Naquela manhã, Engfa e Sun estavam de frente para a TV, vendo a notícia que havia saído sobre a tentativa de roubo ao carro forte Engfa, que até então ninguém ainda tinha conhecimento de que pertencia a ela. Após ver a notícia que estava se espalhando não somente em Bangkok, mas também por toda à Tailândia. Sun olhou aflito para Engfa com receio de sua reação, logo que ela desligou a TV. Engfa explodiu eufórica por causa das notícias, o carro forte além de ter chamado atenção da mídia agora era procurado junto do transportador de Engfa.
— Aaaaaa que merda, que merda. Mas que droga isso teve que acontecer, isso não estava nos planos. Não estava! Merda!!!
— Irmã Fa, por favor se acalme, nós vamos dar um jeito nisso. Nós sempre damos.
— Um jeito? Me diga então P'Sun como você pretende dar um jeito nisso? Huh? Exterminando toda a mídia? Sumindo com quem estava naquele carro? Hein, me diga. COMO?
— Por favor, se acalma. Você não pode ficar assim, temos que agir o mais rápido possível. Irmã Fa!!!
— Reúna todos os meus homens, todos. Você me entendeu? Vamos nos encontrar no galpão principal, avisem que quero todos lá imediatamente.
— Eu vou fazer isso agora mesmo, mas por favor. Mantenha a calma.
Sun ligou imediatamente para o líder responsável dos homens de Engfa, solicitando uma reunião com todos. O mesmo confirmou a presença na hora e no local marcado, Engfa saiu pisando ao chão enfurecida com seu salto, até o carro em que logo lhe aguardava do lado de fora. Engfa não disse mais nenhuma palavra, fazendo com o que o motorista se apressasse para chegarem logo ao local. Outro carro com seguranças de Engfa seguia logo atrás, Sun parecia nervoso por ver Engfa desse jeito. Ele sabia que as coisas poderiam se complicar ali em diante.
Alguns minutos depois, Engfa chega ao galpão e avistou todos os seus homens ali fora de seus carros a aguardando. Sun saiu do carro apressadamente em seguida Engfa após o seu segurança abrir sua porta. Sun engulia a seco a sua saliva a cada passo que Engfa dava em direção aos homens ali parados.
Assim que Engfa se aproximou deles, cada um fizeram a saudação a Engfa como cumprimento. Eles se olhavam entre si, e assim como Sun, engoliam a seco suas salivas. Engfa caminhou para o lado e para o outro, causando um suspenso e nervosismo a todos ali presente. Quando a mesma resolveu quebrar o seu silêncio.— Eu quero saber de cada um de vocês, quem aqui viu o noticiário está manhã? Huh?
— Eu, senhora! Eu também, senhora! Eu também! Eu. Eu. Eu, aqui. Eu...
Quando todos responderam ao que Engfa havia os perguntado, Sun observava cada um deles com atenção, Engfa desviou os seus olhos por alguns instantes, olhando para o alto e soltou um suspiro. Logo depois, voltou olhar para cada um deles, e ficou alguns segundos analisando um por um.
— Pois bem, então cada um aqui está ciente da MERDA que aconteceu. E que eu, Engfa Waraha, jamais admito erros. Nenhuma falha de quer. Então alguém aqui poderia me explicar, QUE PORRA ACONTECEU? HUH?
— Se-nhoo-ra... Nós sentimos muito. Em nome de todos.
— Sentem muito? Eu não quero ouvir isso de vocês, de nenhum aqui. Eu quero que resolvam essa merda toda. Ou alguém aqui vai pagar muito caro. Tem alguém aqui que não entendeu?
— Entendido, senhora Engfa. Nós todos entendemos. E faremos o possível...
— Nada disso, eu quero até o impossível. Façam o impossível, e eu juro que se houver outro erro cometido, farei da vida de cada um de vocês, um inferno!
Sun podia perceber que Engfa estava esgotada, furiosa e agindo friamente como sempre fez quando se tratava de seus negócios. Ele tomou um passo a frente, ficando ao lado de Engfa, mostrando naquele momento que ela não estava sozinha e que independente de qualquer coisa, as coisas seriam resolvidas. Engfa sabia o que a atitude de Sun queria lhe dizer naquele momento, mas não ousou encará-lo.
— Senhora Engfa, me desculpa perguntar... Por favor, não me entenda mal. Mas você tem em mente o que precisa ser feito ou nós podemos fazer do nosso jeito?
