— Chloe! Como é que estás? - o loiro pergunta.
— Estou bem e tu?
— Também. Como é que está a tua mãe?
— Igual. E a tua pequena?
— A minha pequena está em casa com o tio, mas por pouco tempo porque não confio nele.
— Então porquê? Teu irmão?
— Sim. Ele é mais velho e parece ser mais novo que eu.
— Ui, pois.
— E tu estás aqui sozinha?
— Não, estou com... um amigo.
— Fazes bem. Estás a pensar em voltar quando?
— Desculpa Niall, mas acho melhor arranjares quem me substitua.
— Então?
— Não sei quanto tempo a minha mãe vai precisar para recuperar, e eu quero estar lá com ela. E mesmo que quisesse, não iria estar a 100% a cuidar da garota por isso prefiro não o fazer.
— Por mim tudo bem, mas tens que ir lá a casa.
— Fazer? - pergunta o Harry mal aparece.
— Harry, este é o Niall meu patrão. Niall é o Harry.
— Olá. Respondendo à tua pergunta, - ele diz olhando o Harry e continua o resto da frase a olhar para mim - vê-la. Ela tem perguntado por ti.
— A sério?
— Sim. Para ela és como uma irmã mais velha que ela nunca teve ou terá.
— Pois, e ela é como uma irmã mais nova para mim.
— Olha lá, vieste sozinho? Deixaste a tua garota em casa com a mãe? Porque é que não as trouxeste?
— Harry! - reclamo pois o rapaz não sabe quando estar calado - E não te meteres no assunto?!
— Não faz mal, Chloe. A minha filha ficou em casa com o tio, apenas vim buscar o jantar, lá fora há uma grande fila por isso vim cá dentro. E já agora, eu sou viúvo.
— Peço desculpa, não sabia. - o Harry responde sem olhar para o Niall.
— Sem rancor. Vou ver do jantar. Bom apetite. Depois diz qualquer coisa.
— Está bem. Adeus. - digo vendo ir para a fila e sentando-me ao mesmo tempo - Não sabias estar calado?!
— Desculpa lá mas eu não sabia.
— Estavas calado, não tinhas que te meter.
— Deixa lá isso e come mas é que isso já deve de estar frio.
— É sopa, eu prefiro as sopas frias. Assim continuo fria por dentro. E tu não mandas em mim, pensas que és meu pai ou quê? Nem o meu pai manda em mim, quanto mais tu! Eu como se quiser.
— Tá.Passamos o resto do tempo calados, sinceramente, não me incomoda. Não gostei da forma como olhou e falou com o Niall. Posso não o conhecer, mas ele não tem o direito de falar assim com ele.
Eu sei, eu também já falei assim com ele, mas há limites. Sei que o Harry é frio como eu, mas há limites.— Deixo-te em casa? - ele decide quebrar o gelo.
— Não. Eu vou melhor sozinha e chego mais rápido.
— Tá.Ele levanta-se, pega no seu tabuleiro deitando as coisas no lixo brutamente e sai sem dizer ou fazer mais nada. Não é que eu estivesse à espera de algo, mas é o Harry e eu. Ok, pelos vistos voltámos ao início.
Ouço o meu telemóvel tocar e após pegar nele pude ver que era o meu pai.— Sim pai, o que é que se passa?
— Onde é que estás? Vou-te já buscar e vamos ao hospital.
— Estou no Mc, mas o que é que se passou com a mãe? Ela acordou?
— Não sei, só ligaram a dizerem para irmos rapidamente para lá. Até já.
— Até já...Ele desliga e eu decido ir arrumar o meu tabuleiro. Será que a minha mãe acordou? Será que ela piorou? Espero bem que ela tenha acordado e que este pesadelo acabe. Estou a ficar... nervosa, estou a tremer bastante e o meu coração parece querer saltar do meu peito, o que não é normal. Nunca tinha estado assim. Não sabia o que era estar nervosa até este preciso momento. E se alguma vez achei que sim, então estava enganada. Preciso do Harry. Não estúpida! Preciso de todos menos do Harry.
— Chloe? Estás bem? Tragam-me um copo de água! - o loiro berra para os empregados. Não, não é o Niall.
— Ligaram d-d-do hospital e-e não sssei o que ssse passa com-m a minha ma-mãe...
— Tem calma. Credo, nunca te vi assim. Deve de ter acordado, tem calma. Toma, bebe. - diz depois de um empregado trazer uma garrafa de água.Agarro na garrafa já sem rolha e dou uns pequenos goles, mas é como se não tivesse feito nada. Sinto que vou explodir. Preciso de saber o que é que se passou com a minha mãe e se ela está bem. Tenho um mau pressentimento, mas não me quero agarrar a ele.
