-Aló?...
-Mitchell, vooç tem de demitir a governanta.
A voz do outro lado riu alto.
- Hey, Tanner. Que bom que ligou. Sim, Karen está bem. Obrigado por perguntar.
Tanner passou uma mão pelo rosto.
- Muito engraçado. Mas este não é um telefonema social.
- Sim, eu percebi - disse Mitchell em meio a um suspiro. - A governanta está aí há menos de um dia e você já quer que ela seja demitida?
Levantando-se de sua cadeira, Tanner foi até a janela e olhou para seu inimigo: a fazenda de árvores.
- Eu não queria governanta nenhuma, lembra?
Na teoria, uma governanta de meio expediente soara como uma boa ideia havia duas semanas, quando Mitchell pela primeira vez a sugerira. Deus sabia que ele estava cansado de jantares congelados ou para viagem, farto de lavar a própria roupa. Contudo, com a pressão para terminar o jogo e sua falta de sono, aquele não parecia ser um bom momento.
- Esqueça, Tanner. Vooç precisa de alguém aí para cozinhar e limpar a casa.
- O que mais preciso agora é de distração.
- Sabe - disse o antigo colega de faculdade - a linha entre ser um recluso brilhante e um eremita maluco é muito tênue.
Tanner olhou feio para o telefone.
- Eu não sou um eremita.
- Ainda não. - O amigo suspirou e perguntou: - Você prefere que ela vá durante o dia, enquanto vooç está dormindo?
- Não. - Era só o que lhe faltava, disse para si mesmo. Não apenas o barulho da fazenda de árvores de Natal como também alguém dentro de casa fazendo barulho. Afora isso, pensou ele, lembrando-se de sua sensual governanta, se ela estivesse por perto quando ele estivesse na cama, ele se sentiria muito tentado a convidá-la a se juntar a ele. Não, era melhor que ela viesse enquanto ele estivesse trabalhando. Pelo menos ele poderia pedir que ela ficasse longe de onde ele estivesse.
- Então está resolvido. Não a assuste.
- Eu não assusto as mulheres - disse Tanner, insultado com a sugestão. E Ivy Holloway não parecera ter ficado nem um pouco assustada com ele, embora Tanner não tivesse certeza se isso era uma coisa boa ou má.
- Meu velho amigo, você assusta todo mundo, menos eu -- disse Mitchell.
Carrancudo, Tanner pensou por um ou dois segundos. Ele não gostava muito de pessoas. Preferia a sua própria companhia. Será que isso realmente o tomava um maldito eremita? Assustador em quê? Quando aquilo acontecera? Quando ele mudara de uma pessoa reservada para um solitário?
Resignado, ele suspirou e mudou de assunto.
- Mitchell, ao menos me diga se há algo que possamos fazer sobre a maldita fazenda de árvores de Natal.
Ele envolvera o advogado no problema desde a última conversa que tivera com o xerife local, quê não dera em nada. Claro, aquilo não era de surpreender ninguém.
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~Desculpa, mass não reparemm os erros....Bjs amooois