— Façam o que for preciso, e me tragam o transportador que estava no carro ontem, quero ele aqui. Ah, e livrem-se do carro. Eu quero novos carros, novas cores, vocês me entenderam?
— Sim, senhora. Faremos isso agora mesmo. Nos dê sua licença.
— Licença permitida, agora vão. E não esqueçam de nada do que eu disse, ou será pior pra vocês.
Os homens de Engfa após receberem as ordens da mesma, entraram correndo em seus carros e saíram apressadamente a mando de Engfa. Sun virou-se para Engfa a encarando por alguns segundos, percebendo que a mesma estava com seu rosto vermelho, era nítido que estava altamente enfurecida e naquele momento nada poderia acalmá-la, até que tivesse boas notícias da situação.
Engfa direcionou os seus passos até um de seus seguranças, e o questionou sobre a transferência das barras de ouro para o Banco Central em outro país. Em que a mesma o havia deixado ordens para levá-los, o segurança respondeu Engfa positivamente deixando com que ela relaxasse o seus ombros um pouco após respirar aliviada.
— Irmã Fa, o chinês está ligando. Eu devo atendê-lo?
— Huh, sim. Veja o que ele quer, apesar de já sabermos.
Sun atendeu o seu telefone e ouviu atentamente um dos aliados de Engfa do outro lado da ligação. O chinês parecia preocupado com o que acabará de ler nas notícias da internet, e Sun tentou acalmá-lo, informando que Engfa já havia tomado as providências. Engfa observava a conversa dos dois, ao lado de Sun que minutos depois desligou a ligação.
— Então, eu acertei não é? Ele queria saber sobre as notícias que saíram.
— Sim, ele estava bastante preocupado com isso. Mas eu acho que consegui amenizar sua preocupação, pelo menos ele parecia mais calmo durante a ligação.
— Huh, como se eu já não tivesse coisas pra resolver, agora me acontece isso. Parece que ando com sorte ultimamente.
— Não diga isso, irmã Fa. Embora eu sei que está sendo irônica.
— Sun? Você sabia que Charlotte assinou um contrato com Nawat. E vai correr em nome dele?
— Huh, eu soube. Ela me disse e também disse pra Meena no dia em que fomos para Pattaya. Na verdade, ela disse pra Meena e como eu estava com ela, Meena comentou.
— Você sabe o que isso quer dizer, não é?
— Talvez sim. Você está preocupada com Charlotte?
— O carro de Charlotte foi sabotado no dia de sua corrida mais importante, eu vi como Nawat olhou para o pai de Charlotte quando o viu sentado na sua cadeira ao meu lado. Eu sei que Nawat joga sujo e ele sempre tem razões para fazer isso. Mas...
— Mas... Então você acha que Nawat pode ter sabotado o carro de Charlotte? A que preço ele iria querer fazer isso? Não entendi.
— Nawat devia querer que Charlotte pensasse que Meena ou até mesmo eu, tivesse lhe sabotado. Já que Meena ia correr e era uma adversária forte. Sem falar que elas são amigas. Eu não sei exatamente o que Nawat quer, mas eu sei que ele quer jogar um de seus jogos.
— E consequentemente quer que você entre no jogo dele. É isso?
Engfa era esperta o bastante para ler as pessoas em sua volta e suas intenções em relação a ela, não era atoa que ela é vista como uma pessoa que ninguém ousadia mexer. Mas Nawat é o tipo de homem presunçoso e que se acha confiante demais para desafiar Engfa tanto nos seus negócios como qualquer pessoa na vida de Engfa. Nawat nunca se conformou de Meena não aceitar suas propostas levando ainda mais poder e mérito para Engfa, mas diferente de Nawat, Engfa tem apreço por Meena e a ama como alguém de sua família. O que para Nawat as pessoas são apenas troféus.
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𝑫𝒖𝒆𝒍𝒐 𝒏𝒐 𝒂𝒔𝒇𝒂𝒍𝒕𝒐 | 𝑬𝒏𝒈𝒍𝒐𝒕
RomanceDe um lado, Engfa Wahara, uma mafiosa que levava os seus negócios a sério, usava o seu poder e dinheiro ao seu favor. Seus aliados a idolatravam e seguiam suas regras. De outro lado, Charlotte Austin, uma corredora profissional, ela é mundialmente...