On your wave - Gabriel Medina

CAPÍTULO 3

"A TEMPESTADE QUE CHEGA É DA COR DO SEUS OLHOS, CASTANHOS"

Marina Soarez's point of view

Depois da festa do Gabriel Medina, eu acordei no dia seguinte e simplesmente fugi, nem me despedi nem nada, a única que me viu saindo foi a Sophia, o resto estava com uma ressaca das braba para se quer lembrar que me viram. E isso já faz um mês e meio.

Eu não quero que vire uma coisa casual, eu acabei de sair de um relacionamento de 8 anos e to fora de qualquer relacionamento por agora. Minha assessoria tá quase movendo céus e terras para resolver o tanto de hate que venho recebendo por conta de difamações que o Matheus e minha querida prima resolveram postar, dizendo que eu era tóxica, e por isso fui traída tantas vezes.

Minha vida tá um rebuliço, em um dia eu tinha a vida perfeita, o namorado perfeito, a carreira perfeita. E do nada tudo mudou, eu não tinha mais uma casa, nem um namorado, muito menos perfeito, e to levando uma enxurrada de ódio na internet. E tenho que ficar calada porque minha assessoria aconselhou assim.

— Amiga tá bem? — Adriana perguntou entrando no quarto em que eu estava. Esses dias eu passei um pouco mal, eu achei que fosse fatiga depois de muita festa, mas já fazem duas semanas e ainda não me recuperei — fiz uma macarronada pra gente almoçar lá. Sai desse quarto um pouco, deve ser por isso que você não melhora. — ela disse chegando já abrindo as cortinas e deixando o sol entrar no quarto. Me puxou para sala e assim que senti o cheiro, meu estômago embrulhou e eu saí correndo pro banheiro, e vomitei tudo que tinha comido no café da manhã. Me sentia enjoada e minha cabeça tava girando.

Logo voltei para sala depois de lavar minha boca, aquele cheiro de molho de tomate e massa ainda faziam meu estômago embrulhar. Adriana me olhou preocupada, e me conduziu até o sofá, me dando um copo d'água e sentando do meu lado.

— Marina, quando foi que sua última menstruação desceu?

— Não sei, uns dois meses atrás? — pergunto mais para mim mesma do que para ela. — Você acha que estou grávida?

— Ai não sei amiga, faria sentido você passando mal há dias. — ela abraça meu corpo de lado. Ela sabia do meu sonho de ser mãe, mas isso quando eu ainda tinha um relacionamento, que na minha cabeça era duradouro. Depois que tudo na minha vida mudou em poucos minutos, não sei se esse sonho ainda continua. — Vou pedir pro Lucas passar na farmácia e comprar um teste. Ele saiu mais cedo para ir filmar os treinos do Medina, mas daqui a pouco ele volta.

Nem reparei no que ela fez a seguir, só me encolhi mais no sofá, eu não conseguia me ver sendo mãe, não agora. E o Gabriel Medina seria o pai? Não teria chance, certo? Nos protegemos, usamos preservativo. Mas também não teria chance de ser o Matheus, por motivos de que não tínhamos nenhum tipo de relações sexuais muito antes de termos acabado realmente. Se eu estiver realmente grávida, como vai ser minha vida? Eu estava começando a construir minha carreira, tantos projetos, e parcerias que eu iria começar esse ano, como minha assessoria e meus seguidores reagiriam? E meus pais? Eles iriam gostar de ter um neto? Assim do nada.

Acho que fiquei tanto tempo me martirizando, que nem percebi quando Lucas chegou com uma sacolinha da farmácia cheia de teste de gravidez, tinha pelo menos uns seis testes ali. E logo saiu á pedido da minha amiga.

Fiz tudo no automático, segui as
Instruções da embalagem, e voltei para sala e me encolhi nos braços da minha amiga.

— Eu não quero ver! — disse com a voz meio embargada, eu não sei o que aconteceria daqui para frente, e isso me deixava ansiosa. — Vê para mim por favor, não to preparada para isso!

Esperamos os minutos necessários e ela foi até o banheiro ver o resultado.

Meu coração tava palpitando muito forte, era nervosismo, ansiedade, angústia, tudo junto misturado.

Vi Adriana voltando do banheiro, não sei se ela estava feliz ou triste, ela
não demonstrou nenhuma reação positiva ou negativa.

— Deu positivo. — falou direta, e dessa vez quem não teve reação fui eu.

Paralisei, no fundo tinha uma alegria crescente em mim, mas todo medo e ansiedade tomava conta do meu corpo. Senti meu rosto molhado, e percebi que estava chorando, minha amiga me abraçou enquanto dizia palavras de consolo.

— Marina, não importa qual vai ser sua decisão, se vai querer ter esse bebê ou não, eu vou te apoiar em tudo. — ela dizia, e agora só se passava na minha mente que agora eu vou ser mãe. Sempre foi meu sonho ser mãe, não nessa situação, claro. Mas não iria tirar essa criança de mim.

— Eu vou gerar essa criança! — falo em meio ao choro.

— E você sabe quem é o pai? — perguntou receosa.

— Sei...

— Quem?

— É o Medina.

VEJO VOCÊS NO PRÓXIMO CAPÍTULO!

• Gente, mil desculpa, mas esse capítulo tava horrível antes, tive que mudar ele inteiro.

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