Capítulo 02 - Ah! Droga

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E ai readers? Gostaram do primeiro capítulo? Não se assustem com a Maia, ela é bem sem filtro mesmo, Haha!. Comentem o que acharem desse capítulo e lembrando que estou sempre aberta a críticas construtivas. <3 Beijos

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Sabe aquela sensação de estar fazendo algo que ninguém deveria saber? Você tem a certeza de que ninguém está te vendo furtar o bolo da mesa, ou roubar uma fatia de salame, mas quando se vira e vê alguém atrás de você, seu mundo se desestrutura e suas pernas tremem como se fossem quebrar.

Eu sabia que Diogo não havia visto nada, mas só de pensar que ele poderia ter visto algo da janela do meu quarto no segundo andar, me fazia estremecer.

A princípio, ele não disse nada, só ficou me olhando com uma cara de quem tinha acabado de ser assaltado. Quando abri a boca para dizer algo, ele se pronunciou.

- A Cíntia não responde minhas mensagens. Quando ligo, só dá caixa postal - Disse Diogo passando a mão pelos seus cabelos pretos.- Eu estou preocupado.

Ah! Cíntia. É claro. Ela é nossa amiga desde sempre. Cíntia sempre foi muito centrada e responsável. Odeia não ter o controle das coisas. Ela fica nervosa constantemente quando as coisas vão mal, apesar de tudo sou eu quem sempre a acalma. Cíntia é realmente uma pessoa muito difícil de lidar às vezes.

Mas não a trocaria por nenhuma outra pessoa.

- Não me venha com essa Diogo, eu sou a rainha do drama. Não você. - Brinquei. -. Ela deve estar com o namorado. Você disse que ela nos encontraria no cinema.

- Mas ela nunca deixa de me responder. - Ele parecia mais atordoado agora que eu mencionei a palavra namorado.

Não. Só para deixar claro, Diogo não é apaixonado pela Cíntia, mas eu realmente tenho que concordar que Henrique é um cara muito chato. Cíntia foi fisgada por aqueles olhos azuis e um sorriso charmoso que só Henrique sabe fazer.

- Vamos indo, eu tenho certeza que a bateria pode ter acabado, ou ela pode não ter visto. - Falei. - Não é como se Henrique se apossasse de seu celular, certo?

Ele assentiu e murmurou mais algumas coisas que não prestei atenção e então fomos para o ponto de ônibus.

Belo Horizonte, pode ser uma cidade muito legal se você não gosta de praia. O que os adolescentes aqui fazem em tempo livre é o que todo e qualquer adolescente do mundo faz em tempo livre. Óbvio. Alguns vão ao cinema, outros preferem ficar lendo em casa. Os mais ativos praticam esportes em algumas praças. Outros trabalham.

A única coisa ruim dessa cidade é que não importa o dia, a hora e nem o lugar, o ônibus que eu pego é sempre cheio.

- Com licença. - Me esgueirei no ônibus passando ao lado de um senhor que exalava um odor muito forte. Pelo canto do olho, percebi que Diogo também sentiu, pois fez uma careta.

Assim que conseguimos achar um canto para ficarmos até chegar, tirei meu fone de ouvido e compartilhei com Diogo.

Fomos ao som de Fall out Boys.

Um solavanco quase me jogou para frente. Um infeliz havia passado do sinal, fazendo o motorista ter que frear bruscamente.

- Infelizmente, você não foi jogada pela janela, Maia. - Diogo provocou.

- Ah! Que pena, não é? Da próxima vez, vou me certificar de estar mais na frente. - Dei uma piscadela e ele sorriu com o canto da boca.

Era difícil entender o que ele queria dizer ás vezes. Seus olhos verdes exprimiam tristeza e preocupação, mas ao mesmo tempo animação. Ele se tornava um enigma para mim.

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