Casamento! Onde está minha mãe?

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ANNABETH POV -

Ele estava radiante. Seus olhos verde-mar se encontraram com os meus quando entrei no salão, acompanhada de Frederick. Era dia 18 de Agosto. Mais um ano de vida de Percy, mais um ano de namoro e agora era o dia do nosso casamento.
Depois de tantas batalhas, tantos monstros enfrentados, tantas dificuldades e tantos momentos juntos, finalmente teríamos um pouco de paz, pois os deuses nos abençoaram e asseguraram bloquear a passagem de qualquer ser mitológico que queira nos matar apenas por diversão.

Os filhos de Apolo tocavam músicas suaves, os de Afrodite olhavam pra mim como se eu fosse a jóia mais perfeita do mundo, Grover se encontrava do lado de Juníper, havia meus irmãos e minha madrasta, que sorriam pra mim e Sally, que estava em pé na primeira fila, acompanhada de Paul, e assistia o casamento orgulhosa.
Todos estavam felizes com a cerimônia, até mesmo os filhos de Ares e Atena, apesar da cadeira reservada para ela ser a única, entre os deuses, a estar vazia. Mesmo eu tendo desviado os olhos para observar alguns convidados, Percy ainda me olhava e sorria o meu sorriso preferido.
Depois de subir no altar e Quíron começar a cerimônia, senti que mais nada importava, pois a partir daquele momento Percy Jackson era meu. Meu amigo, meu parceiro em batalhas, meu porto seguro, meu marido.

PERCY POV -
Ela estava tão linda com aquele vestido branco. Bom, estaria muito mais bonita se o vestido fosse azul, mas fazer o quê? Não vamos desrespeitar a tradição. Depois que nos unimos oficialmente, fomos para o lado de fora do salão, que estava maravilhoso. - áreas verdes, piscina, decoração fantástica, música alta, comida e bastante espaço.
Devíamos esta festa a Dionísio, que se encontrava conversando com uma ninfa. Será que ele nunca aprende? Foi uma noite maravilhosa. Dançamos, conversamos e nos beijamos. Sally nos fez tirar infinitas fotos, Poseidon fazia redemoinhos e espécies de escorregadores com a água da piscina. Ele estava muito orgulhoso, assim como minha mãe. Leo se encontrava dançando no meio da pista de dança, já bêbado e cantando filhas de Afrodite falando algo sobre "seguirem a onda do tio Leo".
Atena ainda não havia aparecido. Embora Annabeth estivesse muito feliz, eu a conhecia bem e sabia que ela estava se sentindo magoada. Ela percebeu que eu a estava encarando conversar com Thalia e Clarisse e sorriu pra mim. Acenei. Onde estava a deusa da Sabedoria? Despertei dos pensamentos quando alguém me pega em um abraço de urso.
- Tyson, você está me enforcando! - Respondi, quase sem folêgo.
- Desculpe, irmão. Estou muito feliz por você e Annabeth. Desculpe não ter chegado a tempo pra o casamento, está uma loucura lá no reino do papai. Mas trouxe uma coisa pra você.
Ele me entregou um embrulho prateado. Abri e nele encontrei o relógio que eu havia quebrado há uns dois anos numa missão em que me deparei com um ciclope poderoso. Cliquei no botão que, se fosse um relógio comum, serviria para alterar as horas, mas como não era, apenas o apertei. Rapidamente o meu escudo se formou. O escudo que Tyson tinha feito pra mim há mais de 7 anos atrás, agora mais brilhante e mais elaborado.
- Dupliquei a força dele. Mas ele não vai pesar mais do que quanto pesava há anos atrás. - Disse ele.
- Nossa, obrigada, irmão. - agradeci a Tyson.
De repente, uma névoa se formou na minha frente e formou-se um bilhete branco com detalhes cinza. O peguei no ar. No verso dele encontrava-se uma coruja. O símbolo dela:

"Estou esperando minha filha nos fundos do salão. Por favor, traga-a aqui antes que eu me arrependa de ter vindo.
Atena.
p.s. Cuide da minha filha, Jackson, ou se verá comigo. Você é um perigo para todos ao seu redor."
- Annabeth! - chamei. Ela veio em minha direção.
- O que foi, cabeça de alga?
- Convidada especial.
A levei ao local solicitado por Atena. Ela nos olhava ao longe e mantinha sua habitual roupa de deusa da guerra. Acenou pra mim como um agradecimento de mau gosto.
- Vou deixar você a sós com ela, amor. - Falei para Annabeth, que assentiu.

ANNABETH POV -
Ergui as sombrancelhas para a mulher à minha frente. Era quase como me olhar no espelho, exceto pelos belos cabelos castanhos que a deusa tinha.
- Não me olhe assim, Annabeth. Lamento ter perdido a cerimônia, mas não aprovei a ideia de se casar com aquele filho de Poseidon. Ele é perigoso.
- O que quer, mãe?
- Apenas te parabenizar. Espero que não se arrependa no futuro. Mas estou feliz porque você está feliz, mesmo que tenha se casado com aquele filho de Po-
- Percy, mãe. O nome dele é Percy Jackson. - a interrompi.
- Apenas cuidado, Annabeth. Sabe que não aprovo esse casamento. Sem mais delongas, vim apenas te entregar isso. - Atena disse.
E me entregou um anel de prata com uma coruja desenhada. Toquei na coruja delicadamente com o indicador e, em questão de milésimos de segundo, senti o anel vibrar e mudar de forma, transformando-se em uma espada prateada.
- Bem mais prático carregar uma espada transformista, assim como é a espada de Perseu. Não pense que monstros deixarão de aparecer simplesmente porque se casou. Semideuses sempre correrão riscos. Unido com o filho de Poseidon, vocês chamam muita atenção. Se cuide, Annabeth. - e desapareceu em névoa.
"Ótimo." Pensei. Minha mãe falta ao meu casamento, passa 2 segundos na festa apenas para me dar uma droga de uma espada. O que havia de errado com a espada de ossos que consegui no mundo inferior? E a adaga que Luke me deu? Melhor mãe do mundo. Melhor mãe.

Percabeth: Vidas De Meio-Sangues CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora