- Por que deixaria de ser especial, não é mesmo? Nós só abrimos a sala para as crianças aos sábados. É a principal atração das festas de aniversário.
Ele olhou para um castelo inflável ao centro da sala.
- Acho que esse castelo deve fazer um enorme sucesso nas festas.
- Ah sim, com certeza. - Ela caminhou em direção ao castelo e deu um tapinha na lateral dele. - Você já esteve em um castelo assim?
Ele riu.
- Não.
Quer entrar?
- O quê?
Ivy riu da expressão de espanto que viu no rosto dele. E percebeu que o que sentia por ele era mais profundo do que atração física. Ela fora atraída por algo além de seu apelo sexual. Havia algo em seus olhos que a atraía também. Algo dentro dela dizia que ele passara a vida procurando ser sério. Controlado. E ela queria romper a muralha que ele erguera tão cuidadosamente em tomo de si mesmo.
Talvez ela realmente fosse louca, mas, se havia um homem que precisava aprender a se divertir, esse homem era Tanner King. Ele era muito solitário. Muito sombrio. Muito longe de indo o que fazia a vida valer a pena.
E, nos últimos dias, ela começara a se preocupar com ele. Mais do que o desejo sexual que sentia, ela realmente gostava de ficar ao seu lado e odiava pensar nele sozinho naquela casa enorme. Ela odiava saber que, quando ela o deixasse, não haveria mais nada para lhe fazer companhia fora o eco de sua própria voz.
Ivy começara aquilo para salvar o legado de sua família e para ajudar a sua cidade natal a crescer e a prosperar. Agora, era mais do que isso. Claro, ela ainda queria proteger a fazenda e Cabot Valley. Mas será que ela também queria salvar Tanner King? Tal pensamento a abalou.
- Você não pode estar falando sério - disse ele, olhando para o castelo inflável.
- Por que não? - perguntou ela, a cada minuto gostando mais da ideia. Qualquer coisa que abale um homem tão impassível deve ser uma coisa boa, certo? Ela olhou em tomo, viu que não havia ninguém nas proximidades e, em seguida, voltou o olhar para Tanner.
- Vamos lá. Experimente.
- Isso é para crianças.
- É para se divertir - corrigiu Ivy. - Eu mesma já estive ali dentro muitas vezes.
Ela tirou as botas e jogou-as na grama. Levando as mãos aos quadris, ela afastou o cabelo dos olhos e o desafiou:
- Então?
Ele balançou a cabeça e murmurou:
-- Você é louca.
- Você já disse isso antes.
Ela deu-lhe as costas e caminhou até o castelo. Ela apostava que ele não seria capaz de resistir ao desafio de se juntar a ela. Uma vez lá dentro, ela olhou para ele e riu alto.
:-('Taah causee acabando !