Naturalmente o xerife Cooper ficaria do lado de uma moradora local e não de um recém-chegado. Ainda assim, porém, alguma coisa tinha de mudar.
O velho amigo disse:
- Eu pensei no assunto e posso apresentar uma liminar, mas não vai levá-lo a lugar nenhum. Essa fazenda é da família Angel há três gerações. A cidade gosta da fazenda. Os turistas que a visitam trazem dólares em abundância para a comunidade e nenhum juiz local vai ficar do seu lado nesse caso. Vooç só vai agitar as coisas e, provavelmente, agravá-las.
- Como poderia ficar pior?
- Provoque-os, e talvez tenha música natalina tocando a noite inteira, também - resmungou Mitchell. - Tanner, você tem de encontrar uma maneira de trabalhar com eles.
- Perfeito - murmurou Tanner, sentando-se atrás de sua mesa. - Sabe, não é apenas o tráfego e o maldito ruído, Mitchell. Há crianças perambulando por aqui e subindo em minhas árvores. Isso é uma tremenda responsabilidade! - Ele não tinha certeza, mas achou ter ouvido Mitchell rindo do outro lado da linha. - Isso não é engraçado. Vooç sabe que há um casamento lá quase todo fim de semana? E, na semana passada, havia ao menos 30 crianças pequenas gritando e correndo para cima e para baixo.
- Veja, esse é o problema - disse Mitchell. - Vooç vai a um tribunal reclamar de crianças felizes fazendo barulho em uma fazenda árvores de Natal e acaba se parecendo como o velho Scrooge do conto de Dickens. Isso não o tomará muito popular por aí. Essa é uma cidade pequena, Tanner. Vooç sabia disso quando se mudou para aí. Cabot Valley não é Los Angeles.
- Não diga. - Na verdade, o tamanho da cidade foi uma das coisas que trouxeram Tanner para aquela parte do Norte da Califórnia. Cabot Valley ficava a apenas um par de horas de carro de Sacramento e de Lake Tahoe. Ele poderia ter a cidade quando precisasse, mas também poderia ficar sozinho e em paz quando quisesse.
Ele ainda não estivera na cidade desde que se mudara. Quando saía de casa, não abastecia o carro em Cabot Valley porque não queria que os moradores se acostumassem a vê-lo. Ele não queria ser popular para não criar intimidade. Ele não estava ali para fazer amigos. Ele só queria ficar sozinho para fazer o seu trabalho em paz.
Ao menos, esse era o plano.
Até agora, porém, aquilo não estava acontecendo.
- Tudo o que peço é que vooç dê um tempo - disse Mitchell. -Ajeite as coisas. Veja se consegue encontrar uma maneira de contornar este problema antes de começar a fazer inimigos.
Carrancudo, Tanner silenciosamente admitiu que não queria fazer inimigos. Nem amigos. Ele só queria um pouco de paz e tranquilidade.
- Tudo bem - retrucou. - Mas diga-me: vooç não vai se livrar da governanta e não pode fazer nada sobre a maldita fazenda de árvores. Por que ainda não o demiti?
- Porque eu sou a única pessoa que vooç sabe que lhe dirá a verdade, queira vooç ouvi-la ou não.
- Boa resposta. Bem, vou desligar agora.
- Eu também. E, Tanner, comporte-se.
Ele desligou o telefone e franziu a testa. Mesmo irritado, Tanner tinha de admitir que Mitchell estava certo. Ele gostava da verdade. Ele ouvira mentiras demais quando,Era???
Û_Û espero kii gosteen !!✌
