Ele a levou para o quarto no andar de cima.
Ivy sorria para ele e Tanner sentia-se como um maldito super-herói enquanto a carregava. A verdade era que ele não queria deixá-la enquanto subiam as escadas.
Ele a tivera uma vez, muito rapidamente, e aquilo só servira para alimentar o fogo que queimava dentro dele. Agora ele queria realizar as suas fantasias com ela, por assim dizer. Ele queria esticá-la, nua, em sua cama. Então, queria lamber o seu corpo incrível de cima abaixo, sem pressa.
Logo ele estava duro novamente e desejando terminar de despir a calça jeans. A caminhada pelos corredores longos e mal iluminados pareceu durar uma eternidade. Mas logo ele estava chutando a porta do quarto e entrando no cômodo.
A pesada colcha vermelho-sangue foi afastada, revelando lençóis impecavelmente brancos. Uma dúzia de travesseiros acumulava-se contra a cabeceira da cama e o último brilho do pôr do sol pintava o céu do lado de fora da janela de um laranja profundo. Uma lâmpada de cabeceira estava ligada, criando uma poça de luz dourada, e, quando Tanner se deitou na cama, sua pele nua pareceu brilhar.
Ela estendeu os braços sobre a cabeça e suspirou enquanto se contorcia sobre o colchão.
- Eu me sinto maravilhosa - disse ela.
- Você está prestes a se sentir ainda melhor - disse ele.
- Promessas, promessas - brincou Ivy, estendendo os braços para ele.
Tanner balançou a cabeça lentamente, arrancou a calça jeans e pegou uma camisinha na mesa de cabeceira. Ele colocou-a novamente e percebeu que o olhar dela estava atento ao que ele fazia. Instantaneamente, ele ficou ainda mais rijo, o que ela não teria pensado ser possível. Contudo, no que dizia respeito a Ivy, seu corpo parecia não se importar nem um pouco com aquilo.
- Tanner, venha para mim.
- Tudo ao seu tempo - disse e colocou-se de joelhos ao lado da cama. Ele a agarrou, puxou-a até a borda do colchão e pousou as pernas dela sobre os ombros.
- Oh, Tanner... - Ela se ergueu nos cotovelos para olhar para ele e ainda estava olhando quando ele a provou. Ela ofegou em voz alta e empurrou o púbis em direção à sua boca.
Ele passou a língua ao longo de suas dobras macias e a provou como se ela estivesse vertendo mel. O perfume de Ivy tomou conta das narinas dele, e Tanner entregou-se à fantasia de tê-la nua e se contorcendo à sua mercê.
Os lábios, língua e dentes dele trabalharam sua carne mais sensível. Os únicos sons na sala eram os suspiros de sua respiração e o golpear de suas mãos contra o colchão enquanto buscava algo em que se apoiar.
Ele se fartou dela e, ao sentir que ela estava a ponto de atingir o clímax, com o corpo completamente tenso, ele parou, afastou-se e sorriu para ela.
- Não pare agora! - ela gritou.
Ivy tremia de necessidade não atendida e Tanner correu as pontas dos dedos através de seu sexo. Ela estremeceu e, em seguida, voltou a relaxar, esperando por ele, esperando sem fôlego que ele terminasse o que tinha começado. E foi exatamente isso o que ele fez. Tanner correu a língua pelo local que concentrava todas as sensações de Ivy e, então, começou a sugá-lo enquanto ela desmoronava em suas mãos, gritando o seu nome.
Quando o clímax dela terminou, ele se levantou e se juntou a ela na cama, em que se deitou de barriga para baixo. Ela suspirou alegremente e esfregou as mãos ao longo da coluna de Tanner, seguindo cada curva, cada linha de seu corpo. Sua boca se aproximou e ela lambeu e beijou a sua pele até conhecer o corpo dele tão bem quanto o dela próprio.
Ivy se aconchegou, roçando as nádegas contra ele e o desejo de Tanner se reavivou.
- Mais uma vez - murmurou ele com a voz rouca. - Eu preciso de você novamente. Agora.
- Agora - concordou Ivy. Quando ele a colocou de joelhos, ela afastou os cabelos do rosto e olhou para trás por cima do ombro. - Entre novamente dentro de mim, Tanner. Fique comigo.
