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Após comerem, as mulheres estavam sentadas na varanda que havia no hotel e conversavam levemente, observando o movimento. Era algo leve que parecia perigoso do vento levar. Júlia contava sobre sua família, fazendo Mia aumentar o carinho que havia por eles, os Bergmann pareciam ser tão gentis quanto a garota a sua frente.

- Eu gosto muito da sua família, mesmo que não conheça ela. - Mia disse deitando a cabeça sobre o ombro de Júlia.

- Eles também gostam de você. - A ruiva disse. - Não mais do que o Fefe gosta de mim.

- Ele te ama muito. - Mia disse sentindo a mão de Júlia acariciar sua coxa. - Você gostaria de um dia conhecer ele? - Mia disse olhando pra a paisagem a frente. Júlia sorriu, era a primeira vez que a garota falava sobre um possível contato com a família dela.

- Sim, muito. - Mia não pode deixar de suspirar e sorri com a resposta.

- Mesmo? - Os olhos castanhos se encontraram com os azuis, Júlia podia ver a felicidade estampada no rosto da garota.

- Sim, eu amaria conhecer ele é todos mundo que você quiser me apresentar, minha vida. - Júlia disse e viu o sorriso genuíno no rosto de Mia. - Você achou que não?

- Eu achei que você poderia não fazer questão. - Mia disse envergonhada e olhando pra baixo.

- O que te fez pensar isso? - Júlia disse com as sobrancelhas franzidas.

- Eu não tenho uma família tão incrível como a sua, somos só eu e minha irmã, então, não sei.

- E quem disse que vocês não são incríveis? Amor, o que importa é a qualidade e não a quantidade. - Mia engoliu seco e concordou, porém ainda sem olhar para a ruiva, que já sabia exatamente o que havia acontecido. - Foi a burra da sua ex, não foi? - Mia voltou a olhar para a garota, porém dessa vez seus olhos pareciam maiores e mais sensíveis.

- É, mas tanto faz, ela não importa, eu não deveria ter pensado isso, eu sei lá. - A garota disse e recebeu um beijo de Bergmann.

- Mia, vou te falar de novo, ok? Quero saber exatamente tudo que você possa se sentir insegura, tudo que um dia já te machucou, assim a gente vai entender exatamente como se fortalecer. - A ruiva disse fazendo carinho na bochecha de Mia. - Eu tô do seu lado, Mia, eu quero tudo que te fizer feliz, quero conhecer seu sobrinho, ensinar ele fazer bloqueio, quero brincar com a sua sobrinha e ver como ela tá dando os primeiros passos, quero conversar com sua irmã e seu cunhado, quero mostrar que você é alguém que amo.

- Juju. - Mia disse baixo e o olhar de Júlia pairou sobre a garota. - Eu te amo, muito. - Mia disse e selou os lábios dela. - Eu sei que pode parecer que eu evito falar do futuro, mas eu realmente quero você, tá? Quero você nesse ano e nos próximos, quero continuar indo em seus jogos e torcendo por você, quero conhecer sua família, quero ver seus olhos de uma cor a cada dia, quero você inteira.

O ano não poderia ter começado melhor, Júlia sorriu ao ouvir a comemoração vindo de todos os cantos, Mia riu da coincidência.

- Feliz ano novo, Mia. - Júlia disse e a beijou. - Primeiro de muitos?

- Primeiro de muitos.- Mia repetiu e beijou novamente Bergmann. Mia, que antes estava ao lado de Júlia, agora havia sido puxada para o colo da ruiva, sentindo a possessividade nas mãos da garota. - Você é tão apaixonante, caralho. - Mia disse ainda de olhos fechados, passando a distribuir beijos lentos pelo pescoço da mais nova, que continuava pressionando a cintura da morena.

- Vai começar o ano me enlouquecendo, Camila? - Bergmann disse com a voz um pouco rouba e sentiu o sorriso de Mia sobre sua pele.

- Vou te dar o que você quer, só vou devagarzinho, aproveita. - Mia disse passando as mãos pelos braços de Bergmann e alcançando suas mãos, as retirando da própria cintura e as deixando ao lado de seu corpo. - Você vai me obedecer, tá?

- Se não? - Júlia disse abrindo os olhos e vendo um sorriso pretensioso nos lábios da mais velha.

- Você não vai conseguir o que quer, Amor. - Mia disse fazendo a trilha da boca de Júlia com o indicador levemente, deixando um beijo sobre a mesma em seguida. - Entendido? - Júlia concordou com os olhos fechados novamente, já que sentia sua camiseta ser invadida pela jornalista, as mãos de Mia subiram lentamente o pano e retiraram-o da jogadora. A morena se levantou do colo da companheira e puxou a mesma para dentro do quarto. Júlia observava o corpo da mais baixa que caminhava a sua frente, mão resistindo a segurar a cintura da mesma e a virar para deixar um beijo em seus lábios. - Júlia!

- Desculpa, você é irresistível. - Mia sorriu pelos olhos de Júlia parecerem o do gato de botas, a puxando para outro beijo, porém, dessa vez era nítido quem estava no controle. Mia empurrou o abdômen da jogadora até que chegasse a cama, fazendo-a sentar novamente. A ruiva puxou a morena para acompanha-lá, porém sua tentativa foi falha.

Mia sorriu e se separou dela, a garota fechou a cortina e se virou para a ruiva, que não havia se mexido.

- Fica aí. - Mia disse dando um selinho na mesma, caminhando até a luminária e a ligando, assim deixando o quarto apenas com essa iluminação. Mia voltou para frente da jogadora que continuava do mesmo jeito. - Boa garota. - Mia disse sorrindo e puxou a cabeça da mesma para cima. - Você tem direito a um pedido por ter me obedecido.

- Agora? - Mia concordou. - Você. - Bergmann disse e viu o sorriso da garota aumentar.

- Isso você já tem, Meu amor. - Mia disse e sentiu seu corpo se chocar com a mais nova.

- Você bem pertinho de mim. - Júlia disse e a puxou para o próximo beijo.

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Stories
@juliabergamnn6

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Chamego - Julia BergmannOnde histórias criam vida. Descubra agora