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Mia estava no quarto de Yara, ela não sabia como se vestir para ir até o último encontro com Júlia, oi talvez o primeiro encontro das duas. A garota não sabia se aquilo era algo sólido ou apenas uma despedida.

- Você tá linda. - Clara disse observando a amiga que vestia uma camiseta branca estampada, com um shorts leve preto e seu tênis branco, além de seus colares e brincos que deixavam tudo ainda mais belo. - Se essa garota não te beijar, eu vou ficar incrédula.

- Mia também pode tomar a atitude. - Yara disse.

- E você já viu ela pensar em ter alguma atitude?

- Eu tô ouvindo essa conversa, ok? - A garota disse e as amigas pouco se importaram, Mia passou seu perfume e respirou fundo.

- Pronta? - Yara disse e viu a amiga concordar, assim Mia pediu o Uber e foi para o encontro de Bergmann.

Enquanto isso, a ruiva tinha a companhia de Ana Cristina. A mais nova ria do desespero da amiga, das milhões de vezes que ela confirmou se estava bem vestida, passado perfume e desodorante. Enquanto fazia milhões de hipóteses de coisas que poderiam dar errado.

- Júlia, se acalma. - Ana disse se levantando e colocando as mãos nos ombros da amiga. - Vocês já ficaram quantas vezes por horas sozinhas, nunca faltou assunto ou ficou desconfortável, hoje não precisa acontecer nada. - Bergmann abraçou a a amiga.

- Obrigada Ana, eu não conseguiria viver aqui sem você. - A garota disse fazendo a amiga rir.

- Eu sei, eu também não sobreviveria sem você. - Ana Cristina deixou um beijo no topo dos cabelos de Júlia. As garotas se separaram ao ouvir o som de algumas batidas na porta, Ana abriu a mesma e viu Kudiess acompanhada de Luzia, além disso Mia estava entre elas. - Acho que minhas companhias chegaram e a sua também. - Ana disse sorrindo para Júlia que riu fraco enquanto se aproximava das recém chegadas.

- Encontramos no caminho, pode deixar que protegemos ela dos perigos noturnos. - Kudiess disse e Mia riu disfarçadamente.

- Ela saiu correndo quando viu uma barata. - Luzia disse apontando para a garota de olhos claros ao seu lado que abriu a boca chocada.

- Ei! Você também!

- Você quem matou a barata, né? - Bergmann disse para Mia que concordou.

- Óbvio, são duas crianças. - Mia disse sorrindo para Júlia, a garota observou cada detalhe mínimo que a garota tinha, sua correntinha de sempre, um shorts colado e uma blusa larga, não era nada que Mia já não tivesse visto, mas hoje parecia estar tudo mais mágico ainda.

- Vamos, eu tomo conta dessas crianças agora! - Ana disse dando passagem para a jornalista entrar no quarto. - Tchau Ju, tchau Mia. - Ana disse deixando beijos nas bochechas de ambas e caminhando com as mais novas.

- Tchau! - Kudiess e Luzia disseram, Mia entrou e ouviu Júlia fechar a porta, o coração de ambas estava acelerado, era como se agora estivesse sendo algo pessoal pela primeira vez.

- Você não veio de camisa. - Júlia disse observando a mais baixa que sorriu enquanto olhava para sua roupa.

- Eu uso só pra trabalhar, ou algo muito formal, acho que isso não é muito formal, né? - Mia disse e Bergmann negou.

- Nem um pouco, como você está? - A ruiva disse tirando os chinelos e se sentando na cama com as pernas dobradas, Mia fez o mesmo, ficando relativamente próxima da companheira.

- Bem, cansada, mas bem. Você me deu muita coisa, tive que ficar horas pra conseguir encaixar tudo. E você?

- Ah, você quem fez seu trabalho muito bem feito. - Bergmann disse envergonhada. - Eu tô bem, Zé pegou um pouco mais leve essa semana, pra sabe? Chegarmos totalmente preparadas tanto fisicamente, quanto psicologicamente.

Chamego - Julia BergmannOnde histórias criam vida. Descubra agora