Nami: Não sabia onde cortar, então se prepara que lá vem um capítulo grandinho <3 Daya na foto!
POV: EVAN
- Não consigo me concentrar com você quieto e agindo de forma estranha... – Alexander reclamou, batendo nervoso com as mãos no teclado do notebook que estava em seu colo, como se estivesse prestes a arremessa-lo longe, e em seguida encostando a cabeça contra o banco do carro, de olhos fechados: - Você me pede celulares não-rastreáveis e eu faço o meu melhor para conseguir eles para você. Agora você me pede para rastrear os celulares impossíveis de serem rastreados que eu mesmo fiz dando meu máximo. – O encarou exaltado, com uma veia ameaçando pular em sua testa: - Porra, o mínimo que você pode fazer é me distrair para eu não fritar meu próprio cérebro.
- Só estou pensando... – Evan batucou a mão no volante, tentando aliviar um pouco da tensão. Desde que haviam entrado no carro e partido em direção a base de Dam havia ficado em silêncio, mas o que acontecia em sua mente era outra história.
- Não pare de falar agora que começou... – pediu, voltando a digitar freneticamente no teclado.
Era sempre curioso como Alexander conseguia fazer mil coisas ao mesmo tempo e ainda ser capaz de se concentrar completamente no que importava, mas Evan já estava acostumado: - Eu estou tentando manter minha mente longe da possibilidade de eu estar 'atrasado', de chegar lá e ser tarde demais... Então comecei a imaginar a reação de Alicia e estou tentando concluir se ela vai me odiar...
- Te odiar por ser um mocinho num cavalo branco? – zombou.
- Porque isso é bem a minha cara... – grunhiu, sarcasticamente, e explicou: - Por matar todos eles, se eu precisar, e por incluir Daya nessa confusão toda...
- Você sabe que tem a chance de ela ter resolvido tudo e estarmos indo até lá à toa, não é? Esse foi o propósito de ela ir sozinha.
- Não acredito e nem acreditei nessa possibilidade nem por um momento, Lex... – Evan conhecia bem Alicia e sabia de sua incapacidade de dizer algo somente para agradar o pai e da sua eficácia em fazer coisas que deixavam o deus irritado. E também havia tido a oportunidade de observar Dam atentamente, sabia que o bastardo era um lunático sanguinário e não acreditava que ele poderia mudar da forma esperada para um final 'feliz'. Por isso estivera tão empenhado em tentar bolar um plano, porque sabia que as coisas não dariam certo. - Não consigo imaginar Alicia e Dam cooperando por um mesmo objetivo.
- Hmm... – O amigo aproximou o rosto da tela do notebook, compenetrado, e ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo murmurou: - Você nunca me contou direito como era a relação dela com Dam e os seguidores dele...
- Era complicado. Não acho que ela percebia como o pai dela era abusivo e quais eram as verdadeiras intenções dele... Ou talvez só não quisesse enxergar por não ter muitas opções, ele mantinha Alicia no escuro e com uma rédea bem curta... – Evan teve que soltar o aperto no volante, pois lembrar daquela época fazia com quase desejasse que algo tivesse dado errado, somente para chegar até a base de Dam e poder estripar o filho da puta. Acalme-se. - Quanto aos Guardas dele, ela não suportava ficar por perto – terminou de responder.
- Isso me deixa com a pergunta... – Parou por um segundo e o olhou parecendo intrigado: - Como diabos vocês dois se aproximaram dessa forma? Já que você se infiltrou na Guarda que ela não suportava...
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Brincando Com Fogo
FantasyBrincando Com Fogo é o segundo livro da trilogia Feita de Chuva. Sua leitura não é recomendada antes da leitura do primeiro (Feita de Chuva). Sinta-se à vontade para me mandar mensagens caso tenha qualquer dúvida :)