Percabeth: Vidas De Meio-Sangues Casados

Voltei!

PERCY POV -

- Pare aqui, Jason, por favor. - falei, quando passamos na frente do Central Park.
- Tem certeza?
- Sim.
   Desci da van.
- Nos vemos amanhã, Percy! - Frank exclamou, acenando.
Acenei para o carro, enquanto ele virava à esquina e me dirigi para o apartamento em que morei por alguns anos antes de casar.
Bati à porta e Paul me atendeu.
- Percy!
  Sorri.
- Posso entrar?
- Não acredito que perguntou isso. - ele respondeu, me dando espaço para passar. Peguei a bolsa enorme e a mochila que levei para Grécia e fui colocá-las no meu quarto.
- É melhor colocar mais um prato na mesa. - Ouvi Paul dizer.
- Quem é, Paul? - Ouvi minha mãe perguntando.
- Alguém chegou um dia antes do que esperávamos. - Paul começou.
Tirei a jaqueta e segui o som das vozes.
- Quem...? - minha mãe perguntou.
- Acho digno vocês terem me esperado para almoçar e espero que tenha sobrado alguma sobremesa azul. - Falei, ao chegar na porta da cozinha.
- Percy! - Minha mãe exclamou, já soltando o pano de prato e vindo me abraçar.
  Cessei o abraço e olhei para os olhos cinza-tempestade os quais eu sentira tanta falta durante um mês, porém eles logo se embaçaram de emoção ao me ver.
Annabeth rapidamente veio me abraçar.
- Senti tanto sua falta! - Ela disse, acariciando meu cabelo um pouco maior do que costumava ser antes da Grécia.
Me afastei um pouco pra olhar seu rosto.
- Por que está chorando?
  Ela deu um meio sorriso.
- Sensibilidade da gravidez.
  Olhei sua barriga, que discretamente começava a crescer e sorri. Me aproximei encerrando a distância entre nós. Um beijo apaixonado e meio urgente, até que me afastei, lembrando que não estávamos sozinhos.
- Desculpem. - Annabeth sussurrou.
   Sally deu de ombros, Paul bufou.
Sentei, enquanto Sally colocava mais um prato na mesa. E, logo em seguida, eles me acompanharam.

ANNABETH POV -

Depois de almoçar, sentamos na sala. Paul ligou a TV em um filme qualquer. Percy passou o braço sobre meus ombros, o que me fez relaxar próxima a ele.
- Como foi o treinamento? - Paul perguntou.
- Muito exaustivo. - Percy respondeu.
- Deu pra perceber, já que em um mês você só mandou M.I. três vezes. - Sally argumentou, revirando os olhos.
  Percy sorriu, sem graça.
- Desculpem. Realmente foi pesado. Não parávamos, quando parávamos já estávamos sem forças pra mais nada e apagávamos. - ele suspirou e sorriu. - Mas a pior parte de tudo realmente foi ter que viajar duas vezes dentro de um avião.
   Todos nós rimos, porém fomos interrompidos quando o telefone tocou.
- Eu atendo. - Sally disse, levantando-se.
    O silêncio entre nós se instalou na sala, apenas ouvíamos Sally conversando com alguém na cozinha e o barulho da televisão. Percy beijou meu ombro calmamente e tocou na minha barriga. Olhei pra ele e sorrimos.
- Paul! - Sally disse voltando da cozinha.
- Sim?
- Era minha editora. Ela queria me entregar alguns papéis. Só que meu filho acabou de chegar de viagem e amanhã ele já vai se meter numa guerra sinistra. Você poderia, por favor, buscar esses papeis para mim enquanto curto o meu filho?
- Ei! Espere aí. Mas Percy é quase como um filho pra mim e os papéis são seus. - Paul rebateu, fingindo indignação.
  Sorri.
- Mas ele é meu filho de verdade. - Paul revirou os olhos. - Por favor, meu amor. - Sally pediu fazendo biquinho.
- Já sei de onde você aprendeu a fazer birra de criança. - Sussurrei no ouvido de Percy o qual riu baixo.
- Está bem. - Paul provavelmente não resistia quando Sally fazia essa cara de cachorro abandonado, assim como eu não resistia quando Percy o fazia.
- Obrigada, amor. - Sally agradeceu, vitoriosa. - E nós vamos ao Shopping, pode ser? Ou você está cansado, meu filho?
- Descansei bastante. - ele respondeu.
- No avião, Cabeça de Alga? - perguntei, erguendo as sobrancelhas.
- Claro que não. Na noite antes de vir pra cá e no carro até chegar no Central Park. Só de ter ficado sentado por 5 minutos nesse sofá já me dá um descanso. Depois de ficar horas e horas usando meus poderes divinos.
- Entendi mais ou menos. Então, podemos ir? - minha sogra perguntou. - Tudo bem, Annabeth?
- Tudo. Vou me arrumar. - Falei, levantando.
- Meu celular tá com você? - Percy perguntou.
- Tá, venha pegar. - Falei.
  Ele segurou minha mão e levantou. Paul pegou a chave do carro e saiu, Sally se dirigiu ao seu quarto para se arrumar.
  Entrei no quarto que era de Percy na época de solteiro. Soltei sua mão e peguei seu celular em minha bolsa.
- Obrigado. - Ele disse, quando entreguei.
    Passei um tempo olhando pra ele, enquanto o mesmo mexia no celular há tanto tempo bloqueado. Ele olhou pra mim e percebeu minha fixação nele.
- O que foi? - Ele falou.
- Nada. - Respondi, tentando esconder a falta que ele fez pra mim.
  Ele voltou a olhar pro seu telefone e sorriu meu sorriso preferido.
- Meu celular travou. - Ele falou, jogando o celular na cama.
- Não era pra menos, já que ficou bloqueado por um mês. Teria pifado se eu não tivesse deixado ligado.
   Ele se aproximou, tocando meu rosto.
- Senti sua falta. - Ele falou baixo.
- Nosso filho também sentiu. - respondi, no mesmo tom. Percy sorriu, se ajoelhou e depositou um beijo na minha barriga.
- Papai já ama tanto, Cabeça de Alga Júnior. - Ele falou para barriga. Ri.
- Do que você o chamou?
- Você ouviu. - ele riu.
- Que horror, Percy.
- A culpa é sua por me chamar assim. - ele respondeu. Nós rimos.
- É melhor eu me arrumar logo ou Sally vai nos deixar.
   Percy levantou colando sua testa na minha e agarrando minha cintura.
- Não me importo.
- A porta ainda está aberta, sabia? - eu disse.
- Quer que eu feche? - ele perguntou.
- Idiota. - Retruquei, colando seus lábios nos meus. Percy não demorou a corresponder, aprofundando o beijo de um jeito calmo. Ele logo separou nossos lábios alguns centímetros, mas logo o puxei de volta pra mim, o beijando um pouco mais. Ele sorriu entre nossos lábios e se afastou.
- Vai se arrumar logo. Não vou fugir pra nenhum lugar. - Sentou na cama. - Vou estar te esperando bem aqui.
- Por quanto tempo? - perguntei.
- Sempre.