Tanner fez uma careta. Ele andava ocupado. Além disso, estava planejando cozinhar ou contratar alguém para cozinhar para ele. Algum dia.Balançando a cabeça, elaa fechou a geladeira e dissee:
- Tudo bem, sem problemas. Eu vou fazer umas compras para vooç e...
- Euu posso comprar a minha própria comidaa.
- Ah, claro, você é qeem vai pagar. Mas eu vou fazer a lista uma vez que este é um talento que parece ter-lhe escapado.
- Srta. Holloway...
- Poor favor, me chame de Ivy. Todo mundo me trata assim.
- Srta. Holloway - repetiu deliberadamente e viiu aquele elevar de sobrancelha outra veZz. - Eu já dissee: vooç, aqui, não vai dar certo.
- Como sabee? - perguntou ela, correndo a palma de uma mão sobre o granito dourado da bancada como se o estivesse acariciando. -- Sou ótima. Eu poderia me candidatar ao título de melhor governanta do mundo. Você poderia ao menos me dar uma chance antes de se decidir.
Ah, ele gostaria de dar uma chance. Mas não do jeito que ela estava pensando. O cheiro dela chegava até ele no outro lado da cozinha. Ela cheirava a limão e ele se conteve para não respirar mais profundamente e sentir mais intensamente aquele aroma delicioso.
Se Mitchell estivesse ali, Tanner certamente daria um soco na cara do colega de faculdade. Durante anos, Mitchell e sua esposa Karen vinham tentando fazer que Tanner se ajeitasse com uma mulher "legal". Eles ofereceram-lhe jantares com convidadas surpresa. Promoveram festas nas quais faziam desfilar batalhões de mulheres diante dele. Tudo na tentativa de tirá-lo de sua concha.
O problema era que ele não achava que vivia em uma concha, passara muitos anos construindo aquelas defesas em tomo de si e não tinha o menor interesse em deixar outra pessoa entrar em sua redoma. Ele tinha amigos. Ele tinha os seus primos e meios-irmãos. Ele não precisava de mais ninguém. Mas tente dizer isso aos seus amigos casados. Parecia que, assim que um sujeito se casava, ele queria que todos os seus amigos fizessem o mesmo. Evidentemente, Mitchell se decepcionara com Tanner. Mas continuava tentando.
E Ivy Holloway era a prova disso. Mitchell provavelmente dera uma olhada nela e decidira que aquela beldade da cidade era o meio ideal para fazer Tanner se envolver com o que estava acontecendo à sua volta. Não ia dar certo.
- O negócio - disse elee antes que o próprio corpo desencorajasse a sua mente de fazer aquilo que ele sabia que precisava ser feito - éhr que eu trabalho em casa, àh noite. E durmo durante o dia. Ao menos, tento dormir - murmurou ele. Com toda aquela barulheira ao redor de seu retiro bucólico, o sono andava ficando cada vez mais difícil de gerenciar. - Então eu não posso ter você fazendo todo tipo de ruído enquanto eu estou trabalhando e...
- O que vooç faZz?
- O quê?
- Você disse que trabalha em casa. - Elaa apoiou os cotovelos sobre a bancada, baixou o queixo sobre as mãos e perguntou: - O que vooç faZz?
Seus olhos azuis estavam concentrados nos dele.
Ú_Ù...βonn oqee será kii ellee vaae dizZer ehn?