CAPÍTULO 29

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Marina Soarez's point of view

Acordei naquela manhã com uma sensação de leveza e paz, o sol entrando pela janela do quarto, iluminando suavemente o ambiente. Gabriel estava ao meu lado, já acordado, com os olhos fixos no teto e uma expressão serena. Ele se virou para mim com um sorriso tranquilo, me puxando gentilmente para mais perto, e eu me aconcheguei em seu peito, sentindo o calor do seu corpo me envolver.

— Bom dia, — ele murmurou, sua voz rouca de sono enquanto passava os dedos pelo meu cabelo.

— Bom dia, — respondi, levantando o rosto para olhá-lo. Ele tinha aquele sorriso que sempre me acalmava, como se tudo estivesse exatamente onde deveria estar.

Ficamos em silêncio por um tempo, aproveitando a tranquilidade do momento. Mas havia algo que vinha rondando meus pensamentos desde que descobrimos a gravidez, algo que eu sabia que precisávamos discutir.

— Gabriel, — comecei, hesitando um pouco. — Você já pensou sobre o gênero do nosso bebê?

Ele me olhou com curiosidade, um sorriso brincando nos lábios. — Para ser sincero, não tenho preferência. Menino ou menina, para mim o que importa é que seja saudável e que a gente esteja juntos para cuidar dele ou dela.

Eu sorri, tocada pela simplicidade e sinceridade na resposta dele. Essa era uma das coisas que eu mais amava em Gabriel: sua capacidade de focar no essencial, sem se prender a detalhes que, no fim, não importavam tanto.

— Eu sinto que é uma menina, — confessei, minha voz saindo suave. — Não sei explicar, mas algo dentro de mim me diz que estamos esperando uma garotinha.

Ele arqueou uma sobrancelha, interessado. — Sério? Já tem esse pressentimento?

— Sim, — respondi, com um sorriso. — E, para ser sincera, já andei pensando em alguns nomes.

Gabriel se acomodou um pouco mais na cama, claramente curioso. — Agora você me pegou. Quais são as suas ideias?

Mordi levemente o lábio, pensando nos nomes que tinham ocupado meus pensamentos ultimamente. — Bem, tenho três nomes que realmente gosto. O primeiro é Maria. É um nome clássico, mas sempre achei bonito e cheio de significado. O segundo é Helena, que significa luz, o que me faz pensar em algo brilhante e forte. E, por último, Alexia, que eu acho moderno e poderoso.

Gabriel refletiu por um momento, considerando as opções. — Gosto de todos, mas acho que Helena tem um toque especial. Tem presença, é um nome que você lembra.

Sorri, satisfeita que ele gostasse da sugestão. — E você? Se for um menino, já pensou em algum nome?

Ele assentiu, voltando os olhos para o teto como se estivesse organizando os pensamentos. — Tenho algumas ideias. Gosto de Matteo, é forte e tem um som agradável. Davi, que é curto e direto. E também gosto de Joaquim, é um nome tradicional, mas que sempre me soou elegante.

— Gosto de todos eles, — concordei, imaginando como cada nome poderia combinar com o nosso futuro bebê. — Matteo é um nome forte. E Joaquim realmente tem um toque clássico, mas charmoso.

— Mas como eu disse, para mim, o que importa é que a gente tenha um filho saudável e que a gente se apoie, independente do nome que escolhermos, — Gabriel disse, sua voz suave enquanto olhava para mim com aquele olhar carinhoso que eu adorava.

Aquelas palavras aqueceram meu coração, e naquele momento, soube que, independentemente do que o futuro nos reservasse, Gabriel seria um pai incrível. E enquanto discutíamos calmamente o futuro, senti uma felicidade tranquila se instalar em mim. Tínhamos muito a planejar, muitos detalhes para decidir, mas o mais importante já estava ali: o amor e o compromisso que estávamos construindo juntos.

Enquanto ainda estávamos deitados, aproveitando o calor dos braços de Gabriel ao meu redor, comecei a sentir pequenos movimentos na minha barriga. Era uma sensação que já havia se tornado familiar nas últimas semanas, mas que sempre me enchia de uma alegria silenciosa. Os chutes e mexidas do bebê eram um lembrete constante de que nossa vida estava prestes a mudar de um jeito maravilhoso.

Gabriel, sempre atento, percebeu minha expressão e abaixou o olhar para minha barriga, um sorriso curioso surgindo em seus lábios.

— Está se mexendo? — ele perguntou, seus olhos brilhando de expectativa.

Assenti, pegando a mão dele e colocando-a suavemente sobre a minha barriga, onde o bebê continuava a se mover, como se quisesse se comunicar conosco. Gabriel ficou em silêncio por um momento, concentrado nos pequenos movimentos sob sua palma.

— É forte, hein? — ele comentou, um misto de orgulho e surpresa em sua voz. — Acho que temos alguém bem energético aqui dentro.

Eu ri, brincando com a ideia que já vinha me passando pela cabeça. — Com certeza! Vai ver que temos um futuro surfista aqui. Já está treinando para as ondas, igual ao pai.

Gabriel riu também, claramente gostando da ideia. — Você acha que ele ou ela vai gostar de surfar?

— Se puxar a você, é provável, — brinquei, acariciando a mão dele enquanto ela ainda estava sobre minha barriga. — Mas quem sabe? Talvez seja um artista, um músico, ou um aventureiro de algum outro tipo. O importante é que ele ou ela vai ter todo nosso apoio, independentemente do que escolher fazer.

Gabriel assentiu, os olhos ainda fixos na minha barriga como se estivesse imaginando o futuro. — Acho que você está certa. Mas se for um surfista, vou ter que ensinar desde cedo, né?

— Isso mesmo, — respondi, sorrindo com a imagem de Gabriel ensinando nosso filho ou filha a surfar, os dois juntos nas ondas. — E eu estarei na areia, tirando fotos e torcendo.

O pensamento nos fez rir, e por um momento, tudo parecia se encaixar perfeitamente. Sentir os movimentos do bebê enquanto discutíamos o futuro era uma lembrança constante de que, apesar de todas as incertezas, estávamos criando algo especial juntos.

— Seja surfista ou não, uma coisa é certa, — Gabriel disse, sua voz cheia de carinho. — Esse bebê já é amado demais, e a gente vai fazer de tudo para que ele ou ela tenha a melhor vida possível.

— E isso já começa agora, — acrescentei, segurando a mão dele mais firme contra a minha barriga, sentindo mais um movimento do bebê. — Com a gente aqui, juntos, apoiando um ao outro.

Ele sorriu e me beijou suavemente, e ficamos assim, em silêncio, sentindo os pequenos movimentos dentro de mim e imaginando todas as aventuras que ainda estavam por vir. Eu sabia que qualquer que fosse o nome, qualquer que fosse o gênero, nosso bebê já era amado de uma forma que eu nunca havia imaginado ser possível.

VEJO VOCÊS NO PRÓXIMO CAPÍTULO!

On your wave - Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora