A História do Cavaleiro

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PERCY POV -

Annabeth ainda me olhava como se não acreditasse que eu estava ali, diante dela.
- Annabeth! - Ouvi gritos. Olhei para trás, eram Nico e Clarisse, que me notaram apenas quando virei.
- Percy! - eles disserem em uníssono.
- O que faz aqui? - Perguntou Nico.
- Acham mesmo que eu iria perder a missão? Poupe-me. - Respondi, tirando a rédea que eu havia colocado em Blackjack e guardando em minha mochila.
   Clarisse se aproximou e ergueu o punho como se fosse socar meu braço. Segurei sua mão.
- O que está fazendo? - perguntei.
- Só queria me certificar de que seu machucado já cicatrizou. - ela respondeu.
- Não, ainda não cicatrizou. Vai demorar alguns dias. Você é louca. - falei, guardando contracorrente.
  Olhei para Annabeth, que ainda me encarava como se eu fosse um fantasma. Me aproximei.
- O que foi? - Questionei.
- O que pensa que está fazendo? - Ela disse, batendo no meu peito. - Eu estava preocupada com você, você ainda não está completamente curado. O que pensa que está fazendo aqui? - ela concluiu, socando meu ombro.
- Bom, eu... Ai! - Falei, esfregando meu ombro. A pancada tinha sido forte. - Eu vou ficar bem.
- Vai ficar bem? Afinal, como nos encontrou aqui?
- Com Blackjack. - falei, apontando para o pégaso e comecei a contar como cheguei até ali.

Flashback On -

Abri os olhos quando o sol começou a incomodar meu rosto, meu corpo ainda doía um pouco. Verifiquei ao meu redor: ninguém na enfermaria. Levantei, minha cabeça doía. Peguei meu relógio na mesinha e o coloquei no punho do meu braço machucado. Meus deuses! A hora! Eram 14:20! A missão! Minha mochila se encontrava ao lado da minha maca, peguei uma camisa de lá de dentro, guardei alguns pedaços de ambrosia e garrafas de néctar na bolsa, calcei meu tênis e corri para o refeitório, não havia mais ninguém. Algumas pessoas me olhavam e falavam, quando eu passava correndo. Fui ao chalé de Atena e avisaram que Annabeth e os outros já tinha ido na missão. Corri desesperadamente ao estábulo. Logo avistei Blackjack.
- Oi, amigo. Preciso da sua ajuda hoje, vou te dar quantos cubos de açúcar que quiser, quando voltar, mas temos que ser rápidos. - Falei. Meu cavalo alado acenou, concordando.
- Você não vai mesmo fazer isso, vai? - Olhei pra trás. Droga! Quíron.
   Voltei minha atenção à Blackjack, colocando rédeas nele.
- Claro que vou. Preciso. - Falei.
- Perseu, não pode ir assim. - Quíron rebateu. - Há uma enorme quantidades de monstros saindo do mundo inferior neste exato momento.
- Quíron, não quero discutir. Não sou mais criança e você sabe que quando eu digo que vou, não há quem me impeça. - Respondi, já puxando meu pégaso do estábulo.
- Semideuses irão em busca do Tridente Perdido... - Quíron sussurrou.
- Desculpe? - Perguntei, parando.
- "Semideuses irão em busca do Tridente Perdido
Escravos de Hades causarão grande perigo
Dois meio-sangues irão salvar
No meio da busca ao pertence do deus do mar
O Espada de Ouro irá retornar
E Sangue Inocente irá derramar." - ele recitou uma profecia. - Percy, vá. Usar Blackjack para rastrear outros foi inteligente, porém ir voando é muito arriscado. Proteja-se, ele disse jogando um elmo que se encontrava no estábulo em minha direção. O agarrei e então o centauro saiu.

Flashback Off -

- Quíron tinha razão. Encontrei vários seres esquisitos nos céus. Não sei se era Hades ou Zeus tentando me matar. Mas, quer saber? Tem alguma diferença? - Contei.
- Meu pai não tem nada a ver com isso. - Protestou Nico, agora sentado na grama, assim como Annabeth, Clarisse e eu.
- Fala sério, todo tipo de ser vivo está fugindo o tempo todo do mundo inferior.
   Nico não rebateu. Ao invés disso, se levantou.
- Vocês não acham que temos que acordar os outros? Temos muito caminho pela frente. - Ele disse, saindo batendo o pé.
   Clarisse e eu nos entreolhamos.
- Ele tem razão, vamos sair daqui. - Annabeth falou, levantando.

Percabeth: Vidas De Meio-Sangues CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora