•| Capítulo 27 - Será que eles estão mesmo juntos?

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Derramei todas as lágrimas que me restavam e assim - depois de me acalmar - consegui contar-lhe tudo o que se tinha passado entre mim e o Harry. Desde o primeiro dia em que o conheci na consulta, ele ir a minha casa falar sobre a Chris e deixá-lo fazer-me companhia, a estupidez dele no Mc'Donalds com o Niall, a nossa discussão na floresta, o reencontro e aquilo que se passou à pouco.
Com tudo o que revi da nossa "relação", concluí que ele só me quer foder a mente, só pode.
Quando estava melhor, fui passar água pela cara. Olhei para o espelho, para poder ver o meu reflexo e pude ver que estava com a cara inchada, com as olheiras ainda mais salientes que o normal e tinha a cara e os olhos vermelhos.
Saí da casa de banho e fui ter com a Katherine à sala de estar para podermos, finalmente, ver o dito filme.

Sábado, 9 de Abril de 2016

Levanto-me da cama, depois de pensar bastante se deveria de o fazer ou não. Tomo um duche rápido e visto as primeiras calças que encontro tal como a primeira camisola que tiro da gaveta.
Pego na mochila, depois de lavar os dentes, e vou até à cozinha buscar uma maçã para comer pelo caminho até à universidade.
Tiro os meus melhores amigos do bolso pequeno da mochila e coloco-os nos ouvidos para puder ouvir música pelo caminho. Hoje não me apetece levar a mota.
Vejo o autocarro chegar e tiro a carteira da mochila, depois de fazer sinal para o condutor parar. Entro, passo o passe pelo leitor, tiro o bilhete e sento-me num dos lugares ao pé da porta de saída. Pouco tempo depois, o autocarro está cheio e sinto-me feliz por morar mais longe pois assim tenho sempre lugar.
Entro na universidade e vou para a sala que ainda tem pouca gente. Sento-me numa mesa a meio da sala e tiro o caderno de apontamentos mais o estojo.
Sinto-me a ser abanada, literalmente. O Dre tinha a mão no meu ombro e estava a abanar-me quase como se fosse um leque.

— Bom dia! Fogo tava a ver que não me ouvias. Já aqui estou à bué e não me davas atenção.
— Boas... Estava a ouvir música. Já devias de saber como é que eu sou.
— Sim, mas pronto. Olha acho que a stora não vem. Já passou meia hora e ela ainda não apareceu por isso vamos bazar daqui. Vamos até ao bar, queres vir?
— Pode ser.

Não que eu quisesse muito ir só que não tinhas mais nada para fazer e eu curto do Dre, mas o resto das pessoas da minha turma não me agradam, pelo menos o que já conheci delas. Por isso mesmo prefiro andar sozinha do que com eles.
Sentamo-nos na esplanada por não estar a chover e ser bom apanhar algum ar.
Levanto-me e vou até ao bar ver de algo para comer, pois aquela maçã não me tirou a fome como deve de ser. Peço uma tosta mista e um sumo, indo depois para a fila de espera. Pouco depois dão me o que pedi, peguei nas coisas e fui ter com eles à esplanada.
A manhã passou rápido, mas nem queria que tal acontecesse como era habitual. Estava com um mau pressentimento e mesmo odiando eu sei que há razões para os ter.
Fui almoçar a casa e depois de almoço tive aula de condução, felizmente estava a acabar e não iria faltar muito até ter a carta.
Quando me deixaram em casa ainda não eram 18h para ir para casa da Katherine por isso fui tomar um banho de imersão. Vesti umas calças de ganga com uma camisola preta e as minhas converse pretas. Coloquei lápis nos olhos e um pouco de eyeliner. Alisei o cabelo e pus perfume depois de lavar os dentes. Arrumei as coisas essenciais na minha carteira e peguei nos sacos das prendas, para poder ir para a sala onde ia esperar pelo Luke.
Enquanto esperava recebo uma mensagem. "Espero-te em casa da Kate. Beijo..." e imaginem de quem era. Obviamente que era do Harry. Decido não responder não vale a pena. Espero que ele só esteja a brincar e que não apareça lá. O que é que ele lá vai fazer? A Kathie mal o conhece.
Tocam a campainha e abro depois de ver que é o Luke.

— Pronta?
— Não...
— Então porquê?
— Porque o Harry me mandou esta mensagem. - digo mostrando-lhe o meu telemóvel com a dita mensagem.
— Estás a gozar...
— Não. E não entendo o porquê de ele ir.
— Só se for com a Chris, mas isso não faz sentido nenhum.
— A não ser que eles estejam mesmo juntos.
— Não podem... Eles não nos podem fazer isso. Eles sabem o quanto isso nos iria magoar.
— Sinceramente acho que esse é o objetivo deles. Eles andam a brincar connosco.
— Sendo assim temos que alinhar na brincadeira e brincar com eles.
— Como assim?
— Como disseste ao Harry que namoramos vamos ter que fingir como deve de ser.
— Eu não sei se consigo.
— Consegues sim. És a Chloe. Eles andam a brincar connosco por isso temos que brincar com eles.
— É tens razão. Mas aviso que não quero cá beijos ou apalpões.
— Eu também não, descansa.
— Ao menos isso.
— Vamos?
— Não.
— Então?
— Eu não quero ir assim.
— Porquê?
— Imagina que eles estão mesmo juntos, eu não me vou aguentar.
— Vais sim. Tem que ser. Não vais dar parte fraca pois eles não merecem.
— Tens razão vamos.

INSANE: The Murderer [ Concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora