Percabeth: Vidas De Meio-Sangues Casados

Uma Parada Brusca

HAZEL POV -

- De fato, eles conseguiram. - Mestre Kenshin sorriu.
- A gasolina não vai aguentar. - falei, olhando mais uma vez para o velocímetro. O símbolo de combustível agora piscava em luz vermelha, como um sinal de alerta.
- Só mais um pouco. - Percy falou, olhando pela janela.
- Leo, mais rápido! - Piper gritou de outra janela.
- Estou fazendo o melhor que posso, gata! - Leo gritou de volta.
- Só mais um pouco. - Percy repetiu, continuava olhando pela janela. - Ali! Já posso ver os campos de morangos.
- Graças aos deuses... hum, e a mim, chegaremos a tempo! - Apolo relaxou.
- Na verdade, não foi graças a você. - Chris disse, sem um pingo de medo.
Apolo pareceu não ouvir ou talvez admitisse que era verdade.
A van começou a perder altura.
- É, talvez não cheguemos intactos. - Grover falou.
- Vamos, Nico! Percy! Salvem a pátria. - Clarisse disse.
- Não podemos fazer nada fora dos nossos territórios. - Nico respondeu.
Os meninos continuavam a empurrar, mas a van continuava a cair.
- E agora? - ouvi Jason gritar.
- Aí! vocês vão destruir os campos de morangos! - Clarisse exclamou.
- Está preocupada com isso? - Annabeth falou, incrédula. Clarisse não respondeu.
- Leo! Já estamos muito perto do chão, tente empurrar a van pra cima agora! - Percy gritou com seu tom de líder do acampamento. Leo obedeceu e começou a empurrar a van na sua parte dianteira. Percebi pelo vidro traseiro que Jason agora colocava a sua força no teto da van para que ela não perdesse altura estando inclinada. Leo continuava perdendo para o transporte.
- Vamos cair, adeus, mundo cruel! - Grover gritou.
- Não dá pra Leo segurar uma van com 11 pessoas. - Frank disse.
- Tem razão. Vamos sair daqui, se transforme num dragão agora, Zhang! - Clarisse mandou.
- Sinto muito, ainda estou cansado da luta com os esqueletos.
Agora me lembro de ter visto um guepardo acabando com vários esqueletos rapidamente. Ele deve ter corrido demais. Jason agora empurrava a dianteira da van junto com Léo, já podíamos ver alguns campistas tentando ver o que acontecia aqui em cima.
- Oh garota, chama aí umas corujas pra nos salvar. - Chris sugeriu.
- Ficou louco? As corujas não vão voar até aqui.
- Deuses, vamos morrer. - Ouvi Percy dizer. Para ele tinha acabado o tempo de bancar o corajoso. Percy estava nos domínios de Zeus e estava morrendo de medo. Não havia nada que o grande Percy Jackson pudesse fazer.
- Annabeth! - Gritei, implorando que ela tivesse algum plano. Ela continuava concentrada, mas negou com a cabeça.
Apolo não falou uma palavra. Observei Leo e Jason usando todos os seus poderes desesperadamente. E a van se aproximava cada vez mais do chão. E mais e mais e mais.
- No último instante vamos pular daqui! - Frank gritou.
- O que? Estamos muito rápidos! - Piper rebateu.
- É a única solução. Ou nos machucamos feio e gravemente ou morremos! - Frank respondeu.
- Nossa, que reconfortante. - Nico ironizou.
30 metros. 20 metros. 15 metros.
Então vi um vulto muito rápido passar por mim, abrir a porta e pular rapidamente. Usou uma espécie de vara para se prender a van novamente e se jogou para frente do automóvel. Então pulou novamente e usou algo como fogo grego para se apressar e chegar ao chão primeiro. Quando estava a 3 metros do chão acionou uma espada toda branca e encravou totalmente no solo, para travar sua velocidade. Girou no ar e virou-se em nossa direção. Depois não sei descrever o que aconteceu. Foi algo que meus olhos não conseguiram captar e, em questão de segundos, a van do deus Apolo estava intacta para quem quisesse usá-la. Ou melhor, para quem quisesse usá-la e tivesse gasolina.
Saímos desorientados do veículo.
- Uuuuuuuh! Quem quer fazer isso de novo? - Apolo levantava a mão, como se alguém fosse concordar com ele. A van deve ter freiado de um jeito basicamente impossível. Algo aconteceu para termos o milagre de estarmos vivos. Nico era o único que não se encontrava tonto. Jason estava quase desmaiando de novo, devido a força usada pra empurrar a van. Leo estava liso dos joelhos pra baixo, pois parte da sua roupa e os sapatos queimaram com seus poderes. O pior daquela cena era Percy, que se apoiava no ombro da esposa e Grover ajudava Annie a mantê-lo em pé. Ele estava mais pálido que Nico Di Ângelo e a impressão que se tinha era de que ele iria vomitar.
- A única pessoa que usaria essa técnica absurda deveria ter morrido há décadas e mais decádas atrás. - Os cascos de cavalo iam trotando devagar até nosso encontro. Mestre Kenshin abaixou as mãos.
- Quíron. É um prazer revê-lo. O mesmo digo de você, velho amigo. Você não envelhece nunca? - ele perguntou, sorrindo.
- Agradeço sua observação. O mesmo digo de você que também é imortal. - Kenshin sorriu.

GROVER POV -

- Faz muito tempo, Quíron. O quê, 50 anos?
- Já faz 176 anos, Ken. Eu nunca me engano. - O centauro respondeu.
- Quíron, é melhor levar Percy para a enfermaria. - falei, apontando para meu amigo completamente incapaz de falar algo. Quíron olhou para nós, Annabeth passava a mão nas costas de Percy, mas isso não estava ajudando muito.
- Caramba, você está péssimo, Percy. Quero que os outros se reúnam comigo na Casa Grande. Leo, você pode trocar de roupa antes de se dirigir para lá. - O filho de Hefesto estava com boa parte das roupas destruídas, se dirigiu para seu chalé. - Vá, Grover. Ajude Annabeth a levá-lo.
- Sim. - respondi.
- Hey, deus grego na área! O que acontece comigo? Ainda estou sem gasolina. - Apolo falou, chamando a atenção de todos.
- Ah sim, é um prazer ter você conosco, Apolo. - Quíron cumprimentou. - Malcom!
Ele chamou o irmão de Annabeth, que estava chegando para ver o que tinha acontecido.
- Sim, Quíron?
- Poderia levar Apolo até o chalé de Hefesto? Os meninos vão dar um jeito na carruagem do sol.
Malcom concordou e foi andando com Apolo, ouvindo suas reclamações sobre não ser recebido com flores.
- Vamos. - Annabeth disse.
- Tudo bem. Eu consigo andar sozinho. - Percy disse tirando seus braços do meu pescoço e do de Annie. Porém, quando deu o primeiro passo desmaiou.
- Tá roubando o lugar do Jason? - Clarisse perguntou, sorrindo.
Nico suspirou.
- Eu ajudo vocês. - Ele pegou as pernas de Percy e esperou eu pegar os braços. Annabeth nos acompanhou.
- Vamos! - ouvi Quíron chamar os outros lá atrás.
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- Will? - Annabeth chamou, quando chegamos na enfermaria. - Austin?
Porém, ninguém respondeu. Colocamos Percy numa maca vazia.
- Hey, o que foi? - Às nossas costas, Will Solace havia chegado.
- Achei que não fosse seu plantão hoje. - Nico disse, indiferente. E eu não duvidava que ele soubesse disso muito bem. Annabeth e eu nos entreolhamos.
- É, mas Austin ficou doente. - Ele respondeu, sem olhar nos olhos de Nico.
- Escuta, Percy passou mal e desmaiou. Poderia nos ajudar? - Annabeth perguntou, talvez impaciente para atenderem seu marido ou querendo acabar com o clima que ficou na sala.
- Claro - ele disse, se dirigindo ao filho de Poseidon. Rapidamente pegou alguma coisa e colocou numa seringa, aplicando no Percy. Dentro de alguns segundos ele acordou.
- E aí, como você tá? - Will perguntou ao aquaman, que esfregou os olhos.
- Enjoado, minha cabeça dói.
- Que efeito rápido. O que você usou? - perguntei.
- Néctar. Apenas alguns mililitros fazem um efeito incrível e não faz mal.
Percy se sentou.
- Eu já to liberado? - ele perguntou.
- Precisa comer alguma coisa, criatura! - Will falou, revirando os olhos. - Olha seu estado, ainda tá fraco.
- Tem razão. - ele disse, fazendo uma cara enjoada. - Espera, acho que eu vou...
Annabeth vomitou inesperadamente.
- Ué! O que foi isso? - perguntei, sem entender. Nico descruzou os braços. Percy a olhou preocupado. - Vocês fizeram um pacto ou algo parecido para sentir o que o outro sente?
- Não, devo ter me preocupado com Percy e esquecido de mim. Também estou enjoada.
- Vou pegar um remédio pra você. Depois que comerem, acho melhor vocês dois descansarem um pouco.
Annabeth tomou o remédio e Will foi numa dispensa e pegou bolachas e caixinhas de suco para meus amigos. Depois que comeram, Will me pediu para que acompanhasse os dois até a Casa Grande. Nico veio atrás.
- Espere, Nico. - Will pediu. Olhei para ele. Nico não respondeu, apenas parou e acenou para que nós prosseguíssemos.