Percabeth: Vidas De Meio-Sangues Casados

Não Fique Tão Sozinho, DiAngelo!

FRANK POV -

- Enfim, Washington D.C! - Grover anunciou. - E agora pra onde vamos?
- Boa pergunta. - Jason disse.
- Eu não sei vocês, mas eu vou naquele Café logo ali. - Percy falou e já se dirigiu pra lá.
- Será que o Jackson só pensa em comer? - Clarisse perguntou.
Hazel deu de ombros. Acompanhei Percy.
- Eu também estou com fome. - Ouvi Leo dizer lá atrás.
Quando me aproximei de Percy, já na fila para comprar, parecia estressado.
- O que houve, PJ? - perguntei.
- Nada. - ele falou, tirando seus olhos para mim e fixando em Annabeth entrando no Café com os outros, para logo voltar a se concentrar na fila.
- Isso tem cheiro da palavra casamento. - comentei, enfatizando o "casamento".
- Ela está estranha desde que saímos do acampamento. Não sei por quê. - Ele explicou simplesmente, olhando para o caixa outra vez. Esperei ele falar mais alguma coisa, mas não o fez.
- Não é melhor simplesmente perguntar pra ela? - Annabeth olhou pra nós, desviei o olhar. Ele já não estava olhando mais.
- Melhor não. - ele respondeu.
- Prefere ficar afastado dela sem nem saber o motivo? - insisti.
Ele não respondeu e, já estando no início da fila, pediu sua comida.

HAZEL POV -

- O que o Percy tem? - perguntei a Annabeth, percebendo que meu melhor amigo estava estranho. Estávamos sentadas em outra mesa, já que cada mesa só trazia 4 cadeiras. Piper e Nico estavam com a gente.
- Eu não sei. - Ela respondeu, concentrada em suas panquecas. Percy nos olhava de vez em quando. Annabeth estava mentindo, mas não quis questionar.
- Tudo bem, pra onde vamos agora? - Piper perguntou.
- Eu não sei. - Annie repetiu. Ela estava mesmo estranha. Suspirei. Nico repousou seu sanduíche na mesa e levantou.
- Hazel, vamos lá fora? - Nico pediu.
Assenti e levantei para o seguir. Annabeth e Piper não questionaram, só continuaram comendo.
- Nico? - perguntei, já do lado de fora do Café.
- Não está sentindo nada? - ele perguntou.
- É, eu estou sentindo um clima tenso entre Percy e Annab... - ele me interrompeu.
- Não estou falando disso, Hazel. Não tenho nada a ver com isso. - Nico disse, sério.
- Ah... desculpe, Nico.
- O mundo inferior está um caos. - Ele falou.
- Eu sei, os monstros estão saindo com facilidade. Sentiu alguma coisa especial? - Ele afirmou com a cabeça.
- Alguns espíritos estão loucos pra fugir, estão retrucando o tempo todo. Sinto eles ficando mais fortes a cada momento. Não está nada bom.
- Você consegue falar com Hades? - perguntei. Nico soltou um sorriso irônico.
- Nosso pai é muito presente, não é? - ele respirou fundo. - Tudo bem, estaremos prontos quando os espíritos escaparem.
- Era só isso que você queria falar? O lanche está esfriando. - eu disse, apontando para a entrada do local.
- Na verdade, estava com saudade de você. Faz tempo que não conversamos. - ele falou sem graça, com as mãos nos bolsos.
Fiquei sem reação.
- Por que você é sempre tão anti-social, Nico? Também senti a sua falta. - respondi, o abraçando. Ele retribuiu o abraço, como se não me visse há anos. Era mais que um abraço entre dois irmãos. Era um abraço de quem vivia sem amigos, de quem vivia sem amor e sem família. De alguém que vivia sozinho.
- Nico? - chamei, ainda o abraçando e brincando com seus cabelos negros.
- Ninguém vai te julgar se você se aproximar dos seus amigos, conversar ou sair com eles. Ou mesmo se voltar com o Will ou namorar com outra pessoa. - falei.
Ele continuou calado. Me afastei pra o olhar nos olhos. Sorri.
- Não fique tão sozinho, DiAngelo. - Ele sorriu fraco e me deu um beijo na testa.