Harry
Que pita caralho! Estou farta de putos mimados e agora sai-me esta na rifa! Porque é que tem que ser ela? PORQUÊ?! Ela só irá crescer quando sofrer como deve de ser e sinceramente, pelo que observei e pelo que me fez passar, tenho uma enorme vontade de espetar uma faca na barriga da mãe dela! Será que ela iria aguentar tanto sofrimento e tornar-se ainda mais fria do que já é ou será que se iria matar? Ela pensa que é quem para me falar daquela maneira? E ainda insinua que sou má companhia. Ela tem uma lata! Porque é que eu a amo?! Foda-se! Que merda!
Chloe
Odeio ter maus pressentimentos. Sei que não ligava a isso, mas eu mudei.
— Luke? O meu pai já chegou?
— Penso que não, porquê?
— Porque ele vem-me buscar e vamos para o hospital.
— Vejo que estás mais calma... Anda, vamos lá para fora. Já não está a chover e assim apanhas ar.Ele abre a porta e acompanha-me à medida que eu ando. Sento-me no parapeito da janela com a cabeça encostada à mesma e ele fixa o olhar em mim posicionado mesmo à minha frente.
— Queres que vá contigo? Eu sei que não somos amigos e tals mas... Eu até me preocupo contigo. És a melhor amiga da minha nam... Ex, e passámos muito tempo juntos e sei que adoraste como é óbvio, por isso, visto que ela não está aqui, gostava de te acompanhar.
— Não acho que seja o melhor, mas se insistes tudo bem.Ouço buzinar e vejo o carro do meu pai. Ambos corremos para o carro e entrámos. Ele arranca a caminho do hospital.
— Tu não saíste com o Harry? Onde é que ele está? E quem é este?
— Sim, mas ele bazou. Este é o ex namorado da Chris, mas que irá voltar a ser.
— Ai vou?
— Claro que sim, vocês foram feitos um para o outro.
— Obrigado?
— Agora pai, despacha-te!
— Calma filha, eu sei que há pressa mas não queres ter também um acidente pois não? Ainda por cima a chover como esteve pior.
— Sinceramente não me importava desde que eu fosse a única que se aleijasse e morresse, podia ajudar a mãe.
— Não digas asneiras Chloe!
— Pai, cuidado!Estava um cão no meio da estrada e para o salvar, o meu pai virou o volante e acabámos por bater num poste.
— Como é que fizeste isto? - pergunta o Luke.
— Ahn?
— Tu disseste que não te importavas de ter um acidente para ajudares a tua mãe e tivemos um acidente.
— Estás-te a passar? Agora estás a dizer que tenho super poderes? Estás mas é maluco dos cornos meu!
— O carro ainda anda por isso vamos e tu Chloe, mantem a boca calada!Nem piei. Quando o meu pai quer até que assusta. Sei que sou mais fria e mais forte que ele mas ele sabe manter a sua posição de pai.
E que raio foi aquilo que o Luke disse? Mas ele acha que eu desejo algo e isso acontece? Deve de andar no álcool ou a injetar para a veia desde que acabou com a Chris, só pode. Se isso fosse verdade, a minha mãe não estava no sitio onde está agora e eu tinha morrido.— Chegámos.
Saímos do carro a correr e fomos ver da minha mãe. Estava difícil mas chegámos ao quarto onde ela estava. É isso mesmo, estava porque não está.
— Onde é que está a minha mãe?! - pergunto a uma enfermeira que tentou passar por mim.
— Chloe acalma-te. - diz o meu pai.
— Me-menina. Que se passa com o-os seus olhos?
— Os meus olhos estão bem. Você é que estará mal se eu começar a sangrar.
— Q-q-quem é a sua m-mãe?Deixei de ouvir. Conforme eu ficava mais nervosa, menos ou ouvia, apenas via os lábios da mulher a mexerem-se.
— Chloe! Anda!
Leio os lábios do meu pai e corro atrás dele. Conforme corro a minha audição melhora pois começo a ouvir gritos. Pelo que o meu pai diz, a enfermeira mandou-nos falar com o médico ao fundo do corredor, numa sala de espera.
— É o Sr. Moretz, certo?
— Sim, sou eu.
— Lamento informar, mas infelizmente a sua esposa está no bloco operatório e não é para receber um transplante.
— Porquê?
— Há 1h atrás, uma enfermeira foi verificar se estava tudo bem com a sua esposa e acabou por ver algo que o vai chocar.
— O quê?
— Não quero parecer frio, mas ela tinha uma faca de cozinha espetada na barriga. Já vimos os vídeos de vigilância e ninguém entrou no quarto, nem pelo interior nem pelo exterior do estabelecimento.
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INSANE: The Murderer [ Concluída ]
ParanormalInsane { Livro I } Toda a gente achava que ela era perfeita, mas ninguém sabia que ela era um monstro. Pelo menos até ela se apaixonar. Ela não sabia que ele era obcecado por ela, nem que ele era também um monstro. Insane. Contém representações grá...