Faith e Hope Mikaelson, irmãs gêmeas com uma herança poderosa, encontram-se arrancadas da turbulência sobrenatural de Nova Orleans e realocadas para a tranquila e enevoada cidade de Forks, Washington. Como primas de Isabella Swan e sobrinhas do xeri...
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As horas passaram como se fossem um borrão enquanto vasculhávamos a floresta, a tensão apertando nossos corações a cada passo. O ar ao nosso redor parecia mais denso, como se a própria floresta estivesse segurando sua respiração, aguardando o desenrolar de algo inevitável. Minhas pernas já estavam pesadas, mas o desespero nos mantinha em movimento, incansáveis na busca por Bella.
Foi então que a encontramos. Hope foi a primeira a vê-la, caída e encolhida no chão de terra, suas roupas sujas e seus braços abraçando o próprio corpo como se estivesse tentando se proteger de algo. Seus longos cabelos estavam desgrenhados, e seu rosto pálido contrastava fortemente com o verde da vegetação ao redor.
— Belly! — chamou Hope, a voz dela cheia de urgência, enquanto corríamos até ela.
Caímos de joelhos ao lado de Bella, meu coração batendo rápido no peito. Eu imediatamente chequei os batimentos cardíacos dela.
— Ainda bate, — murmurei, soltando um suspiro aliviado. Mesmo com o coração dela fraco e lento, ela estava viva. Precisávamos tirá-la dali o mais rápido possível.
Tirei meu casaco e coloquei sobre ela, tentando aquecê-la do frio que começava a se intensificar com a queda da noite. Seus olhos permaneciam fechados, e ela não reagia ao nosso toque, mas saber que seu coração ainda estava batendo era tudo o que importava naquele momento.
Foi então que ouvimos um barulho. Algo quebrou a quietude da floresta. Hope e eu congelamos, trocando olhares rápidos de alerta. Olhamos ao redor, tentando localizar a origem do som. No meio das árvores, emergiu um lobo preto imenso, com olhos que me eram... familiares. Algo no modo como ele nos observava fez um calafrio percorrer minha espinha.
Por um segundo, minha mente tentou conectar os pontos, mas a urgência de tirar Bella dali era maior.
— Vamos voltar, — murmurei, mantendo o olhar no lobo por um breve instante antes de desviar, sabendo que ficar ali não era uma opção. Precisávamos sair da floresta agora.
Com a ajuda de Hope, levantei Bella em meus braços, segurando-a no estilo noiva, apesar do peso dela e da exaustão que já sentia. Nós duas sabíamos que, se não agíssemos rápido, algo muito pior poderia acontecer. Começamos a caminhar de volta, nossas respirações pesadas com o esforço, mas determinada a não parar até que estivéssemos em segurança.
O lobo continuou nos observando por alguns segundos, antes de desaparecer na escuridão das árvores, como se estivesse nos permitindo sair ilesas — por ora.
A floresta parecia se estender mais e mais a cada passo, mas finalmente chegamos à clareira que dava vista para a casa dos Swan. E foi aí que vimos um aglomerado de pessoas na porta da casa, todas conversando e gesticulando, claramente preocupadas.
— Charlie! — ouvi Jacob chamar assim que nos viu emergir da escuridão, eu com Bella nos braços e Hope logo ao meu lado. A multidão se virou de uma só vez para nos encarar, e em segundos, Charlie estava correndo em nossa direção, os olhos arregalados de alívio e desespero.
