Pesadelo

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Frank POV -

Deixei Hazel no chalé de Hades e saí rumo a lugar nenhum. Quando estava saindo, vi Percy e Grover passando.
- Hey! - Chamei. Eles olharam.
- Aonde estão indo?
- Vou pegar umas roupas no meu chalé. As que trouxe de casa não serão o suficiente pra passar um mês viajando. - Percy respondeu.
Os acompanhei.
- Antes de sair da Casa Grande, Kenshin disse q já tinha comprado as passagens de avião. - falei.
Pude ver que Percy não tinha gostado da ideia.
- Agora já temos carros suficientes pra chegar no aeroporto. - Leo apareceu ao nosso lado, agora com roupas totalmente intactas e o cabelo molhado. - Seu carro está pronto, Percy. - Ele disse, entregando a chave para Percy.
- Wow! Obrigado, de verdade, Leo. - ele agradeceu, pegando a chave e colocando no bolso.
- Deixei em um dos depósitos dos filhos de Hefesto. Não tivemos problemas com ele. Depois você passa lá e testa, se quiser.
Percy concordou. Chegamos à porta do Chalé 3, entramos e esperamos Percy arrumar suas coisas em uma mala.
- Você não estava enjoado? - Leo perguntou a Percy.
- É, mas ele melhorou logo. Quem ficou doente foi Annabeth. Foi engraçado o jeito como ela "tomou o lugar dele."
Cruzei os braços.
- Engraçado e estranho. - Comentei.
Esperamos Percy terminar de jogar, literalmente, as roupas na mala.
- Bom, já que Annabeth está dormindo, o que acha de irmos treinar? - Percy perguntou. Leo e eu concordamos.
- Ei, você precisa ir na enfermaria antes, esqueceu? - Grover lembrou a ele.
- Ah, é... Então passamos lá antes.
Ele falou, fechando a mala.
Todos concordaram. Então, saímos do chalé de Poseidon em direção à enfermaria.

Annabeth POV -

Não demorei muito para apagar depois que voltei para minha velha cama. Meus irmãos eram silenciosos. Passavam a maior parte do tempo estudando, lendo, buscando conhecimentos e não necessitavam fazer barulho para isso. Eu esperava ter um sono tranquilo e pacífico, mas, como é da sorte de todo semideus, não foi bem assim que aconteceu.
Eu estava num beco sem fim, tão escuro que tive que piscar algumas vezes para conseguir enxergar alguma coisa, senti a presença de algo ou alguém, naquela escuridão. Saquei minha adaga. Ouvi uma risada tenebrosa após esse movimento.
- Filhos de Atena não têm jeito mesmo. - A voz saiu do buraco em que se escondia.
- Aracne. - eu disse.
- Abaixe isso, filha de Atena. Sabe que é impossível fugir das aranhas. - ela falou, e, dito isso, centenas de aranhas do tamanho de porcos começaram a descer, acima de nossas cabeças. Olhei para ela. Senti um arrepio, mas não poderia recuar.
- Não tenho medo de você, Aracne. Já te derrotei uma vez, está lembrada?
Imediatamente a cena girou em uma velocidade absurda e depois tudo mudou. Eu estava em pé, no campo de morangos do acampamento meio-sangue, diante de uma mulher consideravelmente bonita, todavia que eu odiava. Ela deu alguns passos para frente. Permaneci parada e abaixei minha faca devagar.
- E de mim? - A mulher perguntou. - Você tem medo de mim, Annabeth?
Hesitei.
- Não. Apenas ódio. Ódio por ter me amaldiçoado, ódio por ter roubado Percy de mim.
- Era sobre ele mesmo que eu queria falar, jovem semideusa. Não posso mudar o passado e as consequências já aconteceram. Mas como deusa do casamento é meu dever lhe avisar... - Hera falou.
- Explicar o que?
- Essa criança, a qual carrega em seu ventre, é uma ameaça para todos nós. O que acha que Atena achará disso? Será uma guerra entre sua mãe e os semideuses e, garanto a você, que, mesmo com todos os semideuses juntos, não é tão fácil derrotar a deusa da sabedoria e da guerra.
- Como sabe da gravidez?
- Sei de tudo que acontece em um casamento.
Sorri falsamente.
- Eu me resolvo com ela. Não preciso que me relate o que eu já sei. Ela vai me ouvir.
- Estou tentando ajudar. Escute seu coração. Acha mesmo que Perseu Jackson vai aceitar isso?
Tremi um pouco, mas me mantive firme.
- Por que não? - Tentei responder calmamente. - Ele me ama e se casou comigo. É tendência de qualquer casamento criar uma família.
- Mas Percy Jackson sabia da porcentagem de infertilidade de uma semideusa de Atena ser bem maior do que a de qualquer outra mulher, não sabia? Ele estava preparado para isso.
Assenti.
- Vá embora, Hera. Não me faça ficar mais confusa. Os deuses não devem interferir na vida dos mortais, não é? Eu cuido de mim mesma.
Hera deu de ombros.
- É você quem sabe, mas a geração de Poseidon nunca aceitará um herdeiro com o sangue de Atena em suas veias. Seria muita humilhação. Atena sempre rebaixou Poseidon e seus aliados e Percy sabe disso. Ele nunca iria contra os princípios de seu pai. Fique alerta, Annabeth. Sugiro que dê um fim nisso enquanto há tempo.
Tudo ficou escuro e eu rapidamente abri os olhos. Acordei suada e devo ter gritado, pois uma irmã perguntou se eu estava bem.
- Sim. Só um pesadelo.

Percabeth: Vidas De Meio-Sangues CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora