Ivy olhou para ele:
- Quero dizer, nós que trabalhamos aqui.
- Então você é governanta, empregada de uma fazenda de árvores e consultora de noivas?
Ela deu de ombros.
- Isso me mantém ocupada.
- É.
Ele não sabia exatamente o que, mas algo estava definitivamente errado naquilo tudo.
- A cidade é pequena - prosseguiu Ivy. - É preciso trabalhar onde há trabalho.
Ela parecia estar muito desconfortável e Tanner se perguntou por quê. Estaria envergonhada por ele ter descoberto que ela trabalhava em mais de um emprego? Não deveria. Ele tinha muito respeito por pessoas trabalhadoras.
- O que você faz por aqui?
- Ah, um pouco de tudo - disse ela, um tanto vaga. - Tudo o que precisa ser feito. Podar as árvores, regar, remover ervas daninhas... Você sabe, coisas de fazenda.
- Certo. E planejamento de casamentos. - Ele estudou-a e percebeu que ela não olhara nos olhos dele desde o momento em que se encontraram.
- Mas o que você está fazendo aqui? - perguntou Ivy. - Eu pensei que você considerava este lugar como um território inimigo.
Sim, considerava. Agora, porém, em meio à floresta, ouvindo o som das risadas das crianças ao seu redor, ele não conseguia se lembrar por quê.
- Bem, eu comecei a pensar e achei que você estava certa a respeito de algumas coisas.
- Que bom - disse ela.
- De qualquer modo, você disse que eu deveria conversar com o proprietário da fazenda e eu me dei conta de que você tinha razão. Contudo, antes de tentar encontrar o proprietário, achei que deveria conhecer o lugar.
- E o que achou?
Ele balançou a cabeça, deixando o seu olhar correr pela paisagem.
- É bonito. E, já que você trabalha aqui, poderia fazer uma pausa e me mostrar o lugar?
- Eu adoraria.
- Você não vai se meter em encrenca com o patrão?
- Acho que o chefe vai entender - disse ela tomando-lhe o braço. - O que você quer ver primeiro?
- Honestamente - admitiu Tanner que tal a lanchonete? Desde que cheguei aqui estou sentindo cheiro de cachorros-quentes.
- Não admira que você esteja com fome. Você está acordado desde cedo.
- Sim - disse ele. - Tenho acordado cada vez mais cedo ultimamente.
O sorriso de Ivy se alargou.
- Fico contente. Você deve ver o sol de vez em quando, Tanner. Não se transforme em uma toupeira.
Ele não disse nada, mas sabia que o motivo de estar despertando mais cedo nada tinha a ver com a luz solar. O que ele queria era vê-la. Passar mais tempo com ela quando ela estivesse na casa.
E, enquanto a seguia até a lanchonete, seu olhar derivou para a curva do traseiro de Ivy e ele disse para si mesmo que acordar cedo certamente tinha lá as suas vantagens.
*'Olá amoooi taaah gostando ??¿
