...Era!¡
pequeno. Sua mãe sempre tinha uma história pronta para explicar por que não poderia ir à sua escola na reunião de pais ou por que tivera de o deixar com a babá por um mês ou dois enquanto voava para Gstaad, Florença ou onde quer que morasse o seu último amante.Instantaneamente, ele afastou as memórias antigas. Ele não era mais uma criança e sua infância nada tinha a ver com o aqui e o agora. A verdade era que Mitchell estava certo. E fora a sua família - vários primos e meios-irmãos - havia poucas pessoas em quem Tanner confiava. E Mitchell era uma delas.
Quando desligou o telefone, ele se inclinou para trás, fechou os olhos e, apenas por um momento, deleitou-se com o silêncio. Não havia canções de Natal. Não havia carros correndo na estrada. Não havia crianças gritando em seu jardim.
Também não vinha qualquer som lá de baixo. O que ela estaria fazendo? Que tipo de governanta era assim tão silenciosa? Ele desceu a escada furtivamente e parou diante da porta da cozinha. Algo cheirava muito bem e seu estômago roncou.
Ele empurrou a porta e olhou para dentro. Havia uma torneira aberta jorrando água nas tigelas que estavam dentro da pia e farinha espalhada pela bancada. A porta do armário estava aberta, e havia uma travessa cheia de frutas sobre a mesa. Seu olhar voltou-se para a nova governanta, que cantarolava uma melodia desafinada enquanto arrumava dois lugares à mesa. Tanner suspirou ao reconhecer a melodia da música "The little drummer boy". Outra canção de Natal. Será que a cidade inteira era louca por Natal? Balançando a cabeça, ele caminhou até a pia e fechou a água.
Imediatamente, ela se voltou, levando a mão ao peito. No segundo seguinte, Ivy lançou-lhe um sorriso quase ofuscante.
- Uau! Você é silencioso. Fiquei assustada. Da próxima vez, avise, está bem?
- Se você não tivesse se esquecido de desligar a torneira, você teria me ouvido.
Ela ergueu uma de suas sobrancelhas.
- Eu teria desligado. Estou lavando as tigelas.
Ele estendeu a mão e fechou a porta do anuário.
- Eu pensei que você estivesse aqui para limpar. Parece que explodiu uma bomba aqui dentro da cozinha.
Ela olhou para ele e perguntou:
- Alguém já lhe disse que você leva tudo muito a sério?
- Recentemente, é verdade.
- Não me surpreende - disse ela, dando de ombros. - Mas isso é bom.
- Muito obrigado.
- Não tem problema. Todos nós temos as nossas peculiaridades. - Ela se virou, pegou um pano de prato e limpou a farinha derramada. - E quanto à bagunça aqui, eu estava ocupada. Além disso, é preciso sujar antes que você possa limpar.
- Missão cumprida - disse ele ironicamente. Em seguida, ele cheirou o ar. - Apesar de tudo, o que você está fazendo cheira muito bem.
- Eu achei que você gostaria de experimentar algo diferente depois de comer comida congelada durante dois meses - disse ela. Caminhando até o fogão, ela abriu uma panela repleta de algo que cheirava maravilhosamente bem. O estômago dele roncou outra vez.
-Oqueee éhr issso??◌⑅⃝●♡⋆♡LOVE♡⋆♡●⑅◌