INSANE: The Murderer [ Concluída ]

•| Capítulo 41 - O amigo do Ashton.

Luke

Saio do centro comercial e caminho em direção a casa da minha namorada, mas a meio do caminho ligam-me.

— Ashton?
— Olá. Tens um tempinho para eu poder falar contigo? - ele pergunta com uma voz super roca o que não é nada normal.
— Sim, claro. Mas o que é que se passa? Estás estranho.
— É sobre isso que quero falar.
— Está bem. Onde queres que vá ter contigo?
— Como te der mais jeito. Onde é que estás?
— Eu estava a ir para casa da Chris à espera dela.
— Então pode ser em tua casa.
— Está bem. Até já.

Desligo a chamada e abro a aplicação das mensagens para mandar mensagem à minha menina, enquanto caminho até minha casa.

— Olá amor, o Ashton disse que precisa de falar comigo e parece estar mal por isso ele vai ter a minha casa agora. Depois eu vou ter contigo e recompenso-te, sim? Beijinhos, amote muito...
— Não te preocupes. Trata do rapaz vê se ele fica bem e tenta resolver as cenas com ele porque eu quero ver-vos bem.
— Vou ver o que posso fazer.
— Está bem. Amote milhões, beijinhos.

Guardo o telemóvel no bolso das calças depois de lhe mandar um pequeno sorriso. É, eu também sou do tipo de pessoa que sorri para o telemóvel. Não me julguem.
Chego a casa e vou até à casa de banho. De seguida, vou à cozinha e preparo algo para comer. Pouco depois, tenho alguém a tocar à campainha por isso vou abrir a porta.

— Entra.
— Obrigado.

O loiro entra em minha casa e coloca o seu casaco no cabide dirigindo-se depois ao sofá. Enquanto isso, fecho a porta e caminho até à cozinha para ir buscar a minha chávena de leite e o resto do pão que estava a comer.

— Tens fome?
— Não, obrigado.

Sento-me no sofá ao seu lado. Dou um golo no leite e pouso a caneca em cima da mesa de centro entre os três sofás e a televisão.

— Que se passa?
— Eu e a Katherine, nós acabamos, ou melhor, demos um tempo, mas já sei o que isso significa.
— O quê? Mas o que é que se passou para isso acontecer?
— Ela diz que eu ando distante e que parece que já não me importo com ela desde à um mês para cá. Mas não é verdade. Eu ando simplesmente a tentar ajudar um amigo que não está nada bem e por isso não passo tanto tempo com ela.
— Não sei rapaz. Mas tu disseste que andavas a ajudar um amigo?
— Sim, e ela diz que mais parece que gosto mais dele do que dela.
— E isso é verdade?
— Não, eu amo a Katherine, mas ela não entende que para além de ter tempo para ela, também necessito de tempo para os meus amigos e até para mim. Antes andava sempre feito cão atrás dela e agora preciso mesmo de ajudar este amigo, até porque é alguém que está a sofrer, precisa de mim e eu também gosto muito dele.
— Eu não acredito que ela não entenda que estás apenas a ajudar um amigo ou que precisas de tempo para todos. Acredito é que se sinta com ciúmes. Estar habituada a ter-te sempre com ela e do nada afastares-te por causa de um amigo é estranho, essencialmente se não dissesses o que se passa com o teu amigo. Se a Christianna me fizesse isso, seria muito provável eu reagir da mesma forma que ela.
— Eu já não sei de nada. Só sei que não quero perder por nada deste mundo e não sei o que fazer pois este amigo é muito importante para mim e precisa de mim.
— Acho que tens que falar com a Katherine. Conselhos amorosos não são o meu forte.
— Eu sei, mas não sei mais com quem falar.
— Com a Christianna é melhor não pois são irmãs, mas podes sempre falar com a Chloe.
— Mas eu e ela não somos nada próximos. Podes ser tu a falar com ela?
— Poder posso, mas isso também vos aproximava.
— Continuo a preferir...
— Está bem, vou-lhe ligar.

Pego na minha chávena e acabo de beber o seu conteúdo. Caminho até à cozinha e coloco a mesma no lava louças. Limpo os bigodes com que fiquei por causa do leite e agarro no telemóvel que estava em cima da mesa da cozinha.

— Então rapaz? Já com saudades minhas?
— Não quero parecer mau, mas não.
— Autch. Então?
— Foi o Ashton que veio ter comigo triste.
— Porque?
— Ele disse que a Katherine pediu um tempo porque mal estavam juntos.
— Outra vez não. Ainda agora recuperamos o teu romance e já se estragou outro. Bem me parecia que ela estava estranha.
— Então?
— Então encontrei-a no meu sofá a ver um filme de terror. A Katherine a ver um filme de terror sozinha.
— Ui.
— É. Mas ela tem razão. O Ashton e ela mal estão juntos. É raro os ver juntos como tu e a Chris ou como eu e o Harry.
— Pois, é verdade. Mas a Katherine costumava falar sobre isso?
— Sim. Ela dizia que o Ashton andava distante, mas não sei.
— Eu vou falar melhor com ele.
— Está bem. E eu vou falar com ela. Até logo.

Pouso o telemóvel de novo na mesa da cozinha e vou ter com o meu amigo à sala.

— Liguei à Chloe e ela diz que a Katherine está com ela, que está estranha, mas que ainda não tinha dito nada sobre o assunto. E que ela já à algum tempo que lhe dizia que tu andavas distante.
— Sim, mas eu expliquei-lhe porquê e ela não entende que o meu amigo precisa de mim.
— Eu não sei o que te dizer. Acho que era melhor se falasses com a Chloe. Amanhã liga-lhe, encontrem-se e pede-lhe ajuda. Ela conhece a Katherine melhor do que eu e ainda por cima é rapariga por isso vai poder ajudar-te.
— Pois, tens razão. Podes então dar-me o número dela?
— Sim, claro.

Dou-lhe o número da Chloe depois de ir ver do telemóvel à cozinha, e ele guarda-o.

— Obrigado.
— Ora essa. Eu peço desculpa por perguntar, mas de que amigo é que estás a falar?