— O que precisas que te diga para acreditares em mim?
— Eu acredito em ti.
— Não parece. Ficaste calada, não me soubeste responder.
— É muita coisa ao mesmo tempo.
— Não é nada de mais. Apenas ficaste a saber que somos iguais.
— Achas que vamos conseguir ter uma relação saudável assim? Sendo igual a ti?Vejo os seus olhos ficarem ainda mais brilhantes do que estavam, mas nada de lágrimas. Um sorriso lindo, talvez o sorriso mais bonito que alguma vez vi, forma-se nos seus lábios tão atraentes e chamativos.
— Estás a considerar entrar numa relação comigo?
— Tu não? Pensava que era isso que querias, mas se não queres então eu também não quero.
— Eu quero. Quero fazer tudo contigo e poder ter tudo contigo.
— Tipo o que? - digo sorrindo.
— Tipo morar-mos juntos, viajar-mos por todo o mundo, quem sabe talvez casar...
— Casar? Eu nunca pensei em namorar quanto mais casar.
— E ser mãe? Nunca pensaste nisso?
— Já. Mas não quero.
— Porque?
— Já pensaste no risco? A ti não te iria afetar, mas a mim iria afetar bastante. Já pensaste no que pode acontecer durante ou após o parto?
— A mim não me iria afetar? Eu é que teria que aturar o teu mau humor. Se em dias normais é difícil de te aturar nem quero saber como serás grávida.
— Eu não sou difícil de aturar. Tu sim. Mas continuando, podemos acabar por morrer os dois, posso passar o meu demónio para o bebé e isso ainda seria pior.
— E se acontecer?
— Não sei.
— Vais querer abortar?
— Não sei, melga. Nem namoramos e estás preocupado com isso.
— Porque quero mesmo ser pai. E em relação ao facto de não namorar-mos, isso resolve-se.Observo os seu passos detalhadamente, desde o seu esbelto sorriso, ao corpo perfeito... Quando dou por mim, tenho o Harry ajoelhado mesmo à minha frente, segurando a minha mão esquerda com a sua direita podendo assim pedir-me em namoro. Mas penso que se esqueceram de algo tal como ele, e quando dou conta começo a rir-me.
— Que foi? - ele pergunta e sinto um pouco de nervosismo na sua voz.
— Haz, estás de boxers.
— Mas tenho a t-shirt como me pedis-te para vestir. Não me digas que vais recusar por isso?
— Óbvio que não. Eu quero mesmo namorar contigo.Respondo sem conseguir parar de sorrir, por muito que tentasse não conseguia parar, nunca o tal me acontecera.
Em segundos tenho os lábios do rapaz dos cachos castanhos chocolate presos aos meus. Sinto uma onda de calor e energia invadir o meu corpo repentinamente.— Eu amote princesa.
— E eu amote a ti Haz.
— Não quero que me voltes a chamar de Haz ou Harry, ouviste?
— Que mal tem? É o teu nome. Eu não quero que me chames de princesa.
— Porquê?
— Porque é horrível e foleiro.
— Preferes babe?
— Apesar de não gostar, prefiro.
— Então passo a chamar-te de amor. Melhor?
— Melhor.Sorrio ao ouvir aquela palavra, provoca-me arrepios e cócegas na barriga. Estarei com fome? Aproximo-me do meu rapaz e volto a beijar os seus lábios, sendo este um beijo mais intenso. Finalmente posso dizer que ele é realmente meu.
— Vamos jantar os dois?
— Antes disso preciso de saber o que se passou em casa da Katherine. Porque é que fizeste aquilo?
— Está bem. Eu conto-te, mas pode ser durante o jantar?
— Sim, claro.
— Preciso de um pouco de tempo. Sei que és tu, mas mesmo assim preciso de tempo.
— Leva o tempo que precisares. Já deu para entender que é algo grave. Por falar nisso, tenho que ligar ao Luke.
— Porque é que vais ligar a esse gajo?
— Esse gajo tem nome. Podes não ter dado conta, mas aleijaste-o.
— Como assim?
— O Luke tentou separar-te do homem e tu deste-lhe uma cotovelada na vista.
— A sério? Não foi propositado.
— Sim, eu sei. Mas quero saber como é que ele está.
— Liga-lhe então. Enquanto isso eu vou tomar um duche.
— Está bem.Tiro o telemóvel do bolso das calças, desbloqueio o mesmo e abro a aplicação da agenda e seleciono o número do Luke para lhe ligar. Ligo a primeira vez mas não atende por isso volto a ligar.
— Estou?
— Quem fala?
— Desculpa, é a Chris.
— Chris?
— Sim.
— O Luke?
— Está aqui a dormir. Depois da pancada que levou tem que descansar.
— Diz-me que o que estou a pensar é verdade!
— O que é que estás a pensar?
— Vocês fizeram as pazes?
— Sim. - ouço-a soltar uma pequena e baixa gargalhada.
— Finalmente! Estava a ver que não.
— Mesmo. Estava a ser parva, mas já estamos bem e já resolvemos tudo. Bom, e tu e o Harry, falaram?
— Sim. Posso dizer que pela primeira vez na vida arranjei um namorado. - sorrio ao responder.
— O quê? Jura!
— Juro.
— Oh meu deus, estava a ver que não! Acredita que ele te ama mesmo. Tenho a certeza que sim.
— Eu também tenho. Ele é diferente de todos os outros e é por isso que gosto dele.
— Acredito que sim. Fico feliz por estarem juntos.
— Também eu. Por mim e por vocês.
— E nós duas?
— Como assim?
— Eu não quero que fiques chateada comigo por uma estupidez qualquer. Somos amigas à anos e não quero que a nossa amizade termine assim.
— Nós estamos bem.
— Mesmo?
— Sim.
— É bom ouvir isso, acredita. E o Harry como está? Mais calmo?
— Sim, bem mais calmo. Está a tomar banho para podermos ir jantar porque com tudo o que se passou, nem jantamos.
— Está bem. Vê se o convences a falar com o Luke, ele não está chateado nem nada do género mas fica sempre bem um pedido de desculpas.
— Sim, já falamos sobre isso. O Harry não sabia que o tinha aleijado. E ele não fez nada de grave pois não?
— Não, ele tinha só uma pequena ferida mas passa.
— E o teu pai?
— O meu pai está no hospital.
— Fazes alguma ideia do porque de o Harry ter feito aquilo?
— Não, eu ia perguntar-te o mesmo. Tenta descobrir, eu quero saber.
— Está bem. Depois digo.
— Fico à espera. Bom jantar. Beijinhos.Despeço-me dela e desligo a chamada. Coloco o telemóvel de novo no bolso das calças. Deixei a carteira em casa delas, tenho que a ir buscar. Mas não agora.
— Então ele está bem?
— Sim, tem apenas um corte no olho. O pai delas foi para o hospital.
— Por favor, deixa de o tratar como pai delas. E ainda bem. Sinceramente, que lá fique durante os próximos anos.
— Harry! Eu preciso de saber o que se passa. Porque é que o tratas-te daquela forma? Porque é que não o posso chamar de pai delas se ele é pai delas?
— Porque ele também é meu pai.
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INSANE: The Murderer [ Concluída ]
ParanormalInsane { Livro I } Toda a gente achava que ela era perfeita, mas ninguém sabia que ela era um monstro. Pelo menos até ela se apaixonar. Ela não sabia que ele era obcecado por ela, nem que ele era também um monstro. Insane. Contém representações grá...