Capítulo 31

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Depois que chegou em sua mansão, Engfa parecia um pouco distraida com os pensamentos, Sun a observou durante todo o caminho até em casa, mas ele não queria quebrar o silêncio de Engfa naquele momento até que eles chegassem. Engfa após sair do carro, caminhou para dentro da mansão e Sun a acompanhou.

— Irmã Fa, por favor espere um pouco. Eu gostaria de falar com você.

— Huh? Seja breve, preciso tomar um banho e estou faminta. Precisamos nos aprontar para jantar.

— Podemos conversar durante o jantar, se você preferir.

— Por mim, tudo bem. Te vejo daqui a pouco.

Engfa subiu as escadas indo direto para o seu quarto, logo depois Sun subiu e foi para o quarto dele. Os dois tomaram seus banhos e trocaram de roupas, logo se aprontando para desceram até a mesa de jantar. Engfa desceu as escadas e percebeu que Sun estava logo atrás dela, após chegarem à mesa, sentaram em suas cadeiras e começaram a se servirem.

— Você pode dar início a sua conversa, irmão Sun. Sou toda ouvidos agora.

— Irmã Fa, quando você pretende dizer a Charlotte sobre quem é o Nawat? E o que ele fez com o seu carro, sabotando o mesmo.

— Talvez eu não diga. Porque você está querendo saber disso?

— Achei que você queria que Charlotte se livrasse de correr para Nawat. Então pensei que...

— O que você pensou? Irmão Sun, eu sei o que estou fazendo. Você acha mesmo que vou deixar Nawat usar Charlotte em seu joguinho sujo?

— Então você planeja fazer algo em relação ao que ele fez? Não deixando com que Charlotte saiba.

— Charlotte não precisa saber que neste mundo ela está rodeada de pessoas ruins, ela vive um mundo de unicórnios e arco-íris, ver bondade em todo mundo. E eu estarei a protegendo sem que ela precise saber de tudo.

— Você está apaixonada por Charlotte? Não precisa me responder, eu já tenho a resposta. E eu sei o quanto é difícil, qualquer coisa relacionada a palavra amor ou expressar as suas emoções é uma tarefa difícil para você.

— Ora!! P'Sun a que ponto você quer chegar, huh? Diga logo.

— Você se colocou como uma pessoa ruim que entrou na vida de Charlotte, e nem mesmo se importou em se corrigir mesmo depois da própria Charlotte ver em você um motivo para está apaixonada também. Você quer mesmo ser vista como uma vilã.

— É o que sou, se Charlotte me ama, ela estará amando uma vilã.

— Charlotte não vai te abandonar independente do que você diga a ela. Você acha que eu não percebi que você contou algo terrível para ela? Diga, qual de suas histórias você contou?

— Huh, sobre ontem. E hoje, o noticiário sobre o carro forte. Ela sabe que aquele carro era meu, e o que estava dentro dele também.

— Agora me diz, porque você contou sobre isso e não sobre Nawat? Qual é a diferença, não há muita.

— Eu já disse que cuidarei pessoalmente de Nawat. Vou proteger Charlotte dele.

— Protegerá Charlotte de Nawat, a assustando sobre você? Isso não tem cabimento algum.

— Já chega desse assunto, P'Sun. Eu perdi o apetite. Você pode comer sozinho.

— Irmã Fa!! Eu estou lhe chamando. Não levante-se desse jeito e saia me dando as costas. Eu sou o mais velho aqui, você pode ser quem você é, e eu te amar por isso e muito mais. Mas eu não vou permitir você afastar a sua felicidade por puro capricho.

— Huh. Que coragem a sua, irmão Sun. Mas você tem razão, você é o mais velho e devo-lhe o respeito. Mas isso não faz de você, o meu dono. Lembre-se disso! Eu dito minhas próprias regras, afinal sou Engfa Waraha. Com licença!

Engfa se levantou da cadeira sob à mesa de jantar, após a sua discussão com o seu irmão Sun. Engfa sentia seu rosto queimar em fúria, pisando firmemente no piso de sua mansão indo para o seu escritório, se trancando no mesmo, em um momento de fúria por tudo que havia acontecido de ontem para hoje, ela arremessa ao chão todas as coisas, que antes estava em sua mesa.

Sun podia ouvir o barulho que fazia vindo do escritório de Engfa, ele pensou em ir até lá, mas sabia que naquele momento ela não enxergava mais nada a sua frente, poderia ser capaz de fazer algo que se arrepende-se. Sun terminou o seu jantar, e saiu da mansão, logo adentrando ao carro junto do motorista que também era segurança. Ele foi passar a noite na mansão de Meena, assim tanto ele como Engfa podiam esfriar a cabeça.

Engfa percebeu que um carro havia saído de sua casa, mas não deu importância. Ela se jogou ao chão, encostada ao sofá ali próximo, e se permitiu a chorar. Chorou como a muito tempo não fazia, desde que perdeu os seus pais e sua irmã no acidente. Ela sentia um vazio imenso naquele momento, não sabia como lidar com isso, ela chorava por ter discutido com Sun, chorava por amar Charlotte, chorava por sentir falta de sua família, quem pudesse ver Engfa naquele estado, jamais entenderia ou acreditaria no que veria.

Amanheceu, e Engfa havia adormecido no sofá de seu escritório, ela não lembrava como havia saído do chão para o sofá. Teve uma certa dificuldade para se levantar, pois sua enxaqueca estava presente naquele momento. Engfa com muita luta se levantou e saiu de seu escritório. Subiu as escadas e foi para o seu quarto, entrou direto ao banheiro e tomou o seu banho, após sair da banheira, Engfa se olhou no espeço e notou seu rosto inchado de tanto chorar a noite passada.

Ela massageou o mesmo e passou um de seus produtos faciais, tentando ao mesmo amenizar o seu estado, em seguida ela vestiu um de seus ternos justo e alinhados, assim que terminou de ficar pronta. Engfa pegou seu óculos escuros e colocou sob seus olhos, saiu de seu quarto, indo tomar café da manhã.

Uma funcionária de Engfa servia o seu café da manhã, enquanto Engfa não dirigiu uma palavra a mesma, apenas acentiu em forma de agradecimento, Engfa evitava olhar para a cadeira de Sun ao lado da sua. Pois o mesmo não estava lá, Meena havia mandando uma mensagem para Engfa avisando que o irmão Sun estava em sua casa, e que passaria a noite por lá. Engfa simplesmente ignorou a mensagem que leu naquela manhã.

𝑫𝒖𝒆𝒍𝒐 𝒏𝒐 𝒂𝒔𝒇𝒂𝒍𝒕𝒐 | 𝑬𝒏𝒈𝒍𝒐𝒕 Onde histórias criam vida. Descubra agora