On your wave - Gabriel Medina

CAPÍTULO 11

Gabriel Medina's point of view

Nos intervalos das competições, aproveitamos ao máximo para explorar Peniche juntos. A cidade, com suas ruas estreitas e casinhas brancas, é um cenário encantador que parece saído de um cartão-postal. Enquanto caminhavam pelas ruelas de paralelepípedos, sentia como se cada passo que dávamos nos levasse para um pedaço da história portuguesa. O mar azul brilhante ao fundo completava a paisagem, e cada conversa que tínhamos fazia com que eu me sentisse mais próximo de Marina.

Visitamos o Forte de Peniche, um lugar impregnado de história, onde pude ver o olhar curioso e atento de Marina enquanto ouvia as histórias de resistência e coragem associadas ao local. Foi uma experiência poderosa estar ali com ela, dividindo um momento tão significativo. Parecia que a cada nova descoberta, estávamos construindo uma ligação mais forte, não apenas como futuros pais, mas como amigos e companheiros.

A gastronomia local também foi uma parte inesquecível da nossa viagem. Fomos a pequenos restaurantes que nos serviram pratos tradicionais, como peixe fresco grelhado com legumes da estação. Ver Marina experimentar os sabores de Portugal era incrível. Eu observava seus olhos se iluminarem com cada nova experiência, e isso me fazia sentir que estava fazendo a coisa certa ao trazê-la comigo.

Uma noite, depois de um dia cheio de aventuras, estávamos sentados na areia, observando o pôr do sol. As cores vibrantes do céu refletiam no mar, criando uma atmosfera mágica. Senti a necessidade de falar sobre o que estava sentindo. Eu me virei para Marina, com o coração um pouco acelerado.

— Marina, sei que essa vida de viagens e competições é bem diferente do que você está acostumada, mas preciso que você saiba o quanto eu estou feliz que você esteja aqui. É importante para mim compartilhar esse pedaço da minha vida com você e com o nosso filho.

Ela segurou minha mão e sorriu. Eu podia sentir a sinceridade e o carinho em suas palavras quando ela respondeu:

— Estou feliz por estar aqui, Gabriel. Ver você no seu elemento, fazendo o que ama, é inspirador. E mais que tudo, estou grata por estarmos nessa jornada juntos. — Essas palavras tocaram profundamente. Elas reafirmaram o que eu já estava começando a entender, não era apenas sobre surfe ou a competição, mas sobre a construção de uma vida juntos, uma vida em que ambos estávamos comprometidos.

Enquanto os dias passavam e a competição continuava, eu me via cada vez mais envolvido, não apenas no esporte, mas também no mundo de Marina. Ela começou a se interessar pelas nuances do surfe, fazendo perguntas sobre as técnicas e as condições do mar. Era evidente que ela estava se esforçando para entender e apreciar o que eu fazia. Eu a apresentava aos meus amigos surfistas e colegas de competição, e todos a recebiam de braços abertos. Marina estava se tornando uma parte importante do meu círculo de convivência, e isso me deixava orgulhoso. Mas também me deixava um pouquinho enciumado, confesso, tinha uma atenção enorme nela ali e no buchinho também.

Finalmente, a etapa em Portugal chegou ao fim. Eu havia dado o meu melhor, enfrentando algumas das melhores ondas do mundo e competindo contra atletas incríveis. Embora estivesse exausto, sentia uma satisfação profunda. Não importava o resultado final, o que realmente importava era que eu havia compartilhado essa experiência com Marina.

Enquanto voltávamos para o hotel, de mãos dadas, não consegui evitar a sensação de contentamento que me invadia. Olhei para Marina, e um sorriso espontâneo surgiu no meu rosto.

— Obrigado por estar aqui comigo, — eu disse. — Sei que não é fácil acompanhar esse ritmo, mas ter você aqui fez toda a diferença.

Marina sorriu de volta, e pude ver nos olhos dela que ela também estava feliz. A viagem a Peniche foi mais do que uma aventura. Foi um passo importante na construção da nossa família e do nosso futuro juntos. Sentia que, juntos, estávamos prontos para qualquer desafio que o futuro pudesse nos trazer.

E agora tínhamos que enfrentar um almoço em família, vulgo onde Marina iria conhecer minha mãe. E sinceramente isso me preocupa, no meu antigo relacionamento acabou justamente pela minha intromissão da minha mãe no relacionamento, e mesmo que eu e Marina não estivéssemos em um relacionamento de fato, eu me sentia no dever a proteger, não só ela, mas como o buchinho também.

VEJO VOCÊS NO PRÓXIMO CAPÍTULO!

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