Capítulo 42 - Parece que o jogo virou, não é mesmo?

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A música do capítulo é She Wolf de David Guetta. Espero que gostem ;)

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Maia

A morte é uma droga. Realmente não deve ser nada legal. Principalmente se doer. Minha perna estava sangrando e não havia nada que eu pudesse fazer. Cíntia estava mais perdida que um cego no tiroteio.

Os Ceifadores apontaram suas armas na nossa direção, mas eles não atiraram e nem iriam. Na verdade eles só queriam nos levar.

- Essa daí será um peso morto. – Um Ceifador careca disse apontando para mim – Não vai ter utilidade.

Outro Ceifador, louro e provavelmente da idade de Eric se aproximou apontando a arma para mim. Eu não sabia qual era aquela arma e o que ela faria, mas eu tinha certeza que coisa boa não era.

Eu podia jurar que ouvi um clique e então tudo se apagar, mas de repente, ouvimos um barulho muito alto do céu e um raio caiu bem em cima do garoto. Ele caiu morto no chão.

Caramba! Ou aquilo era sorte ou eu estava controlando o tempo.

Imediatamente, aquilo virou uma bagunça. Começou a chover e o vento ficou tão forte que eu estava sendo arrastada. Raios caiam exatamente nos Ceifadores.

- Cíntia. – Gritei. – Corre. Leve Jackie daqui.

- Estou tentando, mas o vento está me empurrando.

A corrente do vento mudou e começou a nos empurrar para o outro lado, quase como se tivesse ouvido os pensamentos de Cíntia.

Aquilo era muito bizarro.

O Ceifador careca que praticamente me chamou de inútil, apontou sua arma em minha direção. Meu coração gelou ao ouvir o disparo.

Diogo

Dizem que quanto está á beira da morte, você vê sua vida passar diante de seus olhos. E não é que é verdade?

Eu me vi desde criança, fazendo artes e brincando até crescer. Felizmente eu não morri.

Jorge havia disparado contra ele. Suspirei de alívio e me levantei. Fui agarrado por trás e jogado no chão. Estavam prendendo minhas mãos. Olhei para os cantos procurando Jorge, mas não o achei em lugar algum.

Eles estavam levando eu e outros vários Incandescentes para o lado da piscina. Eles provavelmente deviam ter uma base provisória lá.

Nosso plano estava dando certo, mas porque a demora em explodir a biblioteca de uma vez?

Maia

Alguém havia disparado contra o Ceifador, que agora jazia caído no chão, sendo empurrado pelo vento. Eu olhei ao redor, mas não conseguia ver Eric, Túlio ou Cecília. Manquei até Cecília e a ajudei a carregar Jackie. Meu ferimento na perna latejava e o sangue não parava de escorrer. Por sorte, o vento nos empurrava. Os raios continuavam a cair apenas nos Ceifadores e aquilo me deixou intrigada. Olhei para trás e um rosto de formou nas nuvens.

Era um garoto. E ele sorria.

Diogo

Os Ceifadores estavam nos colocando de joelhos em fila. Estavam matando todos aqueles que não tinham um perfil válido de Puro.

Atrás de mim tinha uma fila de Incandescentes e estavam todos mortos. Procurei Jorge para saber se ele estava lá, mas não o encontrei. Isso significava que ele estava vivo.

Uma mulher de cabelos cinza estava acompanhada de um homem jovem que tinha o rosto tatuado que andavam entre nós nos observando.

- Inútil. – Ela apontou para uma garota. Eu a conhecia apenas de vista. Vi ela algumas vezes.

IncandescentesOnde histórias criam vida. Descubra agora