Boa noite, Insaners!
Peço-vos que comentem, eu sei que é fatela pedir, mas pensem bem no assunto, eu passo horas a escrever não só por gostar mas também por vocês que acompanham a história. Não custa nada comentar, e eu penso que mereço pelo meu esforço e dedicação.
Desejo-vos uma boa leitura!
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Chloe
O Harry esmurrou o pai da Katherine e da Christianna, mas porquê? Vejo o Luke saltar do sofá e correr até eles para tentar ajudar o mais velho, mas recebeu uma cotovelada por parte do Harry sem que este se tenha apercebido. A Christianna correu até ele e ajudou-o a levantar. Desapareceram os dois da sala. O estado em que ele se encontra agora faz-me relembrar o dia em que ele ficou em minha casa e fez o mesmo com o saco de boxe. Ele não está em si. Ele tem os seus músculos contraídos e as veias a quererem explodir. Não consigo ver o seu rosto, mas acredito que esteja como o resto do corpo, vermelho e bastante irritado. Ele está revoltado, mas não sei com o quê. Será que o pai delas o fez recordar algo ou será que ele tem alguma coisa a ver com o assunto?
— Harry! - berro de novo ao me lembrar do Luke no chão, o pai delas ensanguentado e a levar murros repetitivos por todo o corpo.
Corro até ao Harry para o tentar parar, mas sou agredida da mesma forma que o Luke, a única diferença é que desta vez o Harry apercebeu-se.
— Chloe! Desculpa, eu não te queria magoar. Desculpa. Desculpa-me. Perdoa-me.
Olho-o e vejo que está completamente diferente ao que estava à segundos atrás. O seu rosto está transpirado e vermelho, os seus olhos verdes escuros mostram preocupação - até parece que estão a ficar cada vez mais claros - e os seus músculos descontraíram ao tocarem a pele do meu rosto.
— Por favor Chloe. Peço-te. Desculpa-me...
— Não faz mal. Não deste conta que eu estava ali e não me doeu se quer.Ele baixou o seu rosto como que a render-se e a pedir desculpa de novo. Segundos depois, levanta-se e sai pela porta principal da casa. Corro numa tentativa de chegar a ele antes de sair, mas era tarde de mais. Saí de casa e vi-o correr em direção à floresta. A sério que ele tem sempre que se ir meter ali?
Corro o mais que consigo no meio das árvores. O chão está escorregadio, mas apesar disso consigo equilibrar-me e evitar escorregar. Infelizmente, não consigo evitar tudo, e tropecei numa árvore caída no meio do meu caminho. Nem tudo são más notícias, eu estou bem. Levanto-me rapidamente e tento correr atrás dele apesar de já mal o ver. Chamo por ele por todo o caminho, mas ele ignora-me. O que me vale é ter resistência, se não fosse isto já me tinha perdido.
Encontro-me à porta da cabana, a tal cabana onde reencontrei o Harry e onde o beijei pela última vez, onde descobri que ele não queria nada comigo.
Entro sem pedir licença. Para quê? Ele invadiu a minha casa, ia-me matando de susto e queria que o beijasse à força. Não estou a fazer nada de mal, ou pelo menos nada que ele não tivesse já feito, para além de que ele deve de estar à espera que eu aqui esteja.
Não o encontro na cozinha nem na sala, por isso decido procura-lo no quarto. Abro a porta e vejo-o sem roupa a olhar para mim. Fecho a porta, por instinto como é óbvio, porque pelo que consegui ver, não me importava nada de continuar, mas ele iria pensar coisas e usar isto para me atacar mais tarde.— Desculpa... Eu não sabia que estavas assim. Foste bastante rápido, como é que te despiste assim em segundos? Pensei que estivesses à minha espera visto que vim todo o caminho atrás de ti e a chamar por ti. Sei que não me ligaste nenhum mas também sei que deste conta que eu estava lá.
— Respira. - ele diz sorrindo depois de abrir a porta.
— Eu estou a respirar. - olho-o de cima a baixo e pude ver que tinha vestido uns boxers.
— Estás a gostar do que estás a ver?
— Ahm?
— Estás aí a olhar para o meu corpo. Para além de que à pouco viste tudo.
— Como é que eu podia ver tudo no curto espaço de tempo entre abrir a porta e voltar a fechá-la?
— Se tu o dizes.
— Explica-me.
— O quê?Decide responder após se sentar no sofá, mas não o segui. Entrei no quarto e pude encontrar a sua t-shirt em cima da cama, peguei nela e atirei-lha para que a vestisse.
— Para que é que eu quero isto?
— Para vestires, como é óbvio.
— Porquê? Distrai-te é?
— Não. Mas veste.Ele não perguntou mais nada, simplesmente vestiu a t-shirt preta tal como eu lhe tinha pedido. Caminho até ao sofá e sento-me ao seu lado, mas virada para ele.
— O que é que se passou para fazeres o que fizeste?
— O quê?
— Não te faças de parvo. Sabes bem do que estou a falar. Porque é que esmurraste o pai delas?
— Apeteceu-me.
— Sim, claro. Como se eu fosse acreditar nisso. Isso teve a ver com o que dizias quando esmurraste o meu saco de boxe? É ele?
— É ele o quê? Tu não sabes de nada! Tu não sabes o que se passou!
— Conta-me então. Sabes que podes confiar em mim.
— Porquê? Porque agora estás aqui comigo? Nós não somos amigos Chloe.
— Se não somos é porque não queres.
— Se não quero é porque não quero apenas isso.
— Tu estás com a Chris.
— Não, não estou. Tu sabes bem que não, tal como eu sei que tu e o Luke também não estão juntos. Vamos parar de agir como crianças a tentar fazer ciúmes uns aos outros e admitir o que sentimos, falar sobre isso. Vamos resolver as coisas.
— Resolver o quê? Tu tanto me falas mal como no dia seguinte estás em minha casa a dizer que me queres. Tu deves de resolver isso contigo primeiro. Escolhe o que queres e depois sim fala comigo. Mas não me baralhes a mim.
— Eu achava mesmo que não me querias ver depois do que se passou. Eu sei que fui o culpado com o que aconteceu à tua mãe, mas ela está bem agora. Se não fosse isso, talvez ela ainda estivesse no hospital por causa do acidente. Não que quisesse isso, mas sabes que é verdade. Por um lado, foi bom eu ter desejado isso pois ela agora está bem a 100%. E com isso descobrimos o que podemos fazer juntos.
— Tens razão. Eu culpo-te pelo que lhe aconteceu de mau, mas também pelo de bom. Mas não entendi como é que aquilo aconteceu.
— Tu ainda não percebeste?
— O quê?
— Oh meu deus, eu pensei que naquela noite tivesses descoberto e que por isso mesmo não me quisesses contigo.
— Mas o quê?
— Como é que tu desejaste teres o acidente e ele aconteceu?
— Por causa do que tenho dentro de mim.
— Como é que achas que eu desejei que algo de mal acontecesse à tua mãe e aconteceu? Como é que achas que os nossos desejos resultaram juntos? Como é que achas que nos aproximamos tanto um do outro num curto espaço de tempo?
— Tu...
— Sim Chloe, eu também sou um monstro.
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INSANE: The Murderer [ Concluída ]
ParanormalInsane { Livro I } Toda a gente achava que ela era perfeita, mas ninguém sabia que ela era um monstro. Pelo menos até ela se apaixonar. Ela não sabia que ele era obcecado por ela, nem que ele era também um monstro. Insane. Contém representações grá...