Até onde você iria para alcançar seus objetivos?
Até onde você iria por uma missão?
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A resposta varia de pessoa para pessoa, mas, para o Capitão Roberto Nascimento e a escritora Helena Magalhães, o céu é o limite.
Ao se ver estagnada no começo de...
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— Helena Magalhães
Eu havia conseguido escrever muita coisa. Depois que escrevi a cena onde César levava um tiro por Andrea, consegui escrever muito mais. E depois de hoje, consegui desenvolver ainda mais a química deles dois. O problema é agora: cena quente. Não costumo ter problema com isso, mas hoje eu estava com a cabeça em outro lugar.
"Me faça seu", ele disse. "Você ainda vai me pedir pra não parar e eu vou lembrar desse exato momento."
Por que não conseguia escrever só de lembrar dessas coisas? Elas me deixavam bem... Excitada. Mas não conseguia descrever as sensações. Não conseguia descrever o que eu estava sentindo. Agora é diferente do que eu havia feito nos meus últimos livros. Agora eu já não entendia mais o sexo como algo estrutural, que tinha começo, meio e fim. Eu já não sei mais como funciona o sexo porque eu não me vejo passando por esses processos com Nascimento. Nós ficaríamos horas e horas fazendo o quê quiséssemos. Eu deixaria que provasse de mim o quanto quisesse e provaria dele até sentir a necessidade de muito mais e... Por que estou imaginando tudo isso? Não. Não. Não.
Fechei meus olhos, tensa. Eu precisava escrever e precisava de uma desculpa para falar com ele novamente. Talvez eu devesse mandar uma mensagem, mas ele não olha mensagens. É, talvez eu devesse ligar para ele. Nascimento não negaria um pedido meu, ainda mais para me ajudar a escrever. Ele tem me ajudado bastante nisso.
Peguei meu celular determinada a pedir ajuda. Eu gostaria de ouvir sua voz mais uma vez. Eu estava ansiosa para que o dia de amanhã chegasse logo e eu o visse novamente. Eu gostava de todas as nossas conversas. Gostava principalmente quando ele tentava me provocar com suas frases picantes e eu sempre fingia não ligar. A verdade é que ligo, e a prova é a minha calcinha.
Sorri ao ouvir sua respiração do outro lado da linha.
— Capitão...? — Eu não sabia como pediria aquilo, mas sabia que iria pedir. Eu precisava de ajuda e estava desesperada por uma inspiração, e ele é a inspiração perfeita.
— Helena?
— Está ocupado?
— Tô no batalhão. Está com problemas de novo?
— Não, eu só... — Pensei em desistir. Não sabia como pediria aquilo. Nunca fiz isso. Nunca pedi ajuda para escrever algo e muito menos algo sexual para o capitão.
— Fala. — Sua voz totalmente autoritária me deixa... Nossa....
— É só que... Pode me ajudar em uma coisa?
— Em quê?
— Pode me dizer algo como o que me falou daquela vez enquanto... Enquanto me tocava? — "Me faça seu"
— Algo... Sexual? — Ele parece desacreditado, e talvez esteja certo. Eu não deveria estar pedindo algo desse tipo para ele.
