PIPER POV -
- Olá. - cumprimentou Deimos, o deus do pânico, filho de Ares.
- SEU IDIOTA, POR ONDE ANDOU? - Clarisse berrou.
- Calma, Clarisse. - Chris falou, segurando seu braço, ainda com o Treinador nas costas.
- O que fazem aqui? Por que me procuram? - perguntou Deimos, ignorando sua irmã furiosa.
- Precisamos falar com você. - Nico respondeu com simplicidade.
- Querendo causar pânico em alguém? - ele falou, olhando nos meus olhos. De repente minha visão ficou escura e eu só senti aquela sensação desesperadora, vontade de correr. Correria se pudesse enxergar algo, pois meu medo era intenso. Acho que permaneci assim por alguns minutos.
- Pare de fazer isso com ela! - Ouvi Nico falar entredentes. Imediatamente, a vontade de fugir cessou e minha visão voltou ao normal, a tempo de ver o sorrisinho torto de Deimos desaparecer.
- Tudo bem. O que querem?
- Queremos saber se seu irmão tem alguma coisa relacionada ao tridente de Poseidon.
- Acham mesmo que eu tenho a obrigação de responder esse tipo de pergunta? - o deus jogou.
- Então nos diga onde ele está e perguntamos pra ele. - Clarisse falou.
Deimos sorriu.
- Vocês são semideuses curiosos. Há anos sempre entrando em confusão. Por que alguém procuraria o deus do medo? Ou mesmo eu, o deus do pânico? Por ser seu irmão, Clarisse, eu vou dizer onde meu irmão deve estar. No atlântico.
- Atlântico? - questionou Nico.
- Sim, Atlântico. Ele está percorrendo o mar. Não sei qual localização, mas ele não está tão longe de Manhattan. Isso já é informação suficiente vinda de um deus para vocês, meros heróis. Sejam gratos. - e então o deus do pânico começou a brilhar. Fechei os olhos e quando os abri, ele havia sumido.
- É só isso? - perguntei.
- Que droga, vamos ter que voltar. - Chris disse.
- E ele nem respondeu sobre o tridente... - Nico falou.
Um bocejo enorme ecoou em meio ao grupo.
- Bééee! Onde estamos? - perguntou o treinador Hedge.
- Ótimo, acordou. - Chris murmurou, soltando os braços do sátiro. Hedge caiu de bunda na grama. Deve ter doído. Essa brutalidade deve ter vindo do tempo de convívio com a Clarisse.
- Pelo menos sabemos que ele está no mar. - Nico comentou. - Vamos, Percy vai saber nos ajudar.FRANK POV -
- To com fome. - reclamei.
- Eu também. - Reclamaram Jason e Grover.
- Vocês não sabem controlar o pensamento de vocês? - Hazel perguntou. Porém imediatamente seu estômago protestou com o que ela acabara de dizer.
- Também estou com fome... Melhor pararmos. - Percy falou, já sentando e largando sua espada no chão.
- Não podemos nem contradizer... - comentou Annabeth, sentando na grama também.
Percy abriu a mochila da sua esposa. Pegou algum embrulho, que depois de aberto vi que era um sanduíche natural.
- Você não sabe pedir? - ela perguntou.
- O que? Eu to com fome. - respondeu ele, com a boca cheia.
Ele partiu o sanduíche na metade e deu uma parte pra ela. Hazel e Jason abriram biscoitos, os quais compartilharam comigo e Dexter. Grover pegou uma lata vazia da sua bolsa.
- Eles voltaram. - ele disse.
O outro grupo apareceu de outra trilha da Yellowstone.
- Achamos vocês! - Exclamou Piper.
- Iupi... - Clarisse ironizou.
- Demos uma parada. Vamos comer. - Percy falou de boca cheia.
- Dá pra parar de falar assim, Jackson? Meus deuses... Você já é um marmanjo casado, cara! - Clarisse o repreendeu.
- Encontramos ele. Deimos. - Nico disse.PERCY POV -
Ah, cara. Eu não deveria ter dispensado Blackjack. Andamos um século até chegarmos no ponto de ônibus. "Phobos. Irei encontrá-lo. Não deveria ter mexido outra vez com a família de Poseidon." pensei. O ônibus balançava pra todos os lados enquanto Annabeth encarava o nada através da janela.
- Como está seu braço? - ela perguntou, ainda olhado pra fora do ônibus.
- Tudo bem. - Menti.
Ela olhou pra mim.
- Está mentindo. - ela deslizou sua mão pelos cortes do meu rosto e em seguida segurou meu braço. Gemi. - Viu? - ela disse, confirmando o que dissera.
- Levei pontos, Annabeth. Não pode apertar desse jeito. - falei, tocando no braço enfaixado.
- Não apertei, só segurei. Graças aos deuses foi só esse corte e não foi o braço que você empunha a espada. Cuidado com a defensiva. Coma um pouco de ambrosia de vez em quando. Vai ajudar muito.
- Não posso desperdiçar ambrosia ou néctar com um simples corte. - eu disse.
- Por que é sempre tão teimoso? Não é um simples corte, cabeça de alga. Você deveria estar numa cama agora.
- Tá, mas eu não estou. - falei, com raiva.
Passamos um tempo em silêncio.
- Ei - Annabeth chamou. Olhei. - Estou mais calma agora que você está aqui. Comigo.
Assenti.
- Mesmo assim foi imprudente da sua parte. - ela completou. Sorri.
- Cala a boca e me beija. - Puxei-a pra mais perto e a beijei. Imediatamente ela retribuiu, tornando o beijo mais intenso.
- Percy... Hã, desculpe por atrapalhar. - Hazel estava mais vermelha que tomate, ajoelhada no banco da frente para conseguir nos ver.
- Não foi nada. - Annabeth falou, se ajeitando no banco.
- O que foi? - perguntei.
- hãaã... Ah, sim! Estamos passando perto de um porto agora. Você não poderia pedir algum iate para seu pai ou algo assim? Poderíamos passar por São Francisco antes de nos dirigir até Phobos. Frank poderia pegar o carro dele e eu posso arranjar algum emprestado no acampamento Júpiter. Vocês poderiam passar na casa do seu sogro também, se quiserem. - olhei para Annabeth, que deu de ombros.
- Não vemos Frederick desde o casamento mesmo e temos que trocar os seus curativos. - Annie concordou.
- Vamos pegar um iate então. - eu disse.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Percabeth: Vidas De Meio-Sangues Casados
FanficEnfim casados. Percy e Annabeth vivem suas vidas agora unidos. Mas será que os monstros os deixarão em paz? Como é constituir uma família sendo semideuses? Toda precaução é pouca. O que aconteceu com Percabeth depois que derrotaram Gaia? Comédia, R...