Capítulo 32 - Garotinha é a senhora sua mãe

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A música do capítulo é Titanium do David Guetta feat. Sia

Esse capítulo é narrado por dois personagens. Espero que gostem ;)

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Aura:

"Sonho é um conjunto de imagens, pensamentos ou fantasia que apresentam á mente durante o sono."

Foi a primeira coisa que pensei quando acordei. Eu gostaria que esse fosse um daqueles sonhos, que se tem certeza que não está sonhando, mas o desejo daquilo ser real te faz querer vomitar e quando se acorda, você agradece por tudo aquilo não ter sido verdade.

Não me levantei. Fiquei deitada, olhando para o teto, apenas esperando a minha vez de virar cobaia mesmo tendo um resquício de esperança, uma vez que Verônica era Incandescente.

Mas o que ela fazia por aqui?

Depois de vários minutos deitada, decidi me levantar. Meus pés tocaram o chão frio e foram para a pequena janela da porta. A sala que eu havia visto Cora estava vazia. Meu coração se apertou em pensar na possibilidade de ela estar sendo usada como cobaia. Fiz o máximo de esforço possível para irradiar luz e consegui, apesar de estar um pouco fraca.

Minha habilidade estava voltando!

Meus pensamentos foram interrompidos quando a porta se abriu, revelando uma mulher de cabelos louros que caíam delicadamente sobre seu rosto sereno. Escondi minhas mãos num movimento espontâneo

- Preciso que me escute. – Disse Verônica. – Confie em mim.

- É muito fácil dizer isso quando não é você a prisioneira.

- Eu estou do seu lado.

- E como posso saber disso? – Perguntei furiosa.

- Pois eu quero tirar vocês daqui tanto quanto você. – Ela respondeu. – Você viu. Estava meio inconsciente, mas você viu e não pode ignorar isso.

Engoli em seco e revirei os olhos. Talvez confiar nela não fosse a melhor alternativa, mas era a única que eu tinha. O que eu tinha a perder, uma vez que eu já estava sendo uma prisioneira?

- Na Corporação de vocês existem dois Puros. Um foi capturado e está aqui. Ele é o próximo cobaia, se ele for, vão descobrir que ele é Puro e então podemos dizer que o jogo acabou. Game over.

- E-Espera aí. – Balbuciei. – Como você sabe que ele é Puro?

- Eu o conheço. – Verônica respondeu.

- Mas como? – Perguntei

- São perguntas demais. Nós não temos tempo. Eu preciso da sua ajuda.

- Manda a ver.

Ela respirou fundo e começou a dizer.

A princípio, eu achei que ela estava ficando louca. Um pouco depois eu tive certeza disso.

Aquele plano era muito arriscado e eu provavelmente me ferraria depois. Me ferraria para valer!

Mas era um risco que tínhamos que correr.

- Quando? – Perguntei.

- Ao anoitecer. – Ela disse.

Eu pensei e repensei pelo menos umas mil vezes no plano. Não sei quantas horas eram e nem quantas horas haviam se passado desde que Verônica veio com essa ideia. Não senti fome ou qualquer outra coisa até que finalmente a porta se abriu, revelando novamente a mulher com planos malucos.

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