Katherine
Não entendi o que se passou esta tarde. O meu pai chegou a casa depois de ter que ir trabalhar no meu dia de anos. O Harry passa-se e espanca-o. Porque é que ele foi fazer tal coisa? Será que eles se conhecem?
— Princesa, estás bem?
— Sim.
— Eu sei que não. Estás a pensar no que se passou, não é verdade?
— Como é óbvio. Não entendo o que se passou. Porque raio é que o Harry foi fazer aquilo? Ele passou-se!
— É assim, eu não o conheço de lado nenhum, mas penso que ele não iria fazer isso sem razão.
— Sim, eu concordo. Eu esperava mais vê-lo à bulha com o Luke do que com o meu pai.
— Sim. Ele parecia que o queria matar só com o olhar.
— Sim, por isso é que não entendo. Será que ele se passou? Tipo os ataques que a Chloe tinha?
— Os ataques da Chloe?
— Sim, quando ela se passava e começava aos empurrões às pessoas.
— Já nem me lembrava. Ela está tão diferente.Vejo a minha mãe ir ter com o médico que estava a tratar do meu pai por isso fui ter com eles.
— Já se sabe alguma coisa?
— Ele tem 6 dentes partidos, 6 costelas partidas e 6 grandes nódoas negras bastante inchadas.
— Quando é que o podemos ver?
— Daqui a uns 10 minutos. Ainda está sobre observação.
— Está bem. Obrigada Doutor.A minha mãe volta a sentar-se numa das cadeiras da sala de espera onde nos encontrávamos, enquanto que eu fui ter com o Ashton para o poder abraçar.
— Tenho que ligar à minha irmã. Para saber como está o Luke e para saber se já sabe algo do Harry.
Fui até ao pé da minha mãe, que estava sentada ao pé das nossas coisas. Peguei na minha carteira e tirei o meu telemóvel para ligar à minha irmã.
— Estou?
— Chris. Estavas a dormir?
— Sim...
— Desculpa, não sabia.
— Não faz mal. Como é que está o pai?
— Não está nada bem, mas vai recuperar. E o Luke?
— Está bem. Reparei agora que está lá fora a falar com o Harry.
— Com o Harry?
— Sim. Será que lhe está a explicar porque é que fez o que fez?
— Espero bem que sim. Ele deve-nos uma explicação.
— Sempre podes perguntar ao pai, ele pode saber.
— Sim. Eu acho que ele tem que saber.
— O Harry não se ia atirar ao pai assim. Ele estava irritado por causa da Chloe e do Luke, mas consegui acalma-lo. E se fosse algo com o Luke ele atirava-se a ele e não ao pai.
— Sim. Tive a falar com o Ashton e ele acha o mesmo.
— Vou falar com o Luke, para saber se ele disse alguma coisa. Se não, vou ter que falar com a Chloe e com o Harry.
— Sim. Depois diz-me o que descobrires que eu farei o mesmo quando falar com o pai.
— Está bem.
— E o Luke ainda aí está, então fizeram as pazes?
— Sim. Estivemos a falar e resolvemos tudo. Estamos bem de novo.
— Ao menos isso.
— Sim. E a Chloe e o Harry também estão juntos.
— A sério?
— Sim. A Chloe namora, finalmente!
— Mesmo. Só espero que ele não seja um paspalho.
— Eu gosto dele. Ele é um bom rapaz, acredita.
— Eu acredito no que pensas. Só espero que não estejas enganada. Vamos esperar pela explicação do que se passou.
— Sim. Tens razão. Bem, ele já foi embora por isso vou falar com o Luke.
— Está bem. Até logo.Desligo e arrumo de novo o telemóvel na carteira. Volto para ao pé do Ash até que o médico nos veio chamar para irmos ver o meu pai.
Chegámos ao pé dele e podemos ver que tinha vários pensos na cara e algumas ligaduras, também pelo corpo. Ele estava a dormir por isso não fizemos barulho. Algum tempo depois ele acordou e a primeira pergunta que nos ocorreu foi se ele se sentia bem.— Sim, apesar de me doer o corpo todo, eu estou bem.
— Então podes dizer porque é que o Harry te atacou.
— Como é que ele sabe porque é que aquele maluco o atacou? Tenho que dizer à tua irmã que não o quero mais lá em casa.
— Descansa mãe, ela está de novo com o Luke. E o Harry não ia fazer aquilo do nada. Ele estava chateado com o Luke e com a Chloe. Se fosse por isso ele atirava-se ao Luke e não ao pai. Pai, explica-me porque é que ele se atirou a ti.
— Porque me odeia.
— Mas porque é que ele te odeia?
— Porque não o admito.
— Como assim? O que é que queres dizer com isso?
— Katherine, o Harry é teu irmão.Harry
Eu sei que disse à minha pequena que ia aqui esperar por ela, mas preciso mesmo de ir fumar por isso envio-lhe uma mensagem a dizer que vou lá fora, para lá ir ter.
Também sei que não devia de fumar mas foi um vício que ganhei neste ano sem a minha pequena, vendo-a com o Luke e a tentar encontrar o meu pai. Não esperava encontra-lo hoje, muito menos da forma como foi. Descobri que tenho duas irmãs e que me dou bem com uma delas. Era óbvio que eu me ia passar, apesar de não querer fazê-lo, não ali. Não em frente a eles todos, especialmente em frente à Chloe.
Vejo alguém aproximar-se de mim, Chloe. Ela olhava-me chocada. Não me lembrei de que ela não sabia que eu fumava, mas ela tinha que saber.— Estás bem?
— Porque é que estás a fumar?
— É o meu segundo maior vício.
— Se é o segundo maior vício nem quero saber qual é o primeiro.
— Tu sabes qual é o primeiro. - digo dando um último bafo e colocando o cigarro no cinzeiro após o apagar.
— Não sei não.
— O meu maior vício és tu. - aproximo-me dela e beijo-a, mas segundos depois ela para-nos.
— Que horror. Tens que deixar isso, tens um hálito repugnante e um sabor horrível na boca.
— Eu quero e vou parar, mas preciso de tempo. Preciso que as coisas acalmem.
— Foi a Chris?
— O quê?
— Foi ela que te influenciou?
— Não. Ela não queria que eu fumasse mas não me proibiu. Aliás, eu comecei a fumar quando ela parou.
— Ela já não fuma?
— Não.
— Não sabia. Mas tens que parar.
— Eu prometo que paro. Fumo à apenas um ano, não deve de ser assim tão difícil de largar. Prefiro o meu vício número um.
— Mas para teres o teu vício número um enquanto não deixas isso, tens que passar a lavar mais os dentes e a comer pastilhas de mentol.
— Por mim tudo bem.
— Bem, vamos?
— Sim. Tenho saudades da tua cama.
— Parvo! - ela ri, é o riso mais bonito que alguma vez ouvi - Mas primeiro vamos comprar uma escova de dentes para ti.
— Já vou ter algo meu em tua casa? Oh que fofo. - dou-lhe um pequeno xoxo - Levamos duas, levo uma para ti para lá para casa.
— Sim, e pastilhas.Fomos até ao hipermercado e compramos o que falamos e gelado, pois apetecia-lhe comer gelado.
Fomos para casa dela e os pais não estavam. Fui levar o gelado para o congelado e pude reparar que havia um papel colado no frigorífico com um recado. Subo as escadas até ao piso superior para poder ir ter com ela ao seu quarto.— Os teus pais deixaram um recado no frio.
— O que dizia?
— Que foram ao hospital pois o bebé já nasceu.
— Que emocionante.
— Então?
— A mãe do bebé é filha da irmã da minha mãe, e eu nunca me dei muito com esse lado da família e muito menos com ela. Ela é bué convencida.
— Pois, mas podias ir visita-la, só te ficava bem.
— Desde quando é que eu faço coisas porque me ficam bem fazê-las?
— Sim, eu sei. Mas podias fazê-lo.
— Podia sim, mas não era a mesma coisa.
— Sim sim. Mas agora falando de coisas do meu interesse, quero miminhos...
— Queres miminhos é? Então vai lavar os dentes que já lá está a escova.
— Estou a ir.Fui até à casa de banho e vi a escova ao pé da dela. Peguei-lhe e coloquei da pasta de dentes que ela tinha. Escovei os dentes durante algum tempo para que ela não dissesse que cheirava mal nem nada do género. Bochechei com alguma água e limpei-me à toalha. Regressei para junto dela, pude reparar que já tinha vestido o pijama e já estava deitada na cama virada para a parede a fingir que já dormia. Despi-me, ficando apenas de boxers e deitei-me virado para as suas costas agarrado a ela. Puxo-a para mim mas rapidamente dou conta do meu erro, pois sento-me a endurecer quando o seu rabo me tocou, por isso larguei-a e virei-me de barriga para cima.
— Então o que se passa?
— Nada.
— Não me mintas. Porque é que me largaste?
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INSANE: The Murderer [ Concluída ]
ParanormalInsane { Livro I } Toda a gente achava que ela era perfeita, mas ninguém sabia que ela era um monstro. Pelo menos até ela se apaixonar. Ela não sabia que ele era obcecado por ela, nem que ele era também um monstro. Insane. Contém representações grá...