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O clima na casa das Mikaelson estava pesado, como uma nuvem prestes a desabar

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O clima na casa das Mikaelson estava pesado, como uma nuvem prestes a desabar. As malas de Rebekah, Kol, Davina e Marcel estavam prontas, arrumadas na entrada, prontas para levar nossos amigos de volta a New Orleans. Eu podia sentir a tensão no ar, o silêncio que pairava era quase insuportável. Era uma despedida que todos sabíamos que estava por vir, mas que, de alguma forma, ainda nos pegava de surpresa.

Rebekah e Kol estavam olhando pela janela, enquanto Marcel tentava organizar algumas coisas, mas todos nós sabíamos que o tempo estava se esgotando. Klaus poderia aparecer a qualquer momento, preocupado com a ausência de seus irmãos, e claro, das filhas. Ele sempre foi assim, um verdadeiro pai leão, sempre protegendo o que era seu, e ele tinha uma maneira de deixar claro que não toleraria a ausência deles por muito tempo.

A verdade é que eu adorava a companhia deles. Ter a família por perto me fazia sentir como se houvesse algo de normal em nossas vidas. Rebekah trazia uma leveza que eu não sabia que precisava, Kol sempre tinha uma piada pronta para quebrar o clima, e Marcel... bem, Marcel era como um irmão mais velho.

— Vocês não precisam ir ainda — disse Hope, quebrando o silêncio com uma voz suave, mas determinada. Eu pude sentir o desespero em suas palavras, como se ela soubesse que cada segundo que passávamos juntos contava.

Rebekah sorriu para nós, um sorriso misturado com tristeza. Aproximou-se e colocou uma mão no meu ombro e outra no de Hope, apertando levemente. Aquela foi uma conexão que só as irmãs poderiam entender.

— Querida, se demorarmos mais, Nik será capaz de vir para cá e arrasar com essa cidade pequena só para garantir que estamos todos bem — disse ela, tentando manter o tom leve, mas eu percebi a seriedade por trás de suas palavras. — Além disso, Davina e Kol têm seus próprios problemas para cuidar em New Orleans.

Kol, sempre o provocador, interveio. — E não podemos deixar o nosso pequeno reino nas mãos de qualquer um. Já imagina a bagunça que seria? — Ele tentou fazer todos rirem, mas eu vi a preocupação em seus olhos. Ele sabia que não podiam demorar mais, mas também queria ficar, como nós.

Davina, sentada ao lado de Kol, olhava para nós com um misto de empatia e determinação. Ela não falava muito, mas seu olhar dizia tudo. Havia uma promessa silenciosa de que, mesmo longe, sempre estaríamos conectados.

— Vamos, não façam essa cara. Vocês sabem que voltaremos logo — disse Marcel, seu sorriso carismático refletindo um pouco de esperança. Ele colocou o braço em torno de Rebekah, mostrando um pouco do amor que havia entre eles.

— E, de qualquer maneira, a cidade ainda precisa de seu Rei com sua familia — ele brincou, mas a preocupação em sua voz era clara. A verdade é que ele estava ciente de que, independentemente de quão forte e confiante se mostrasse, sempre haveria um lado vulnerável em todos nós.

Hope olhou para mim, um olhar que ressoava um sentimento de perda que conhecíamos bem. Despedidas nunca foram fáceis para nós, e essa não seria diferente. O clima era denso, como se estivéssemos prestes a entrar em uma tempestade.

— Certo, vocês podem ir, mas não se atrevam a desaparecer por muito tempo — eu disse, tentando soar firme, mas minha voz traía a vulnerabilidade que sentia. Era difícil admitir o quanto amava a presença deles e como iria sentir falta.

Kol, como sempre, se aproximou e bagunçou meu cabelo, o que me irritou e fez com que eu sorrisse ao mesmo tempo. — Não se preocupe, mini Klaus, estaremos de volta antes que você sinta nossa falta — disse ele, piscando, enquanto eu bufei, tentando manter a seriedade.

Eu odiava o apelido que ele me deu, mas sabia que era a maneira dele de mostrar que se importava. Kol sempre foi capaz de ver além das minhas máscaras. Sabia que eu era tão volátil quanto nosso pai, mas também sabia que havia um lado amoroso e caloroso em mim que raramente mostrava.

Rebekah nos puxou para um abraço, primeiro em mim, depois em Hope, sussurrando palavras de amor e esperança que ressoaram em nossos corações. Ela prometeu que voltaria assim que possível, e eu sabia que isso era mais do que uma promessa — era um voto.

Marcel se despediu com um abraço caloroso, enquanto Davina, sempre mais reservada, nos deu um sorriso gentil antes de também nos abraçar.

— Tomem cuidado, e tentem não causar muitos problemas enquanto estivermos fora — ela disse, sua voz calma, mas cheia de preocupação.

— Acredite, estamos mais seguras aqui do que vocês estarão lá — Hope respondeu, com um sorriso provocador que fez todos rirem levemente, apesar da atmosfera carregada.

Quando finalmente chegamos à porta, fizemos uma rodada de abraços apertados. O sentimento de estar perto dos meus entes queridos era algo que eu nunca tomaria como garantido. Naquele momento, eu percebi que, mesmo que a vida nos levasse a diferentes direções, sempre haveria um caminho de volta.

— Até logo, meus amores — disse Rebekah, sua voz cheia de emoção. — Cuidem-se e lembrem-se de que estamos sempre aqui por vocês.

Enquanto eles partiam, vi seus rostos se afastando lentamente. Era uma despedida difícil, mas havia uma sensação de esperança. Nós éramos Mikaelsons, e essa conexão era indestrutível.

Não era apenas a despedida em si, mas a lembrança de que, mesmo que estivéssemos longe, sempre seríamos uma família. Complicada, sim, mas inegavelmente unida.

Quando a porta se fechou atrás deles, o silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Hope suspirou ao meu lado.

— Vamos dar um jeito nisso — ela disse, com uma confiança que era típica dela.

Eu sorri, cruzando os braços. — Claro que vamos. E quando eles voltarem, vamos mostrar que podemos lidar com tudo sozinhas.

E com isso, a despedida, embora dolorosa, trouxe uma sensação renovada de propósito. Afinal, éramos Mikaelsons. E, como sempre, estávamos prontos para enfrentar o que viesse com cabeça erguida.

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