudo bem, se você quer. Então vou adiante. Só espero que você esteja pronta para tudo que saberá, ainda mais.

— Sim, eu estou. Então, o que exatamente a máfia faz? Quero dizer, uma mafiosa. Aí, você entendeu. É mesmo, você mexe com essas coisas de traficar drogas, brigas por territórios, ou sei lá a o que.

— Huh, meus aliados sim. Eles mexem com drogas além de lavagem de dinheiro, essas coisas. Meu negócio é voltado ao dinheiro, eu lavo dinheiros para alguns pessoas importantes além de mim, e dou reforços a eles quando precisam.

— Entendi, você ou eles matam pessoas também né? Levando em consideração a corrida de ontem.

— Isso não é momento para piadas, Charlotte. Mas, huh... Eu nunca sujei minhas mãos com isso, se quer saber. Não diretamente.

— Mas os seus aliados sim, acertei? Você não faz, mas eles fazem por você. E pra você.

— Eles protegem aquilo que muitos querem ter, se eu cair. Todos eles caiem. Eu não dito as regras deles, eles apenas fazem. Eu tenho minhas próprias regras, com os meus.

— Isso é uma pirade, ou algo assim? Porque parece funcionar dessa forma.

— É, basicamente isso. O topo da pirâmide é onde eu estou, aqui e agora. De um lado um pouco mais em baixo, meus aliados, e do outro lado os que firgem ser meus aliados, ou seja pessoas como Nawat.

— Isso explica, porque Meena e você reagiram daquele jeito quando eu disse que assinei contrato com Nawat. Engfa, você podia ter me dito tudo isso antes.

— Aí, como eu poderia saber que você ia assinar um contrato com este homem? Você poderia ter procurado saber mais sobre ele, até mesmo com a Meena, já que não queria me avisar antes.

— Engfa!! Você sabe que as coisas não foram assim, huh. Agora eu me sinto entre a cruz e a espada. E eu nem sei como sair disso, já que há um contrato.

— Você acha mesmo que eu vou deixar minha namorada nas mãos daquele canalha do Nawat? Está louca então.

— O que você disse? Diz de novo, P'fa.

— Ora, que você está louca se acha uma coisa dessas.
— Não, isso não. O que você disse antes disso. Eu sou sua, o que?

— Aí, Charlotte... Eu disse, namorada.

— Sua namorada. Huh? Eu gostei, então acho que posso começar te desculpar.

— Ora, mas você pensou que fosse o que minha, te chamar de irmã é que não era.

— Mas, P'fa... Tem mais uma coisa, que eu quero que você me explique. Eu sei que com o tempo, você vai me contar mais coisas, agora que me disse tudo isso até aqui. Huh, como surgiu essa corrida? Essa de ontem.

— A "corrida mortal". Se chama assim, eles o chamam assim. Bom, isso foi criado de forma pensada lá atrás. Quando Meena começou a competir, eu investir nela desde que comecei ter dinheiro. Muito dinheiro. Então, me tornei sua patriocinadora, além de irmã. Por causa disso, eu conheci outras pessoas tendo que ir vê-la correr nas pistas de corrida.

— Huh, eram todos aqueles que estavam lá com você? O tal chinês e os outros?

— O chinês, sendo mais específica. Ele fazia isso na China, então um dia nos reunimos e ele me propôs isso. Eu imediatamente criei as regras, encontrei o local e fiz exatamente como tinha que ser a corrida mortal. Por isso, esse nome.

— Nunca pensou em mudar as regras? E agora depois de ontem? Huh.

— Não. Eu não posso, por isso você tem que me garantir não participar das corridas mortais. Nunca mais. Que o Nawat encontre outro competidor, ele tem contatos pode fazer isso.

— E se ele quiser que eu corra de novo? Afinal, foi minha primeira vez e eu ganhei.

— Então eu serei obrigada a matá-lo. E te garanto que dessa vez sujarei as minhas próprias mãos.

Depois de conversar com Engfa, e Charlotte descobrir através dela tudo que queria, pelo menos até aquele momento tudo o que ela necessitava saber. Charlotte refletiu por alguns instantes, e depois olhou nos olhos de Engfa e viu a mulher de sua vida totalmente aliviada após o que acabará de lhe dizer. Charlotte não podia negar também que gostou de quando Engfa a referiu-se como sua namorada. Ela precisou voltar para casa, pois Aoom queria de encontrar com ela por lá. E então, Charlotte se despediu de Engfa depositando um beijo em sua boca, em um ato de bandeira branca entre as duas.

𝑫𝒖𝒆𝒍𝒐 𝒏𝒐 𝒂𝒔𝒇𝒂𝒍𝒕𝒐 | 𝑬𝒏𝒈𝒍𝒐𝒕 Onde histórias criam vida. Descubra agora