- Agarre a cabeceira da cama - disse ele e se moveu para cobrir o corpo dela com o seu. Quando ela agarrou a madeira entalhada, Tanner ergueu os quadris dela e penetrou-a tão profundamente quanto podia, embora soubesse que nunca seria suficientemente profundo.
Ele adorava a sensação da carne dela, quente e escorregadia, ao redor da dele. Tanner gemeu diante da perfeição do momento e entregou-se às exigências do corpo. Ela se moveu com ele, para ele, com os suaves ofegares e profundos suspiros dela criando um tipo de música que fazia o sangue dele correr em uma dança vertiginosa.
A cada estocada, ele a reclamava para si. A cada toque, ele a adorava. A cada respiração, ele ansiava por ela. Ao sentir que ela estremecia em seu clímax, ele se juntou a ela e os dois tombaram em um redemoinho de estrelas.
Três horas mais tarde, Ivy voltou a cabeça sobre o travesseiro e olhou para o homem deitado ao seu lado. Eles gozaram juntos diversas vezes como se não suportassem a ideia de estarem separados, mesmo que por um momento. Ela nunca tinha experimentado nada parecido com o que Tanner a fizera sentir. Bastava olhar para ele para sentir o seu coração se estreitar em seu peito e perceber, chocada, que estava se apaixonando. Ivy reprimiu um gemido e fechou os olhos por alguns instantes. Como é que aquilo foi acontecer? Ela não queria se apaixonar. Não esperava por isso. Não tinha procurado por isso.
E, agora que encontrara, não estava inteiramente certa de como lidar com o assunto. O problema era que, enquanto Tanner era apenas um vizinho, um potencial amigo, sua pequena mentira não lhe parecera muito grave. Agora, porém, ela sabia que tudo mudaria. O que ela sentia por Tanner era muito maior do que o que ela e David haviam compartilhado. E ela quase se sentia culpada ao admitir aquilo para si mesma. Mas era a verdade. Outra verdade inegável era que, quando Tanner descobrisse que ela tinha mentido, a relação poderia acabar.
E ela não queria que acabasse.
Com os braços cruzados, ela se perguntou o que poderia ter acontecido se Tanner não tivesse a clarividência de ter um preservativo à mão. Perdida em meio a uma paixão que ela jamais conhecera anteriormente, Ivy desconsiderava completamente a necessidade de proteção. Se Tanner também tivesse se esquecido, eles poderiam ter feito um bebê naquela noite? E então? Se isso tivesse acontecido, ela continuaria a permitir que uma mentira se interpusesse entre eles?
- Em que você está pensando? - murmurou ele.
Ivy abandonou os seus pensamentos e empurrou-os para o fundo da mente. Ela se preocuparia com aquilo outro dia. Outra vez. Naquele momento, ela não queria arriscar estragar o que tinham conquistado.
- Nada, realmente.
- Você parecia muito sombria para não ter sido nada. - Ele ergueu-se sobre um cotovelo e estendeu a mão livre para massagear o ombro de Ivy.
Aquele simples toque foi o suficiente para voltar a excitá-la, o que ela não teria pensado ser possível. Será que tudo seria sempre tão explosivo entre eles? Será que ela sempre explodiria de paixão quando estivessem perto um do outro?
Será que ela teria a chance de descobrir?
Ela respirou fundo e concedeu-lhe um pequeno pedaço de verdade:
- Eu estava pensando que foi maravilhoso você ter tido a presença de espírito de se lembrar de usar um preservativo - disse ela. Em seguida, admitiu: - Eu não estava pensando muito claramente na hora.
As feições dele se estreitaram.
-- Mas deveria. Nenhuma criança merece nascer acidentalmente.
As palavras vieram tão rápidas e duras, que tiraram a respiração de Ivy. Havia dor brilhando em seus olhos e a rigidez de sua mandíbula indicava que ela inadvertidamente atingira um nervo. Cuidadosa, ela tentou acalmar as coisas.
- Se eu engravidasse, eu nunca consideraria o meu filho um acidente, Tanner.
coming!