•| Capítulo 33 - 666.

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Katherine

Não entendi o que se passou esta tarde. O meu pai chegou a casa depois de ter que ir trabalhar no meu dia de anos. O Harry passa-se e espanca-o. Porque é que ele foi fazer tal coisa? Será que eles se conhecem?

— Princesa, estás bem?
— Sim.
— Eu sei que não. Estás a pensar no que se passou, não é verdade?
— Como é óbvio. Não entendo o que se passou. Porque raio é que o Harry foi fazer aquilo? Ele passou-se!
— É assim, eu não o conheço de lado nenhum, mas penso que ele não iria fazer isso sem razão.
— Sim, eu concordo. Eu esperava mais vê-lo à bulha com o Luke do que com o meu pai.
— Sim. Ele parecia que o queria matar só com o olhar.
— Sim, por isso é que não entendo. Será que ele se passou? Tipo os ataques que a Chloe tinha?
— Os ataques da Chloe?
— Sim, quando ela se passava e começava aos empurrões às pessoas.
— Já nem me lembrava. Ela está tão diferente.

Vejo a minha mãe ir ter com o médico que estava a tratar do meu pai por isso fui ter com eles.

— Já se sabe alguma coisa?
— Ele tem 6 dentes partidos, 6 costelas partidas e 6 grandes nódoas negras bastante inchadas.
— Quando é que o podemos ver?
— Daqui a uns 10 minutos. Ainda está sobre observação.
— Está bem. Obrigada Doutor.

A minha mãe volta a sentar-se numa das cadeiras da sala de espera onde nos encontrávamos, enquanto que eu fui ter com o Ashton para o poder abraçar.

— Tenho que ligar à minha irmã. Para saber como está o Luke e para saber se já sabe algo do Harry.

Fui até ao pé da minha mãe, que estava sentada ao pé das nossas coisas. Peguei na minha carteira e tirei o meu telemóvel para ligar à minha irmã.

— Estou?
— Chris. Estavas a dormir?
— Sim...
— Desculpa, não sabia.
— Não faz mal. Como é que está o pai?
— Não está nada bem, mas vai recuperar. E o Luke?
— Está bem. Reparei agora que está lá fora a falar com o Harry.
— Com o Harry?
— Sim. Será que lhe está a explicar porque é que fez o que fez?
— Espero bem que sim. Ele deve-nos uma explicação.
— Sempre podes perguntar ao pai, ele pode saber.
— Sim. Eu acho que ele tem que saber.
— O Harry não se ia atirar ao pai assim. Ele estava irritado por causa da Chloe e do Luke, mas consegui acalma-lo. E se fosse algo com o Luke ele atirava-se a ele e não ao pai.
— Sim. Tive a falar com o Ashton e ele acha o mesmo.
— Vou falar com o Luke, para saber se ele disse alguma coisa. Se não, vou ter que falar com a Chloe e com o Harry.
— Sim. Depois diz-me o que descobrires que eu farei o mesmo quando falar com o pai.
— Está bem.
— E o Luke ainda aí está, então fizeram as pazes?
— Sim. Estivemos a falar e resolvemos tudo. Estamos bem de novo.
— Ao menos isso.
— Sim. E a Chloe e o Harry também estão juntos.
— A sério?
— Sim. A Chloe namora, finalmente!
— Mesmo. Só espero que ele não seja um paspalho.
— Eu gosto dele. Ele é um bom rapaz, acredita.
— Eu acredito no que pensas. Só espero que não estejas enganada. Vamos esperar pela explicação do que se passou.
— Sim. Tens razão. Bem, ele já foi embora por isso vou falar com o Luke.
— Está bem. Até logo.

Desligo e arrumo de novo o telemóvel na carteira. Volto para ao pé do Ash até que o médico nos veio chamar para irmos ver o meu pai.
Chegámos ao pé dele e podemos ver que tinha vários pensos na cara e algumas ligaduras, também pelo corpo. Ele estava a dormir por isso não fizemos barulho. Algum tempo depois ele acordou e a primeira pergunta que nos ocorreu foi se ele se sentia bem.

— Sim, apesar de me doer o corpo todo, eu estou bem.
— Então podes dizer porque é que o Harry te atacou.
— Como é que ele sabe porque é que aquele maluco o atacou? Tenho que dizer à tua irmã que não o quero mais lá em casa.
— Descansa mãe, ela está de novo com o Luke. E o Harry não ia fazer aquilo do nada. Ele estava chateado com o Luke e com a Chloe. Se fosse por isso ele atirava-se ao Luke e não ao pai. Pai, explica-me porque é que ele se atirou a ti.
— Porque me odeia.
— Mas porque é que ele te odeia?
— Porque não o admito.
— Como assim? O que é que queres dizer com isso?
— Katherine, o Harry é teu irmão.

Harry

Eu sei que disse à minha pequena que ia aqui esperar por ela, mas preciso mesmo de ir fumar por isso envio-lhe uma mensagem a dizer que vou lá fora, para lá ir ter.
Também sei que não devia de fumar mas foi um vício que ganhei neste ano sem a minha pequena, vendo-a com o Luke e a tentar encontrar o meu pai. Não esperava encontra-lo hoje, muito menos da forma como foi. Descobri que tenho duas irmãs e que me dou bem com uma delas. Era óbvio que eu me ia passar, apesar de não querer fazê-lo, não ali. Não em frente a eles todos, especialmente em frente à Chloe.
Vejo alguém aproximar-se de mim, Chloe. Ela olhava-me chocada. Não me lembrei de que ela não sabia que eu fumava, mas ela tinha que saber.

— Estás bem?
— Porque é que estás a fumar?
— É o meu segundo maior vício.
— Se é o segundo maior vício nem quero saber qual é o primeiro.
— Tu sabes qual é o primeiro. - digo dando um último bafo e colocando o cigarro no cinzeiro após o apagar.
— Não sei não.
— O meu maior vício és tu. - aproximo-me dela e beijo-a, mas segundos depois ela para-nos.
— Que horror. Tens que deixar isso, tens um hálito repugnante e um sabor horrível na boca.
— Eu quero e vou parar, mas preciso de tempo. Preciso que as coisas acalmem.
— Foi a Chris?
— O quê?
— Foi ela que te influenciou?
— Não. Ela não queria que eu fumasse mas não me proibiu. Aliás, eu comecei a fumar quando ela parou.
— Ela já não fuma?
— Não.
— Não sabia. Mas tens que parar.
— Eu prometo que paro. Fumo à apenas um ano, não deve de ser assim tão difícil de largar. Prefiro o meu vício número um.
— Mas para teres o teu vício número um enquanto não deixas isso, tens que passar a lavar mais os dentes e a comer pastilhas de mentol.
— Por mim tudo bem.
— Bem, vamos?
— Sim. Tenho saudades da tua cama.
— Parvo! - ela ri, é o riso mais bonito que alguma vez ouvi - Mas primeiro vamos comprar uma escova de dentes para ti.
— Já vou ter algo meu em tua casa? Oh que fofo. - dou-lhe um pequeno xoxo - Levamos duas, levo uma para ti para lá para casa.
— Sim, e pastilhas.

Fomos até ao hipermercado e compramos o que falamos e gelado, pois apetecia-lhe comer gelado.
Fomos para casa dela e os pais não estavam. Fui levar o gelado para o congelado e pude reparar que havia um papel colado no frigorífico com um recado. Subo as escadas até ao piso superior para poder ir ter com ela ao seu quarto.

— Os teus pais deixaram um recado no frio.
— O que dizia?
— Que foram ao hospital pois o bebé já nasceu.
— Que emocionante.
— Então?
— A mãe do bebé é filha da irmã da minha mãe, e eu nunca me dei muito com esse lado da família e muito menos com ela. Ela é bué convencida.
— Pois, mas podias ir visita-la, só te ficava bem.
— Desde quando é que eu faço coisas porque me ficam bem fazê-las?
— Sim, eu sei. Mas podias fazê-lo.
— Podia sim, mas não era a mesma coisa.
— Sim sim. Mas agora falando de coisas do meu interesse, quero miminhos...
— Queres miminhos é? Então vai lavar os dentes que já lá está a escova.
— Estou a ir.

Fui até à casa de banho e vi a escova ao pé da dela. Peguei-lhe e coloquei da pasta de dentes que ela tinha. Escovei os dentes durante algum tempo para que ela não dissesse que cheirava mal nem nada do género. Bochechei com alguma água e limpei-me à toalha. Regressei para junto dela, pude reparar que já tinha vestido o pijama e já estava deitada na cama virada para a parede a fingir que já dormia. Despi-me, ficando apenas de boxers e deitei-me virado para as suas costas agarrado a ela. Puxo-a para mim mas rapidamente dou conta do meu erro, pois sento-me a endurecer quando o seu rabo me tocou, por isso larguei-a e virei-me de barriga para cima.

— Então o que se passa?
— Nada.
— Não me mintas. Porque é que me largaste?

INSANE: The Murderer [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora