Capítulo 43 - Cecília está fisgando boys

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Maia

Obrigado Sarah de Murphy! Dessa vez essa danada não apareceu. Imagine só se ela resolvesse dar as caras logo naquele momento?

E lá estava eu... Com a perna ferrada e sendo carregada por quem? Pelo Sr. T. O Tutuzinho de Feijão mais fofo do universo. Eu já não conseguia ter mais raiva desse garoto, apesar de tentar. Eu realmente me esforcei, mas era difícil.

- Como está sua perna? – Ele perguntou. Nossos rostos estavam muito pertos um do outro. Eu podia sentir sua respiração fazer cócegas em meu rosto.

- Ainda dói. – Eu disse. – Mas pelo menos o sangramento diminuiu. – Uma das coisas que passou pela minha cabeça naquele momento foi... Será que eu era muito pesada? Imagine só o pobrezinho me carregando e me comparando com uma bigorna?

- Eu quero saber quem é esse Felipe. – Cecília pediu mais uma vez á Enzo. – Ele é gato?

Jackie revirou os olhos. Eu ri e Túlio olhou para mim e riu também.

- Você vai saber quando tiver que saber. – Enzo respondeu.

- Admito que até eu estou curioso. – Eric comentou.

- Ah não! - Cecília reclamou. – Eu já estou fisgando esse boy.

- Que coisa horrível de se dizer – Cíntia disse. – Credo menina!

Cecília olhou para ela com cara de poucos amigos.

- Que foi? – Ela perguntou.- Tá incomodada?

- Ei. – Interferi. – Nós acabamos de lutar com vários Ceifadores. Eu estou com a perna machucada. Cíntia está cheia de arranhões. Eric também. Enzo está cansado e Cheetos...

Meu cachorro sumiu!

- Só para deixar claro – Cecília comentou. - Que na verdade nós não lutamos, porque aqueles raios...

- Cadê o Cheetos? – Pulei dos braços de Túlio imediatamente. Senti minha perna latejar de dor.

- Cheetos! – Gritei.

- Você não vai nos atrasar por causa de um cachorro. – Eric disse. – Temos que voltar para a Corporação agora.

- Ou o que sobrou dela. – Eu disse, irritada. – Você não precisa ficar. Eu procuro meu cão.

- Maia. – Cíntia colocou a mão em meu ombro. – Dessa vez tenho que concordar com ele. Cheetos sabe se cuidar sozinho. Temos que voltar.

- Mas...

- Posso voltar depois. – Túlio completou. – E com essa perna, você só vai piorar.

Eu não tinha muitos argumentos á meu favor, até porque não poderíamos arriscar. Dei-me por vencida e deixei que Túlio me carregasse novamente.

Enquanto andávamos, começou a chuviscar. Eu agradeci internamente, pois estava muito calor aquele dia.

- Me perdoe. – Túlio disse baixo, apenas para que eu escutasse. – Se você soubesse o quanto eu...

- Não. – Eu disse. Ele se assustou. – Está tudo bem... Vamos deixar essa história de lado. Eu sei não sei muito bem o que pensar, mas não quero brigar com você de novo. Ainda mais agora.

Ele me beijou. Pois é. Não posso dizer que foi um beijo. Foi mais para um selinho, mas estava bom demais para ser verdade.

Cíntia havia visto e estava boquiaberta.

"E o Di?" Ela gesticulou com a boca.

Eu apenas lancei um olhar, como se dissesse "Explico depois".

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