— Helena Magalhães
A casa estava extremamente arrumada quando eu cheguei; louça intacta, o chão sem um grão de poeira, fora o aroma maravilhoso de cozido que impregnava o imóvel.
Caminhei diretamente para ao cozinha, procurando por Roberto com os olhos. Nada de encontrá-lo.
— Beto? — Chamei.
— Quintal! — Ouvi sua voz grave ao longe. Sua voz parecia animada, risonha. O que tanto fazia nesse quintal?
Deixei minha pequena bolsa sobre o sofá, indo em direção ao quintal com os passos apressados e leves. Um sorriso se formava no meu rosto a medida que lembrava que hoje é apenas o primeiro dos infinitos dias que dormiremos juntos. Amanhã será o segundo de infinitos dias que acordaremos juntos e a refeição de hoje será a primeira de inúmeras que faremos juntos. Temos um pra sempre só nosso.
Encontrei seu corpo coberto com seu short de cetim, e muita areia remexida a sua volta. Os pés e mãos estavam sujos de terra e havia marcas de terra em formato de dedos em sua testa, como se tivesse levado os dedos sujos até lá.
— O que estava fazendo? — Me joguei em seus braços, sendo agarrada apenas por um braço que envolve minha cintura.
O cheiro de suor é totalmente evidente e impregna minhas narinas, mas não me incomoda. O que me incomoda é estar distante dele. O calor do seu corpo esquentando o meu, sua pele grudando na minha, a respiração ofegante e pesada... Tudo nele me atrai.
— Cheguei mais cedo e pensei em preparar terra pra fazer uma horta. — Seus lábios tocaram os meus por alguns segundos, me transmitindo uma calmaria que eu não senti nesses últimos dias.
— Pra mim? — Meus olhos brilhavam para ele.
— É... Por que? Não gosta?
— Eu amei, Beto. Eu vou amar plantar qualquer coisa aqui. — Envolvi seu pescoço, colando nossos lábios novamente. — Eu te amo.
— Onde esteve? Cheguei achando que a minha garota estaria aqui, mas a casa estava vazia... — As mãos de Roberto se encheram nas minhas coxas cobertas pelo macacão, me erguendo em seu colo. — Vamos tomar um banho juntinhos.
— Estava... — Eu estava prestes a inventar uma mentira, mas eu não preciso. Não preciso fingir que estava em algum lugar só porque Roberto não gostaria de onde eu estava. Ele não iria me apedrejar por fazer o que eu quero. — Estava em uma ONG, no Morro dos Prazeres. Vou me voluntariar para trabalhar lá.
— Você enlouqueceu? — Nossa animação se esfriou. Eu percebi que o ambiente caloroso que se instaura a já não está mais. O sorriso dele e o rosto safado com uma proposta implícita se esvaíram.
— Eu sei que é perigoso, mas eu encontrei meu propósito lá e não vou abandonar isso. — Eu sei que é insanidade, ainda mais por namorar o cara cujo há recompensa pra quem entregar sua cabeça, mas isso tudo vai muito além de uma distração pra mim. É um sinal claro do meu amadurecimento e é importante pra mim. É importante estar ajudando as pessoas, principalmente crianças. Não foi algo grandioso, mas foi importante pra mim e eu não vou deixar de ir lá. Mesmo se isso significar estar em risco.
— Helena, não. Não pode ir lá. — E também já estava me irritando a maneira como Roberto estava falando. A preocupação fala mais alto e eu sei disso, mas ele me fez enxergar que precisava sair do controle dos meus pais e agora está fazendo o mesmo que eles.
— Eu não saí da casa dos meus pais pra ser controlada por outro homem. — Me afastei, colocando os pés no chão. — Eu já disse que vou e você pode escolher me apoiar nisso.
— Eu nunca vou concordar com isso. — Mas ele sabia que eu estava irredutível e seria impossível me fazer mudar de ideia. Suas sobrancelhas ainda se uniam, mas soltava um suspiro, dando-se por vencido.
— O banho ainda está de pé? — Deixei o ambiente menos hostil quando abandonei o orgulho e envolvi seu pescoço novamente. Odiava quando brigávamos, mesmo que as menores e mais bobas brigas.
— Estou imundo de terra.
....
Estava de costas pra Roberto, passando as mãos pelos cabelos, tirando o excesso de água dos meus fios curtos. Meus olhos ainda estavam fechados pelo shampoo que escorria pela testa.
Senti o calor antes de sentir seu corpo grudar no meu. Continuei com os olhos fechados, sentindo o roçar do pau na minha bunda.
Me mantive calada, parada, prosseguindo com os meus movimentos anteriores.
Roberto queria chamar minha atenção, e conseguia com facilidade. Sua mão esquerda passou por baixo do meu braço esquerdo, caminhando pelo meu peito e agarrando meu pescoço.
Arfei, empinando pouco contra ele.
Ouvi o sorriso cínico e safado, enquanto a mão direita deslizava pela minha barriga, caminhando para entre minhas pernas.
Roberto mordiscou o lóbulo da minha orelha, causando arrepios por todo meu corpo. Suspirei esfregando minha bunda em sua virilha, sentindo seu dedo entrar em contato com a pele quente da minha buceta.
— Me come... — Deixei escapar, juntamente com um gemido
— Achei que fosse mais resistente. — Sua língua deslizou pelo meu pescoço, sugando a área. — Minha...
— Sua... — Respondi, fraquejando. Apenas esses simples toques estavam me deixando trêmula, maluca.
— Então empina essa bunda gostosa pra mim. — Suas mãos se encheram nas laterais do meu corpo, me puxando pra si com força.
Procurei pela parede do banheiro, tentando me apoiar enquanto empinava pra ele. Nós costumamos resolver nossos problemas dessa maneira, e eu confesso que adoro. Adoro quando ele desconta a raiva de tudo em mim.
Arqueei as costas quando senti a glande deslizar pelo meu clítoris.
Mordi o lábio inferior antes de deixar um gemido manhoso escapar. Sabia o quanto excitava Roberto e também não conseguia me conter.
Ouvi Roberto chiar quando se apossou inteiramente do meu corpo. Suas mãos caminharam para o meu quadril, me puxando com força contra seu corpo. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas ele estava mais agressivo que o normal. Nosso sexo nunca foi algo selvagem, embora tenhamos nossa implicância, mas agora ele estava transformando isso numa coisa mais... Agressiva.
Mas eu gostei disso e meus joelhos trêmulos são fortes indícios.
Ele ia rápido. Fundo. Como nunca fez antes.
Tateei a parede, procurando algo para me segurar mas não achava. A parede lisa e escorregadia não me permitia sequer me apoiar, quem dirás me segurar, mas eu estava desesperada.
Enquanto ainda me apoiava na parede com uma mão, procurei seu braço que envolvia minha cintura.
Minhas unhas se cravaram e sua pele, enquanto ele ia mais forte. Não estava com pena de mim. Não teria dó de mim.
— Porra, gostosa... — Outro chiado acompanhou um gemido rouco de Roberto.
Revirei os olhos quando senti seu quadril se chocar com mais força contra mim, enquanto suas bolsas entrava em atrito com o meu clítoris em alguns momentos. Estavamos apenas necessitando um do outro. Querendo satisfazer a vontade um do outro e estávamos quase, mas eu gosto do processo. Gosto de estar fazendo isso em busca de um prazer maior. Gosto de estar em seus braços. Gosto de tudo o que me proporciona.
— Eu sou toda sua... Acelera... Mais! — Meus pensamentos já estavam perdidos, desnorteados. Não sabia o que pensar, apenas que queria ele indo mais rápido e que continuasse tão forte quanto agora. Estava adorando toda a agressividade e estava me levando ao limite. Estava beirando a insanidade. — Não... Não para... — Choramingava, tentando me agarrar em alguma coisa, mas a parede era lisa demais. Me agarrei novamente em seu braço, cravando as unhas em sua carne.
— Porra, Helena... — Ouvi seu gemido mais delicioso e alto. Porra, eu nunca ouvi Roberto dessa forma.
Meu corpo já estava no auge. Estava alcançando o clímax com perfeição. Era como estar gozando pela primeira vez novamente. Melhor do que eu me lembrava e melhor do que fizemos alguma outra vez. Estava ficando louca.
Minhas pernas fraquejaram. Senti o braço de Roberto me prender melhor, enquanto continuava metendo com força.
Meus olhos reviraram involuntariamente, enquanto ele continuava ainda mais rápido.
Meus músculos se contraíram, enquanto senti meu corpo inteiro responder aos estímulos. Me contorcia a sua frente, sentindo o líquido quente de Roberto escorrer pela minha perna. Não era hora de ser prudente.
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Oi, besties. Tudo bem?Odiei esse capítulo mas precisava postar e eu fiquei ocupada ontem com o capítulo especial de Insensatos e hj eu passei o dia ocupada. De toda forma, espero que gostem.
Amo vcs
Nos vemos amanhã,
— Milésima esposa do Capitão Nascimento 💋
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𝐵𝐸𝑇𝑊𝐸𝐸𝑁 𝑈𝑆| 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑜 𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
FanfictionAté onde você iria para alcançar seus objetivos? Até onde você iria por uma missão? . A resposta varia de pessoa para pessoa, mas, para o Capitão Roberto Nascimento e a escritora Helena Magalhães, o céu é o limite. Ao se ver estagnada no começo de...