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POV

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POV.Leah Clearwater

O sol estava se pondo atrás das montanhas, tingindo o céu de laranja e rosa, mas não havia nada bonito naquele momento. O ar estava pesado com a tensão que pairava sobre nós, e eu podia sentir a raiva fervendo em minhas veias. Estávamos todos reunidos na clareira, a matilha formada em um semicírculo, e a discussão estava prestes a esquentar.

—Você não pode ficar com Klaus!— Sam exigiu, a voz grave e autoritária. Ele sempre foi assim, o líder da matilha, mas naquele momento, a maneira como se dirigia a mim era como se eu fosse uma criança desobediente, e isso me irritava ainda mais.

—Por que não? Ele faz bem para mim, Sam! Você não tem o direito de me dizer com quem eu posso ou não posso estar!—respondi, cruzando os braços e desafiando seu olhar.

—Ele é um vampiro, Leah! E não apenas um vampiro qualquer, mas o pai da Faith e da Hope! Você não pode ignorar quem ele é!— Sam disse, exasperado. Eu sabia que ele estava preocupado, mas isso não justificava suas palavras. Ele não sabia o que eu tinha passado, e muito menos o que eu sentia por Klaus.

Paul, Seth e Jacob estavam ali, assistindo à discussão com expressões de preocupação e, em Jacob, uma faísca de raiva. Ele sempre foi um dos meus defensores, e neste momento, não era diferente.

—Sam, você está sendo egoísta!— Jacob interrompeu, sua voz firme. —Leah passou por muita coisa por sua causa. Ela não pode ser punida pelo que você fez. E Klaus a faz feliz.

—Sim, cara! Não é sua vida que ela está vivendo. Deixe Leah fazer suas próprias escolhas!— Paul acrescentou, o tom de sua voz forte e decidido.

—Vocês não entendem! Ele não é apenas um vampiro. Ele é o híbrido original! Ele pode trazer problemas para a nossa matilha!— Sam insistiu, mas a sua determinação estava perdendo força diante da defesa dos meus amigos.

—E você, Sam? Que direito tem de se intrometer na vida dela depois de tudo que aconteceu entre nós?—Seth se atreveu a perguntar, e eu não pude deixar de sorrir internamente. Meu irmão sempre teve coragem para falar o que pensava.

—É verdade. Você se afastou dela e escolheu Emily, e agora está prestes a se casar. Por que você se importa com quem ela está namorando?— Jacob retrucou, os olhos fixos em Sam, desafiando-o a responder.

A verdade era que eu estava cansada de ser vista como a ex-namorada de Sam. Quando ele se afastou, sua decisão de ficar com Emily não foi apenas dolorosa, mas um golpe devastador. Tínhamos sido namorados por anos, e em um instante, ele me trocou por ela. Fui deixada no escuro, e agora ele tinha a audácia de tentar controlar a minha vida.

—Eu me importo porque estou preocupado com ela!— Sam respondeu, a frustração em sua voz evidente. —Eu sou o líder da matilha e, como tal, tenho a responsabilidade de garantir a segurança de todos, incluindo a sua!

—Mas você não está pensando na minha segurança, Sam. Você só quer que eu me encaixe na sua visão de como as coisas devem ser! Nick me faz feliz, e isso deveria ser o que importa!— gritei, as emoções transbordando. Sentia a pressão de ser a única a lutar por mim mesma.

—E o que você sabe sobre felicidade, Leah? Você estava tão quebrada quando terminou conosco. O que faz você pensar que pode ser feliz agora?—Sam retrucou, suas palavras cortantes como facas.

Fui atingida pelas suas palavras, mas não deixei que ele visse a dor que causou. —Eu sei que mereço ser feliz, e Nick me faz sentir viva de novo. Não vou deixar que você ou ninguém tire isso de mim!

A matilha estava em silêncio, as vozes de Paul, Jacob e Seth apenas ecoando em minhas orelhas. Cada um deles parecia pronto para me apoiar, e eu me sentia grata por isso. Em momentos como este, a força da matilha se tornava evidente. Nós éramos uma família, e isso significava que eles estariam ao meu lado, não importava o que acontecesse.

Sam respirou fundo, mas antes que pudesse falar novamente, fui eu quem quebrou o silêncio. 

—Você não tem o direito de me dizer o que fazer. Eu não sou sua propriedade, Sam. Você fez suas escolhas, e eu também estou fazendo as minhas.

Ele parecia prestes a contra-argumentar, mas Jacob se aproximou, colocando uma mão em seu ombro. —Você precisa entender, Sam. Leah está livre para escolher seu próprio caminho, assim como você escolheu o seu. Isso não é sobre você ou sobre o que aconteceu entre vocês. É sobre o que ela deseja agora.

Sam olhou de Jacob para mim, uma mistura de frustração e tristeza em seus olhos. —Eu só quero proteger todos vocês. Klaus é um risco, e eu não posso ficar parado enquanto ele se aproxima dela.

—Se você realmente quisesse protegê-la, então respeitaria as escolhas dela. O que você fez com Leah foi doloroso o suficiente; não a machuque mais agora.—Paul interveio, sua voz firme e direta.

As palavras deles me fortaleceram, e eu podia sentir a adrenalina pulsando em meu corpo. Era verdade. Eu havia passado por tanta dor, mas agora estava pronta para reivindicar minha vida, minhas escolhas. Klaus me trouxe de volta à vida, e não havia nada que eu desejasse mais do que explorar isso.

—Eu não quero mais essa discussão,— disse Sam finalmente, sua voz mais suave. —Só quero o melhor para você, Leah. Eu sempre quis. Mas isso... isso me deixa inseguro.

—E eu também quero o melhor para mim. E isso significa estar com Nick. Ele me aceita como sou, e isso é algo que você não conseguiu fazer,— eu disse, olhando diretamente em seus olhos.

O silêncio se instalou novamente, mas era diferente desta vez. Era um silêncio de compreensão, um entendimento de que a vida continuaria, não importa qual direção eu escolhesse.

—Eu espero que você encontre sua felicidade, Leah,— Sam disse, e pela primeira vez, seu olhar não tinha raiva ou reprovação. Havia um toque de tristeza, mas também de resignação. —Só não se machuque.

—Eu prometo que não. E espero que você encontre a sua também, mesmo que isso signifique estar com Emily,— respondi, sentindo um peso sendo retirado de meus ombros.

A tensão entre nós parecia finalmente dissipar, e, ao invés de um confronto, havia um respeito mútuo que não existia antes.

—Vamos sair daqui,— Jacob disse, quebrando o silêncio. —Não precisamos ficar aqui parados.

Concordamos, e enquanto a matilha se afastava da clareira, senti que a pressão em meu peito diminuía. A matilha estava ao meu lado, e a amizade e o apoio deles eram tudo que eu precisava. Mesmo com os desafios à frente, eu sabia que não estava sozinha.

A caminhada de volta para a casa da matilha foi silenciosa, mas reconfortante. Eu me sentia como se tivesse finalmente conseguido um peso imenso nas costas. Claro, ainda havia questões a serem resolvidas, mas neste momento, eu estava em paz com as minhas escolhas.

Enquanto a noite caía, olhei para a lua cheia e fiz uma promessa a mim mesma: não deixaria que o passado definisse meu futuro. Com Klaus ao meu lado, havia uma nova esperança, e eu estava disposta a lutar por isso, não importasse o que os outros pensassem.

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