"Uma noite que mudou tudo, fim de ano, e aniversário do tri-campeão, Gabriel Medina. Muita festa, bebida, música e diversão.
Marina Soarez, que sempre fez parte do mesmo grupo de amigos do surfista, foi convidada. A mulher tinha acabado de terminar...
Medina estacionou na frente da casa dele, deu a volta no carro e me ajudou a sair, depois abrimos o porta mala. Olhei para a pequena prancha verde, ele se entregou tanto em tão pouco tempo. Meu corpo ainda não tinha mudanças feita pela gravidez, mas foi quase automático colocar a mão na barriga, que não tinha nenhum volume fora do comum mas que agora, depois da consulta, era como se a ficha realmente tivesse caído. Gabriel pegou a prancha, que ficava uma miniatura comparado com o tamanho do seu corpo.
— Depois da para gente ir para praia, finzinho de tarde é lindo aqui. Só se você quiser, é claro.— Medina apontou pro portãozinho que dava direto na areia da praia.
— Acho que animo sim! Da pra chamar a Sô também né. — eu tinha gostado da garota desde que a vi aquela dia na festa, e sua companhia sempre será bem vinda.
— Aquela ali se falar em praia, já tá lá. — dizia rindo. Ele fechou o porta mala com uma mão, a outra ele segurava a prancha.
A gente foi caminhando em direção a casa, sua mão apoiava minhas costas, me mostrando o caminho até a sala de estar, mesmo que eu já soubesse onde era. Colocou a prancha junto com as deles, e eu soltei uma leve risada vendo a diferença de tamanhos.
— Sophia! — Chamou pelo nome da garota, que apareceu saindo da cozinha. Quando olhou para mim soltou um sorriso, e veio correndo na minha direção me abraçando.
— Aaaai, tava doida para te ver! Posso? — assenti já sabendo que ela queria tocar na minha barriga. — Oi nenê, sou sua tia Sophia. Já te amo demais, nenê! — Ela fala tocando na minha barriga, conversando com o bebê, era a primeira vez que alguém chegava em mim querendo conversar com a barriga, nem eu tinha feito isso, e ali eu soube que meu filho ou filha teria uma tia maravilhosa, pelo menos da parte do Gabriel. Minha família sendo bem conturbada, sei que não poderia dar isso ao bebê. Dou uma fungada, já sentindo meus olhos molhados, e os dois irmãos Medina me encararam.
Sophia me abraçou de lado, enquanto Gabriel ia chegando em nós, me abraçando do outro lado. Percebi que ele parecia meio receoso de me tocar, não tínhamos nenhuma intimidade, e talvez deveríamos conversar sobre isso, não quero que ele se sinta distante do bebê.
— Acho que é uma menina! — Sophia fala, me puxando para sentarmos no sofá. Engatamos num assunto sobre o que seria o bebê. Eu que sempre sonhei em ter uma menininha para ser minha melhor amiga, torço para ser uma menina, mas se vier um menininho também estarei muito feliz. De longe percebia os olhares do Gabriel em cima de nós, tinha um sorriso tímido de lado em seu rosto, e toda vez que nossos olhares se cruzavam via um brilho ali.
— Licença maninha, mas precisamos alimentar o buchinho. — O surfista chegou se equilibrando com três pratos de comida, pareciam estar bons e bem saudáveis, mas isso eu já esperava já que os dois são atletas. Agradeço quando ele me estendeu um dos pratos, e depois se sentou do meu lado, ligando a TV num filme qualquer.
E ali ficamos até dar umas 17:30, nesse horário Sophia subiu para se arrumar para surfar, e Gabriel chegou mais perto de mim, ainda meio receoso.
— Sabe que não precisa ter medo né? Eu não mordo. — falo zoando, ele parecia querer se aproximar, mas sem saber como.
— Não tenho medo de você. — Fala simples, me encarando com aquele oceano castanho. — Eu só não quero invadir seu espaço pessoal.
— Não precisa, eu vou entender quando quiser se aproximar do bebê. — estendi minha mão para ele pegar, e coloquei sua mão na minha barriga. — Realmente quero que o bebê tenha um pai presente, e agradeço desde já que você está se empenhando para isso. — senti seu polegar fazer um carinho, e eu gostei do seu toque, gostei como não parecia ter maldade, gostei como parecia estar se conectando com o bebê, que ainda era tão pequeno, mas tão amado por mim, e por ele, eu espero.
— Bora, gente? — Sophia apareceu nos pés da escada, ela usava um maiô de lycra de mangas longas, e usava um coque frouxo, que provavelmente vai se desfazer no mar.
— Bom, vou me arrumar rapidão. — O surfista diz indo correndo para cima.
— Acho já vou pra casa depois da praia.
— Não, que isso, vai com a gente, depois passa a noite aqui. Fiquei sabendo que ainda ta ficando na casa da Adriana, deixa os pombinhos lá. — Gabriel volta na mesma hora, me fazendo olhar o mesmo que agora estava sem camisa, segurando a mesma na mão. — pode usar qualquer dos banheiros para se trocar se quiser. — e voltou a subir a escada novamente.
— Sinto que daqui a pouco vocês vão estar juntos de verdade. — Sophia disse pensativa. Eu neguei imediatamente.
— Não! O que aconteceu foi apenas um lance de uma noite. Não necessariamente precisamos estar num relacionamento.
Gabriel logo voltou lá de cima, usando apenas um short de praia, e fomos todos direto para praia. Os dois Medina analisavam as ondas e fomos mais para perto. Eu não entendia nada que eles falavam, mas só concordava.
Ainda não era exatamente o por do sol, e tava tendo boas ondas, de acordo com eles, então fiquei ali assistindo eles a surfarem, e também postando uns stories, já que minha acessória já estava cobrando para postar pelo menos cinco por dias, fiz questão de não deixar claro que estava na companhia do surfista. E também quis aproveitar para tirar umas fotos da barriga, só para guardar de recordação ou postar na minha conta pessoal, onde só tem pessoas que eu confio.
Depois eles voltaram, e se sentaram do meu lado na areia, ficamos um bom tempo observando o mar. Agora em entendia como esse lugar podia ter uma paz indescritível. Eu já imaginava ter que passar varias tardes aqui, porque o fruto nunca cai muito longe do pé. Sophia tirava algumas fotos da gente, e eu só aproveitei o momento.
BÔNUS/INSTAGRAM
@marssss
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@marssss: encontrei minha paz no mundo. 🤍
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@gabrielmedina 🤍
@sophiamedina Titia já ama!
@aguiarAdrianaaa Nem volta mais pra casa né safada. Te amo amiga 🤟
