•| Capítulo 23 - O Luke é um grande amigo.

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Domingo, 24 de Janeiro de 2016

Tento abrir os olhos depois de dar conta que estava a dormir. Vejo alguma luz entrar pela janela que aquele quarto tinha, apesar de ter um pano a cobrir a mesma.
Não sei onde estou, nem o que faço aqui, como aqui vim parar nem quem ou o que me trouxe.
Sinto algo ser colocado na minha testa, algo frio, mas não consigo fazer nada, estou extremamente fraca.

— Quem está aí?
— Dorme. Precisas de descansar. Estás muito fraca.
— Eu conheço a tua voz de algum lado. Sabes quem eu sou?
— Chloe. Dorme.
— Porque é que eu aqui estou? O que é que se passou?
— Porque te encontrei esta noite no bosque e estávamos aqui perto por isso trouxe-te para aqui.
— Mas tu sabes quem sou. Eu sei que conheço a tua voz e o teu cheiro também. Quem és?
— Não interessa. Apenas interessa que fiques bem rapidamente para voltares para casa.
— Porque é que me estás a ajudar?
— Porque precisas de ajuda.
— Vem para aqui...
— Não.
— Deixa-me ver-te, eu quero saber quem és.
— Tu não me queres ver.
— Porquê? És assim tão feio? Espera... Harry?

Tento levantar-me para o poder encarar mas a minha cabeça pesa bastante e não o consigo fazer.

— Porque é que desapareceste?
— Porque não me querias ver.
— Eu disse isso da boca para fora. Vem aqui. Quero ver-te.
— Porquê? Apenas estou um ano mais velho.

Ele faz o que pedi e pude observá-lo de novo, como há tanto que não fazia. Como é que ele consegue estar ainda mais lindo? Este homem é um Deus grego. Sim, eu, Chloe, estou a dizer isto de um homem. Podem dizer seja o que for, eu admito, este homem é lindo e acrescento que ainda há-de ser meu de novo.

— Num ano mudaste bastante. Estás mais maduro, mais homem.
— Obrigado, também estás mais mulher.

Oi? O que é que ele quer dizer com aquilo? Que para ele não era já mulher?

— O que é que tu queres dizer com isso?
— O mesmo que tu.
— Mas eu estava a elogiar-te.
— Eu também.
— Estás frio, bué frio.
— Estou igual.
— Não estás não. Estás frio como quando te conheci.
— Lá está, estou igual.
— Mas depois deixámos de ser frios.
— Mas alguém me fez voltar a ser frio.
— Desculpa...
— Não tens que pedir desculpa, essencialmente sendo da boca para fora. Já não há nada a fazer.
— Não é da boca para fora e há sim, podes perdoar-me e podemos começar do zero.
— Para quê? Tu sabes que nós os dois não funcionamos.
— Não funcionamos? Nós já funcionámos! Resultou até pedires aquele estúpido desejo.
— Estás a ver? Ainda me achas culpado do que aconteceu.
— Disso sim. Mas eu é que te disse que não te queria ver mais.
— Não interessa. Como está a tua mãe?
— Está ótima. Foi como se não lhe tivesse acontecido nada.
— Ainda bem então.
— Será que foi só um sonho?
— Não foi não.
— Está bem. Podes ajudar-me a levantar por favor?

Ele ajuda-me mas apenas me consigo sentar na cama. Fico algum tempo sentada e depois lá me consigo levantar. Olho nos olhos o rapaz que tenho à minha frente e ele retribui o gesto. Consigo sentir o seu olhar gelado.

— Desculpa-me. Eu não te queria culpar por nada, foi do momento. Eu não queria deixar de te ver pois queria poder ver-te todos os dias como já era hábito fazer. Eu nunca senti nada igual por outro homem. Desde que apareceste na minha vida que eu mudei e deixei de ser a pessoa rígida, áspera, fria e rude que era. Eu preciso de ti na minha vida.
— Eu agradeço pelas palavras bonitas mas eu já segui com a minha vida, faz o mesmo.
— Porque é que estás a ser tão rude comigo? Eu sei que mereço mas ambos mudámos. Eu não te quero magoar mais só te quero para mim. Só se dá valor ao que se tem quando se perde. Eu sei, agora sei disso. Aliás, sei disso já à um ano. Não sabes como tem sido a minha vida sem ti. Eu preciso de ti. Lembraste de dizer que tinhas a certeza de que eramos feitos um para o outro? Eu tenho a certeza que sim, deixa-me provar-to.
— Como eu...

INSANE: The Murderer [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora