CAPÍTULO 1

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"NOIS' TÁ TIPO SURFISTA, IGUAL GABRIEL MEDINA"

Marina Soarez's point of view

Tocava funk alto na festa, todo mundo já tavam meio alterados, dançando até o chão. Era gente gritando para cá, gente gritando para lá, e o aniversariante no meio da roda, curtindo sua própria festa de aniversário.

Eu olhava tudo lá de cima, da varanda do Medina eu conseguia ver a praia, alguns casais na areia, e olhando para dentro dos muros, eu conseguia ver a festa bem animada, também conseguia ver um monte de mulher ao redor dele, lógico que tinha um sorriso largo no rosto, era um homem, solteiro e diga-se de passagem, um gostoso.

Minha perna doía de tanto dançar mais cedo, resolvi me sentar no sofá que tinha no quarto dele, só para respirar um pouco antes de voltar para festa. Vários pensamentos passaram pela minha cabeça, como do nada tudo mudou, o cara que achei que me casaria, que formaria uma família comigo, que me faria feliz, que a gente tinha uma vida juntos, que trabalhava comigo, que eu compartilhei minha vida com ele, e o pego me traindo com a minha prima. Se decepção matasse, eu já estaria morta.

Minha linha de pensamento foi cortada quando escuto um barulho vindo da porta que dava para o banheiro, uma garota bem novinha saiu, me encarou e depois ficou sem jeito.

— Oi, desculpa qualquer coisa. O Gabriel disse que tava desocupado aqui — explico rapidamente para garota, que estranhamente me parecia familiar. — Aliás, qual seu nome?

— Sophia, sou irmã do Gabriel. Desculpa eu atrapalhar você aqui, acabei de chegar de viagem, aí vim aqui só tomar um banho. — Sophia disse e foi aí que percebi, realmente eles são muito parecidos. — e você é?

— Me chamo Marina. E sou apenas uma conhecida, você já vai descer? — tento mudar de assunto, não sabia o que dizer ela, que provavelmente já deve estar pensando que sou uma das ficantes do Medina.

— Já! To morrendo de fome. — disse rindo.

Fomos em direção ao andar de baixo, passamos por alguns casais de beijando no corredor, lê-se quase se comendo. Também conversamos um pouco sobre nós, para quebrar o gelo. E eu gostei da garota, ela era muito doce e simpática, bem parecida com seu irmão.

Chegamos na cozinha e pegamos um prato de carne do churrasco e nos sentamos nas banquetas da bancada que separava a cozinha da sala.

— Você e meu irmão tem alguma coisa? Só curiosidade... — Sophia perguntou com um sorrisinho tímido.

— Na verdade não, meu ex que era amigo dele eu acho, mas que agora deve estar muito ocupado comendo minha prima no meu antigo apartamento. — digo encarando meu copo com metade da bebida, enquanto eu brincava com o canudinho fazendo círculos.

— Que? Meu deus que babaca, e você ainda deixou o apartamento para ele? — perguntou chocada. Eu assenti, agora vendo de longe que o surfista encarava a gente.

— Eu não iria conseguir ficar lá, lembrando de todas memórias e me corroendo por uma coisa que não foi culpa minha. Então peguei minhas coisas, e agora to ficando na casa da minha amiga, que insistiu muito para eu visse. — digo agora procurando minha amiga com o olhar. — Aquela ali, Adriana, ela tá com o namorado dela, aí preferi ficar na minha e não incomodar o casal. — a encontrei perto da caixa de som junto com Lucas, seu namorado, que eu saiba também é fotografo do Gabriel.

— Ah, a Adriana, — eu assenti — Ela cresceu com a gente, praticamente aprendemos a surfar juntas. Gostei de você, qualquer coisa pode me chamar que eu vou correndo te ajudar.

— Grande pequena Medina! Chegou e nem me avisou. — O surfista disse chegando em nós e colocando o braço em volta do pescoço da irmã. Ele claramente já estava bêbado. — Estão aproveitando? — perguntou me encarando, seus olhos percorrendo meu corpo, me deixando quente. Sustentei o olhar nele quando percebi que estava encarando minha boca.

Nem prestei atenção no que ele conversava com a Sophia. Pela primeira vez em anos me senti desejada, e estranhamente bom essa tensão entre nós, praticamente paupável.

— EAI MEUS AMORES! — Adriana chegou gritando junto de Lucas. Eles também claramente estavam muito bêbados. — Bora dançar meu povo! — disse me puxando pelo braço, enquanto Lucas puxava os irmãos Medina. Adriana logo me entregou uma latinha de cerveja, sinalizando para mim beber.

Agora tocava um funk estralando e eu comecei a dançar com minha amiga, rebolando no ritmo da música, me soltando com todo mundo, de canto de olho reparei no surfista, inimigo do ritmo, dançando todo desengonçado, achei graça e fui chegando perto dele o guiando na dança.

Em muito tempo me sentia livre e bem, uma energia surreal de boa.


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