CAPÍTULO 40

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Marina Soarez's point of view

A atmosfera no Taiti era diferente de tudo que já tínhamos vivido. O ar estava carregado de expectativa e emoção, como se cada brisa que passasse pelo mar trouxesse consigo a energia de um momento histórico prestes a acontecer. Desde que Gabriel foi selecionado para as Olimpíadas, tudo nos levou até aqui. Estávamos prontos para enfrentar essa etapa com toda a determinação e paixão que tínhamos cultivado ao longo dos últimos meses.

Quando o avião pousou, e olhamos pela janela, a visão do Taiti tirou nosso fôlego. O azul do mar parecia mais profundo, mais vibrante do que em qualquer outro lugar, e as montanhas verdes que circundavam a ilha pareciam saudar-nos. Era o paraíso, mas também o campo de batalha onde Gabriel enfrentaria alguns dos maiores desafios de sua carreira.

— Estamos realmente aqui — murmurei, apertando a mão de Gabriel enquanto ele sorria para mim, com os olhos brilhando de excitação.

— Finalmente — ele respondeu, dando um beijo suave na minha testa.

Após desembarcarmos, fomos recebidos por um grupo de nativos, que nos deram colares de flores e nos deram boas-vindas com sorrisos calorosos. A hospitalidade do Taiti era inigualável, e logo senti que estaríamos em casa aqui, mesmo que apenas por um tempo.

Nosso primeiro destino foi o hotel onde ficaríamos hospedados. A vista era espetacular, com uma sacada que dava diretamente para o mar. Gabriel e eu ficamos em silêncio por um momento, absorvendo a beleza ao nosso redor. Sabíamos que, apesar do cenário paradisíaco, os dias que viriam seriam intensos e cheios de desafios.

— Temos que aproveitar cada momento — Gabriel disse, como se estivesse lendo meus pensamentos.

— Com certeza — concordei, sentindo uma onda de gratidão por estarmos aqui juntos.

No dia seguinte, comecei minha preparação para o trabalho como repórter. A CazéTV havia organizado tudo de forma impecável, e logo me vi imersa no ritmo frenético das reportagens. Minhas primeiras tarefas incluíam gravações na praia, onde o campeonato de surfe aconteceria, e entrevistas com alguns dos surfistas que competiriam. Pedro Scooby, que estava comigo nessa jornada, me ajudou a me sentir mais à vontade, e logo percebi que nossa dinâmica funcionava perfeitamente.

— Você está mandando muito bem, Marina — ele comentou após uma gravação. — Dá para ver que você nasceu para isso.

— Valeu, Scooby — respondi, sorrindo, enquanto ajustava o microfone. — Estou me divertindo muito, para ser honesta.

Enquanto isso, Gabriel estava totalmente focado na competição. Ele passava horas no mar, treinando e se adaptando às ondas do Taiti, que eram conhecidas por serem algumas das mais desafiadoras do mundo. Ele queria se certificar de que estava preparado para qualquer coisa que o oceano pudesse lhe oferecer.

As horas voaram, e logo chegou a noite da cerimônia de abertura das Olimpíadas. Gabriel estava impecável em seu uniforme, o emblema do Brasil no peito, e a expressão no rosto era uma mistura de orgulho e determinação. Enquanto ele se preparava para sair, eu estava ao seu lado, tentando esconder o nervosismo e a emoção que sentia por vê-lo viver esse momento tão grandioso.

— Está pronto? — perguntei, enquanto ajustava sua gola, tentando disfarçar o tremor nas mãos.

— Mais do que nunca — ele respondeu, me olhando nos olhos com um sorriso confiante. — E você? Pronta para brilhar como repórter?

— Ainda não consigo acreditar que isso está acontecendo — admiti, sorrindo de volta. — Mas acho que estou, sim.

A cerimônia de abertura foi um espetáculo à parte. As luzes, a música, e a energia de milhares de atletas de todo o mundo reunidos para celebrar o espírito olímpico eram de arrepiar. Eu estava lá, como repórter, capturando cada momento, mas também como alguém que estava profundamente envolvida na jornada de Gabriel.

Quando os atletas brasileiros entraram no estádio, o orgulho explodiu em mim. Ver Gabriel marchando ao lado de tantos outros atletas, com aquele sorriso determinado e o olhar fixo no futuro, foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Era impossível não sentir o peso histórico do que estávamos vivendo.

— E aqui vêm eles, a equipe brasileira, com um dos melhores surfistas do mundo, Gabriel... — comecei a narrar, mas minha voz falhou por um momento quando percebi o quanto esse momento significava para nós dois.

Scooby, que estava ao meu lado, tocou meu ombro, sorrindo com compreensão. Eu recuperei a compostura rapidamente, terminando a narração com um entusiasmo renovado.

Depois da cerimônia, nos reunimos para um jantar com a equipe brasileira, e a atmosfera estava cheia de camaradagem e antecipação. Todos sabiam que o verdadeiro trabalho estava apenas começando, mas havia um sentimento compartilhado de que algo grande estava por vir.

Quando voltamos ao hotel, Gabriel e eu estávamos exaustos, mas não conseguíamos parar de falar sobre o que estava por vir. Ele estava animado para as competições, ansioso para provar que poderia superar o desempenho em Tóquio e alcançar o pódio. Eu, por outro lado, estava ansiosa para continuar meu trabalho, trazendo a paixão e a história dos atletas para todos que nos assistiriam.

— Amanhã começa de verdade — Gabriel disse, segurando minha mão enquanto estávamos deitados na cama, olhando para o teto.

— E nós estamos prontos — eu respondi, apertando sua mão de volta.

Enquanto fechávamos os olhos para dormir, o som do mar do Taiti ao fundo, sabíamos que essa era uma das jornadas mais importantes de nossas vidas. E estávamos prontos para enfrentá-la juntos.

VEJO VOCÊS NO PRÓXIMO CAPÍTULO!

Viram o resultado da WSL??
Infelizmente Gabriel não conseguiu se classificar para as finais.

Alguém aqui também gosta de fórmula 1? Preciso de recomendações!

On your wave - Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora