•| Capítulo 34 - Fenómeno do pau duro.

143 25 17
                                    

Chloe

Chegámos a casa e o Harry foi à cozinha enquanto que eu fui para o piso superior. Entrei no meu quarto e fui à casa de banho fazer as minhas necessidades e lavar os dentes, regressando por fim ao quarto. O Harry chegou pouco depois trocando palavras comigo. Após tudo isso, entrou na mesma divisão onde eu antes estava para fazer o mesmo que eu tinha feito. Enquanto isso, vesti o pijama e deitei-me na cama, pronta para dormir. Ouço o apagar das luzes das casa de banho e a roupa dele a ser retirada do seu corpo. Deitou-se ao meu lado e puxou-me para si, mas pouco depois largou-me e virou-se da barriga para cima.

- Então o que se passa?
- Nada.
- Não me mintas. Porque é que me largaste?
- Queres mesmo saber?
- Sim. Quero saber porque é que o fizeste.
- Só te larguei porque fiquei duro.
- Ficaste duro? Wtf?
- Sim. Fiquei teso.
- Teso?
- Sim, com tesão. Não sabes o que é ficar com tesão? Ficar com o pau duro?
- Já ouvi falar, mas nunca me explicaram por isso não sei. - faço cara de inocente.
- Boa. Agora como é que eu te vou explicar? - ele pergunta retoricamente e ri-se.
- Como deve de ser e de forma a eu entender.
- Então, sabes o que é um pénis?
- Sim, toda a gente sabe.
- Sexo?
- Sim.
- Normalmente para as pessoas o fazerem têm que ter vontade e ficarem excitadas. Nas mulheres não sei como é mas nós homens, ficamos excitados facilmente se não fodermos à muito tempo. Por isso, quando eu te agarrei, o teu rabo roçou na minha pila e eu fiquei excitado.
- Ficaste com tesão?
- Sim. Entendeste?
- Óbvio que entendi. Aliás, eu sei muito bem o que isso é, apenas queria saber como é que ias arranjar forma de eu entender. - digo entre gargalhadas - Ai, a sério. Já não me iria conseguir aguentar muito mais tempo.
- Estúpida!

Vejo-o rir-se comigo ao mesmo tempo que pega numa das almofadas e me atira com ela. Agarro na mesma e repito a sua ação, podendo assim começar uma luta entre os dois, que pouco depois já envolvia cócegas e nódoas negras.

- Au!
- Que foi?
- Oh nada, só me empurraste contra a parede.
- Oh desculpa, Hazarado. Não foi de propósito.
- Só desculpo se parares de me chamar isso.
- Então não desculpes.
- Passo a chamar-te... Hm... Chloetonetes.
- Chloe quem?
- Chloetonetes. Chloe mais cotonetes. Precisas de uns para passares a entender-me à primeira.
- Estupor.
- Tu curtes.
- Adoro.
- Acho bem que sim, mas quero falar contigo sobre o tema de à pouco.
- Que tema?
- Pau duro.
- Diz. - respondo rindo.
- Eu não sei se é uma pergunta que não queres que faça ou se não queres que eu saiba a resposta, mas não precisas de responder basta dizeres que...
- Sim, sou virgem.
- Ah, está bem. Afinal não foi preciso perguntar. Parecia bué complicado e nem estava a sair, mas nem foi necessário.
- E tu?
- Eu? Eu o quê?
- És virgem?
- Eu por acaso tenho cara de virgem?
- Não, tens cara de cu. Mas responde, és ou não és virgem? - ouço o meu telemóvel tocar e vou atender.
- Estou?

Katherine

A minha visão ficou turva, deixo de ouvir e sinto o meu corpo desfalecer. Sinto alguém a agarrar-me e a ajudar-me a sentar na cadeira mais perto. Sei que é o Ashton, pois o meu olfato ainda se encontra em bom estado.
Encosto-me à cadeira de olhos fechados por breves segundos. Coloco os cotovelos sobre as pernas e a cabeça sobre as minhas mãos, ainda de olhos fechados. Ouço o Ashton a informar-me que tinha um copo com água e açúcar mas recuso.

- O Harry é o quê?
- O Harry é teu irmão.

Levanto a cabeça encarando o meu pai que tanto olhava para mim como olhava para a minha mãe que permanecia calada a olhar para ele.

- Como assim o Harry é meu irmão? Eu tenho um irmão e tu nunca me contaste? Mãe, tu sabias?

Ela apenas nega com a cabeça. Sei que estava em choque. A minha irmã sai a ela neste aspeto e sei que teriam ambas a mesma reação e que eu seria a única a mandar vir com o meu pai neste momento.

- Querida, eu...
- Querida nada! Agora entendo porque é que ele te atacou. Ele já estava irritado com o que se estava a passar e tu chegares foi a gota de água. Ele não sabia que eras também meu pai tal como da Chris, pois não?
- Não, ele nem sabia onde é que eu morava.
- O que é que tu fizeste para ele te ter tanto ódio? Isto para além de o teres abandonado.
- Podemos falar disto depois? Eu não me...

As máquinas a que o meu pai estava ligado começaram a apitar e os médicos entraram no quarto tomando conta da situação, e pedindo que saíssemos.
Saio do hospital e caminho para casa, frustrada. O Ashton já tinha desistido de tentar obter a minha atenção porque nada do que ele dizia me fazia abrandar ou desviar o olhar do passeio.
Tiro as chaves da carteira e abro a porta de casa, deixando-a assim para que o Ashton pudesse entrar. Vejo a minha irmã e o Luke na cozinha a rirem um com o outro, mas estou tão frustrada que me estou a cagar para a felicidade deles.

- Katherine, o que se passa?
- Mana?
- Já sei o porquê de o Harry ter agido como agiu. O Harry é nosso irmão, Chris.
- Como assim o Harry é vosso irmão?
- É Chris, andaste a comer o teu próprio irmão sem saberes.
- Primeiro, eu não o comi. Segundo, o quê?
- Eu vou ligar à Chloe, eu quero saber mais deste assunto. Eu quero ir ter com o Harry, falar com ele e saber tudo.
- Liga, eu vou contigo.

Pego no telemóvel e marco o número da Chloe. Espero que atenda. Demorou, mas atendeu.

- Estou?
- Chloe, onde estás?
- Porquê?
- Já sei que o Harry é meu irmão, quero falar com ele e tenho a certeza de que estás com ele. Onde é que estás?
- Estou em casa.
- Até já então.

Desligo e coloco o telemóvel de novo na carteira. A Chris foi buscar as suas coisas e resolvemos ir os quatro ter com eles. O Ashton tinha o seu carro à porta de nossa casa por isso fomos todos de carro, apesar de a viagem ser curta.
Saímos do carro e fui direita à porta de casa da Chloe. Ela abriu-nos a porta para podermos todos entrar.

- O Harry já aí vem. Sentem-se.

Sentei-me no sofá e a Chris sentou-se ao meu lado. Vejo que trás lágrimas nos olhos por isso resolvo abraçá-la para a confortar. Sei que ela está pior que eu. Talvez agora o Harry seja mesmo como um irmão para ela, mas sei que ela já pensou em ter mais que isso com ele, e isso faz com que ela se sinta horrível apesar de não ter culpa nenhuma.

- Hey.

O Harry, o meu irmão, saúda ao chegar perto de nós. Respondo de volta e a Chris encolhe-se no seu lugar. Vejo a Chloe fazer sinais ao Luke e ao Ashton para nos deixarem a sós, e agradeço-lhe com um pequeno sorriso. Ele senta-se ao meu lado encarando o chão.

- Tu sabias?
- Que nós somos irmãos? Não. Só quando vi o vosso, o nosso pai entrar lá em casa.
- Eu sinto-me mal por te ter conhecido por causa da Chloe e não pelo meu pai, não porque ele não nos apresentou o nosso irmão mais velho. Nós devíamos de te conhecer desde que nascemos, mas não.
- Também me sinto mal pelo mesmo, mas eu só soube à pouco tempo que o meu pai tinha tido filhos para além de mim, só não fazia ideia que eram vocês.
- Acredito. Eu quero que me contes o que se passou. Toda a tua vida. És meu irmão e quero conhecer-te melhor.
- Também te quero conhecer melhor. A Chris já a conheço, mas também a quero conhecer melhor. Quero poder dizer que são minhas irmãs de verdade e não porque partilhamos o mesmo pai.
- Também nós. Não leves a mal a Chris estar calada, mas ela ainda está em choque e ainda está a processar tudo. - digo a última frase num sussurro.
- Tudo bem.
- Fala-nos sobre ti. De onde és, quem é a tua mãe, como foi a tua vida até agora... E o que se passou entre ti e o nosso pai.

INSANE: The Murderer [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora