•| Capítulo 16 - Preciso de ti aqui.

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- É claro que vou contigo.
- Ah esta bem. Vou só tomar um banho.
- Eu vou a casa fazer o mesmo e trocar de roupa. Depois passo por aqui para te vir buscar. Se precisares de alguma coisa diz.

Beijou a minha testa e saiu, podendo eu ir tomar um duche. Visto umas jeggins pretas rotas nos joelhos e uma camisola básica preta, bem quente. Calço as minhas botas de cano alto e procuro uma mochila onde colocar bolachas e sumos. Faço algumas sandes para levar pois duvido que o meu pai tenha comido alguma coisa desde ontem.
Lembrei-me agora de que tenho que falar com o Niall. Não tou com vontade para aturar aquela garota. E estou a pensar seriamente se não me despeço. Deve de haver alguém por aí que precise muito mais de um emprego do que eu, até com mais disponibilidade do que eu.

- Estou?
- Chloe? Está tudo bem?
- Não. Por isso mesmo é que te liguei, preciso de falar contigo.
- Está bem. Diz-me, o que se passa?
- A... a... a minha mãe teve um acidente de carro ontem quando se dirigia para o trabalho, ao fim da tarde e não está nada bem. Ainda nem nos disseram nada. Por isso, peço desculpa, mas hoje não irei poder ir cuidar da Íris.
- Não faz mal, eu arranjo forma de eu ficar cá com ela ou da empregada poder fazê-lo.
- Obrigada.
- Se eu poder fazer alguma coisa pela tua mãe avisa. Se poder eu ajudo. Mesmo que precises de dinheiro ou assim, não me importo de te dar algum adiantado.
- Eu agradeço mais uma vez, Niall. Eu depois dou novidades.
- Assim espero. Se não poderes vir para a semana depois diz que eu tento arranjar alguém para te substituir.
- Está bem. Adeus.

Pouco depois ouço buzinar. Era o Harry. Visto o casaco, pego na mochila, no telemóvel e saio de casa.
Entro no carro e coloco o sinto enquanto o Harry não tirava os olhos de mim.

- Que foi?
- Nada. Vamos?
- Sim.

Lá se concentrou e fomos para o hospital. Chegámos e ele deixou-me sair à porta do hospital, pois ia ver de um lugar para o carro. Vou até à sala de espera, mas não vejo ninguém por isso pergunto pela minha mãe.

- A sua mãe está num quarto e está acompanhada, mas pode lá ir ter.
- Obrigada.

Corri até à porta do quarto e entrei podendo ver a minha mãe deitada na cama a dormir com bastantes tubos e máquinas à sua volta, e o meu pai sentado numa cadeira com a cabeça na cama da minha mãe sem deixar de agarrar a mão da mesma. Deve de estar a dormir.
Fico ali durante algum tempo a observar os dois até sentir algo, ou melhor, alguém vir contra mim.

- Peço desculpa, não reparei que aí estava. É familiar?
- Não faz mal. Sou sim, sou a filha. Como é que está a minha mãe?
- Bem, eu sou o Dr. Tomlinson e estou encarregue a cuidar da sua mãe. Não lhe vou mentir. A sua mãe não está bem nem estável. Ela precisa de um transplante de pulmão rapidamente pois não irá aguentar muito mais tempo a respirar pelas máquinas.
- O quê? Como?
- Foi do acidente menina. Não temos como explicar o que aconteceu. Nós tentámos e iremos de fazer de tudo para a sua mãe sair daqui saudável. Mas não se esqueça que somos apenas humanos e fazemos apenas o que sabemos e o que podemos.
- Eu sei. Eu peço desde já desculpa se alguma vez for brusca com vocês, mas será muito difícil manter-me calma e digo o mesmo do meu pai.
- Não precisa de se preocupar. Nós já passámos por isto imensas vezes, mas digo-lhe desde já que é a primeira pessoa que nos pede desculpa por isso.
- Alguém teria de ser a primeira.

Sorrio fraco e o médico aproxima-se da minha mãe talvez para saber como se encontra neste momento e se está tudo bem com ela. Sinto o bolso do meu casaco vibrar por isso vejo o que é. O Harry quer saber onde estou por isso vou ter com ele à sala de espera para o ir buscar.

- Como é que está a tua mãe? Já há novidades.
- Não está nada bem. Não sei o que fazer para a ajudar. Ela precisa de um pulmão novo.
- A sério? Mas podemos fazer testes para vermos se somos compatíveis.
- Estarias disposto a fazê-lo?
- Posso conhecer-te à pouco tempo, mas foste a única pessoa de quem me aproximei tanto. És importante para mim, mais do que alguma vez alguém foi, acredita. A tua mãe é importante para ti e eu apenas te quero ver feliz. Se for possível eu faço-o.
- Obrigada.

INSANE: The Murderer [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora