Essa é a música do capítulo e também a música tema da história. UHUUL
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Sarah de Muphy estava de volta, trazendo consigo catástrofes inimagináveis que só poderiam acontecer comigo, é claro. Se um para-raios fosse uma pessoa, essa pessoa seria eu. Mas não uma para-raios que atrai raios, e sim uma para-catástrofes.
Olhei para Diogo com uma cara que diz "O que você está fazendo aqui?" e ele me olhou de volta como quem diz "Preciso falar com você". Minha mente devia estar muito doente para eu estar vendo isso. Logo ele, bem aqui na Corporação. Após a Cerimônia, eu quis muito, muito mesmo ficar lá e conversar com o Diogo, mas eu já estava para fazer algo e não podia adiar isso.
Fui para a porta da sala de jogos para encontrar Túlio, mas acabei encontrando mais pessoas com ele. Jackie, Cecília e... Luís?
- O que? – Perguntei. – Olha, essa guria até posso aceitar, mas ele não.
- Maia – Túlio disse. – Ele é um protetor e bom... Temos mais chance se ele for conosco.
- É. – Disse Luís. – Parece que o jogo virou, não é mesmo?
Vá peidar garoto!
- Vamos deixar as desavenças de lado por ora. – Túlio disse. – Isso que vamos fazer é mais importante.
- E o que exatamente vamos fazer? – Perguntei.
Túlio me respondeu com um sorriso, como se estivéssemos prestes a cometermos um crime.
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Eu não sabia exatamente o porquê de Cecília e Jackie estarem indo conosco, mas Túlio me explicou que assim como ele, elas também faziam algumas tarefas e sabiam mais coisas do que eu e assim como eu, concordavam que algo tinha que mudar, e eles já pensavam em fazer alguma coisa há algum tempo e eu acabei adiantando as coisas.
Repassei o que havíamos combinado diversas vezes enquanto subíamos ás escadas para a sala do diretor. Eu estaria com muito mais medo se estivesse sozinha, então eu me sentia grata por eles estarem ali, mesmo que nem todos fossem assim, tão amigáveis.
Luís bateu na porta e então esperamos.
Júlio abriu a porta e ficou surpreso por nos ver, abriu a boca, mas fechou novamente, nos dando espaço para entrar. Ele parecia saber que estava mais ou menos lascado.
Só mais ou menos. Mas nós também estávamos... E como estávamos!
Nós nos sentamos. Uma brisa leve entrava pela janela entreaberta, que balançava as cortinas e deixava o ambiente fresco. Eu olhei para o céu que antes ameaçava derrubar litros e litros de água, agora tão limpo e azul e aquilo me acalmou e me deu esperanças de que podíamos fazer dar certo.
- Mandem a bomba. – Disse Júlio se recostando em sua cadeira. Seu óculos estava torto em seu rosto.
- É o seguinte. – Disse Luís. – Nós queremos guerra!
Okay! Deixe-me explica-lo caro amigo. Não era bem minha intenção fazer guerra assim de uma vez, mas eles já estavam com algumas coisas na mente e realmente me convenceram de que fugir já não funcionava mais.
E eu sabia disso.
Júlio retirou os óculos, como se aquilo pudesse desfazer as palavras ditas pelo garoto.
- Vocês o que?
- Deixe-me explicar. – Disse Túlio. – É só uma questão de tempo até nos atacarem. O que os protetores farão quando souberem que estão vindo? O máximo que poderemos fazer é fugir daqui e se fugirmos, continuaremos fazendo isso até morrermos. Veremos nosso lar ser destruído, vidas perdidas.
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Incandescentes
FantasyMeu nome é Maia e eu sou uma Incandescente. Você deve estar se perguntando se sou eu sou uma daquelas lâmpadas que duram mais tempo. Bem, você está quase certo. Eu tenho olhos de cor violeta e posso irradiar luz pelo meu corpo, isso pode até p...