Capítulo 33 - Mais um ponto para a Vacatória

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Alô, Alô Cambada <3

Eu sei que é chato ler essas coisas, mas é muito importante. Recentemente aconteceram algumas coisas esquisitas no Wattpad, até agora estou sem saber se são boatos ou não. Acontece que fiquei sabendo que o site foi hackeado e que estão plagiando as histórias, mas até agora, está tudo normal para mim. Eu não sei exatamente o que fazer em relação á isso, por isso decidi não retirar a história como alguns autores fizeram. Mas se acontecer alguma coisa, ou eu tiver que tomar alguma atitude, vocês serão os primeiros a saber, então não precisam ficar preocupados

O capítulo ficou minúsculo, maaaaas tem um motivo. Se lembram que nossa Semana Inca-Inca é dia 23? Exatamente. Falta uma semana, e eu queria deixar vocês com vontade, então o capítulo ficou bem pequeno. Não me matem, obrigada kkkkkkkk Afinal de contas terão capítulo todo dia durante uma semana. 

Mas com a notícia boa vem a ruim. Provável que depois da Semana Inca-Inca, talvez fiquemos mais um mês. Felizmente (ou não) Teremos mais capítulos que eu pensei, maaaas isso não exclui o fato dessa história estar acabando (E isso parte meu heart). 

Fiquem com Deus e um abraço da ursa aqui<3 

Beijos de Luz Cambada <3

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Existem três coisas que espero que não aconteça com você:

Coisa número um: Se um dia você acordar e perceber que está brilhando e descobrir sobre toda essa história que é Incandescente, por favor, use lentes para sempre e jamais vá para a Corporação.

Coisa número dois: Caso você tenha ignorado a Coisa número um, parabéns. A merda já foi feita. Tudo bem, eu sei, estou sendo rude demais, afinal ir para a Corporação foi uma das coisas mais legais que já me aconteceu. A Corporação é um lugar maravilhoso e eu amo, mas é que nem sempre estou nas melhores condições, principalmente sobre o que vou dizer na Coisa número três.

Coisa número três: Se o Júlio vier com um papinho estranho sobre seus pais, ignore. É bem melhor descobrir que sua vida era uma farsa pelos seus próprios pais.

Eu até colocaria uma Coisa número quatro, no qual eu diria que é melhor ignorar as outras três coisas e simplesmente ir para o Havaí tentar viver uma outra vida com outra identidade, mas convenhamos que não temos dinheiro para isso.

Eu não conseguia sentir nada. Eu olhava, mas não via. Respirava mas não sentia. Escutava mas não ouvia. Parecia que o mundo estava girando e eu era uma pecinha rodopiando dentro dele. Eu só tive tempo de me apoiar na parede antes que o oceano atlântico viesse parar em meus olhos.

- O que você está dizendo? – Balbuciei, sem conseguir encará-lo.

- Sinto muito. – Ele disse, se virando.

- Ei. – Eu gritei, nervosa. Ele não poderia simplesmente jogar uma bomba como essas e simplesmente dizer "Sinto muito". Eu queria explicações. – Você não pode fazer isso. Você não tinha o direito... Eles deviam me contar.

- Deviam. – Ele disse inexpressivo. – Mas será que iam?

Engoli em seco.

- Será que seus pais realmente lhe contariam? Ou eles prefeririam esconder esse segredo para não estragar sua vida? Você sempre reclamou de não ter explicações sobre o que não queria. Bom, existe um preço á pagar por eles.

A verdade é: eu não tinha argumentos. Eu não sabia o que dizer, o que pensar, o que fazer ou como agir. Talvez ele tivesse feito a coisa certa mas foi na hora errada. Em meio á tantas coisas que estavam acontecendo, eu não precisava saber disso, muito menos através dele. Meus pais deveriam me contar, mas... Eles contariam? Se for verdade, esconderam esse segredo durante dezesseis anos.

Bom, existe um preço á pagar por eles.

Num ato de desespero, a única coisa que queria fazer era me isolar. Fui para o canto mais remoto da biblioteca onde ninguém pudesse me encontrar. Apesar de tudo, não chorei. Nenhuma lágrima sequer desceu, mesmo que antes as lágrimas estivessem ameaçando á fazer isso. Acredito que o choque tenha sido tão grande, que meu corpo não conseguiu me fazer chorar.

Eu percebi uma jovem menina se sentando ao meu lado e me espantei por ser Vitória. O que ela estava fazendo?

- Eu sei... – Ela disse. – Temos nossas diferenças. Eu não gosto de você, nem você de mim. É isso. Você pode até achar que sou uma cobra venenosa, mas eu ainda sou um ser humano e por mais que seja difícil admitir, ver você nesse estado me deixa mal. – Ela disse sem expressar emoção nenhuma. Era séria como sempre.

Eu arqueei as sobrancelhas tentando digerir aquilo. Ela estava mesmo se redimindo?

- Não deve ser fácil passar pelo o que você está passando. – Ela suspirou e continuou. Dessa vez olhou para mim. – É um saco ter que ficar te ignorando o tempo todo. A gente fica nesse joguinho ridículo, mas você sabe que não dá para para ignorar. Não estou dizendo para sermos amigas... Urgh! Só que é ridículo o que a gente está fazendo. Devíamos por ora ignorar essas diferenças e tentar agirmos como... Adultas. Sei lá!

Mais um ponto para a Vacatória!

Qual é o problema dessa história? Ela realmente precisa ser tão legal assim? Logo agora? Ah! Droga.

- Argh!

- Ah, qual é Maia? – Ela cruzou os braços.

- Eu poderia esperar isso de qualquer pessoa. – Falei. – Menos de você.

Ela revirou os olhos e disse:

- Eu também não esperava. Eu não esperava nada disso para falar a verdade. Eu vim por motivos totalmente pessoais e agora as coisas estão uma bagunça e sinto como se tivessem tirado algo de mim.

- Essa é a consequência de vir para cá. Você acaba se apegando sem nem perceber. – Comentei.

- Talvez. – Vitória deu de ombros. Ela estendeu a mão para mim e eu apertei.

- Há um recomeço? – Propus.

- É... Pode ser. – Ela se levantou, sacudiu a calça e antes de sumir de meu campo de visão, soltou mais uma. – E fique longe do meu irmão.

Eu não esperava mesmo por isso. Foi algo totalmente surpreso. Jamais esperaria isso dela. Será que essa guerra estava alterando as mentes?

Certamente.

Eu precisava segurar a barra mais um pouco. Por mim mesma. Eu precisava aguentar só mais um pouco, por isso fui treinar na arena improvisada. Perdi três vezes para o mesmo garoto que insistia em lançar feixes de luz na minha perna esquerda e depois mais duas vezes para uma garota que parecia ter algo contra mim.

Já eram quase seis da manhã e ninguém ainda havia dormido, por isso Eric praticamente obrigou que todos tentassem pelo menos. Depois de alguns minutos, posso dizer que a maioria havia conseguido, mas alguns, como eu, ficaram vagando pelos próprios pensamentos.

Eu sabia o que era certo há fazer, por mais que doesse muito, dessa vez, eu faria por mim e quando eles chegassem, fingiria que estava tudo bem.

Eu não suportaria outra dor. Outra dor da verdade. Não dessa vez.



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