Capítulo 37 - Até na guerra Cheetos não perdoa

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Júlio é um cara estranho. Primeiro me faz descobrir um enigma desnecessário sobre o Livro dos Incandescentes, segundo porque ele sempre deixa os óculos meio caídos no rosto e terceiro porque ele é estranho mesmo, e esse último não requer explicação.

Ele demorou cerca de quarenta minutos para explicar o plano para todo mundo. As pessoas aceitaram bem a ideia e já estávamos nos preparando para colocar tudo em ação. Eu fiquei no grupo que levaria Enzo e Jackie até a torre de rádio, juntamente com Eric, Túlio e Cecília.

Ainda não entendia porque Júlio nos colocava sempre juntos.

- Oi sumida. – Amanda me cutucou.

- Oi – Disse espantada.

- Como está? – Perguntou ela.

- Bom... Estou bem na medida do possível. – Sorri. – E você.

- Também. Fiquei sabendo sobre seu irmão. Eu sinto muito.

- Está tudo bem... Cadê o João? – Perguntei, achando estranho eles não estarem juntos.

- Nós... meio que brigamos – Ela disse.

- O que?!

Se João e Amanda não existirem mais, então eu vou estar desacreditada do amor.

- É uma longa história. – Ela disse. – Mas ele está bem... Só acho que ele dev...

- Maia, precisamos da sua ajuda Mon amour. – Cecília me chamou.

Acenei para ela e disse que iria em dois segundos.

- Eu preciso ir. – Disse para Amanda. – Se tudo der certo e acredito que vai, ainda vamos colocar os papos em dia.

Ela riu e se despediu.

- O que foi? – Perguntei me aproximando de Cecília.

- Preciso que me ajude á encontrar algumas coisas lá em cima para levarmos. Vamos sair hoje á noite.

- Hoje à noite?!

- Sim. – Ela acenou. - Júlio disse que o quanto antes melhor. Por precaução... – Percebi que Cecília olhava para Diogo que naquele momento passou perto de nós. Ela percebeu que eu a estava olhando, então disfarçou.

- Ele não. – Eu disse. – Ele não!

- Do q-que v-você está f-falando?

Eu ignorei completamente qualquer desculpa esfarrapada que ela deu naquele momento, pois me lembrei de algo muito importante. Cíntia não era Incandescente, mas seria fácil convencer Júlio á deixa-la ir conosco, o problema era Diogo...

Todos achavam que o garoto possuía habilidades. Já até estavam desconfiando, se ele tentar lutar, possivelmente vai morrer.

Pense, Maia!

- E-Eu já volto. – Corri dali, sem nem deixar Cecília terminar de dizer o que quer que fosse.

Fui correndo falar com Júlio e torcer os dedos para que tudo desse certo.

- Desembucha. – Júlio revirou os olhos quando me viu.

- Cíntia tem que vir comigo. – Falei, recuperando o fôlego. – Você sabe... Ela não é Incandescente. Ficará mais segura longe da guerra.

- Tudo bem. – Ele deu de ombros. O que me surpreendeu.

- E Diogo também. – Eu falei.

- Quem?

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